E aí prefeito?
Diferentemente da maioria dos municípios da região, a nova administração de São Valério do Sul, já com quatro meses de gestão, ainda não mostrou à que veio. Mas até que é compreensível, se consideradas as circunstâncias. O partido do atual prefeito, o PP, pintava como coadjuvante numa coligação extraoficial firmada com o PDT que encabeçaria a chapa para prefeito. Pelo acordo entre as direções dos dois partidos o PP indicaria o candidato a vice. No entanto, no dia das convenções partidárias para definição oficial dos candidatos, o diretório do PDT, por maioria, rejeitou tal coligação. Em consequência, e só aí, já nos acréscimos, o PP foi à procura de um candidato a prefeito. Embora pego de supetão, em cima da hora, sem ter em mente nem a ideia de ser candidato, e muito menos um “planejamento para o exercício do cargo de prefeito”, Idilio Speroni concordou em concorrer. Venceu a eleição. Porém, totalmente alheio à situação funcional, material, estrutural e financeira municipal que iria assumir. Para agravar, seu antecessor não lhe abriu porta alguma para a transição de governo. No dia da posse, Idilio encontrou as portas da prefeitura trancadas e nem as chaves lhe foram entregues. Iniciou a administração às cegas, “como de olhos vendados”, disse na ocasião o presidente do partido do prefeito. Se deparou com uma desorganização e sucateamento sem precedentes no sistema de obras e viação. Isso me faz lembrar a frase do engenheiro civil e Assessor de Projetos, Eugênio Frizzo: “O planejamento pode não garantir as coisas, mas sem o planejamento não acontece nada”.