Professor não é educador

Creio que por reflexo do politicamente (in)correto, “professor” passou a ser denominado “educador”, abandonando a honrosa terminologia que legitima e identifica o mestre. Nesse sentido, me deparei com o polêmico livro escrito pelo filósofo Armindo Moreira, que há mais de 40 anos é professor desde o ensino fundamental até o ensino superior, para o qual, educar e instruir são coisas muito diferentes. Moreira teoriza que educar é promover, na pessoa, sentimentos e hábitos que lhe permitam adaptar-se e ser feliz no meio em que há de viver, enquanto que, instruir é proporcionar conhecimentos e habilidades que permitam à pessoa ganhar seu pão e seu conforto com facilidade. O professor não deve ser educador de seus alunos, pois a verdadeira função do professor é instruir. A missão de educar cabe à família. Assim, e por isso, cruzamos na vida com pessoas instruídas e mal-educadas; e conhecemos analfabetos com esmerada educação. Educar é missão própria dos pais. Tanto quanto o pão, os pais devem dar educação aos seus filhos. O livro traz um alerta: Os frutos resultantes das campanhas em massa dizendo que o dever de educar cabe à escola e, ao mesmo tempo, desautorizando os pais e a família da responsabilidade de educar seus filhos, estão visíveis por aí: aumento de analfabetos funcionais, aumento de vagas de mão-de-obra pelas empresas por falta de capacitação, entre outras tantas.
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