Bolsonaro fala dos erros e dos acertos do governo, de Fabrício Queiroz, de Olavo de Carvalho, de Lula e do dia em que teve o encontro com a morte

A entrevista com Jair Bolsonaro estava marcada para as 10 horas de quarta-feira. Às 10h15, um ajudante de ordens indicou o caminho do gabinete, que fica no 3º andar do Palácio do Planalto. O presidente explicou o motivo do atraso: meia hora antes, ele decidira ir ao Congresso Nacional prestigiar uma homenagem que estava sendo feita ao comediante Carlos Alberto de Nóbrega, apresentador do programa A Praça É Nossa, de quem se diz fã. O problema é que ele não avisou ninguém com antecedência. Assessores, cerimonial, equipe de segurança — todos foram apanhados de surpresa. Acompanhado do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o presidente atravessou a pé os cerca de 100 metros que separam o Planalto do Congresso. De volta, fez piada com a suposta dificuldade de Heleno, de 71 anos, em completar o trajeto. “Ele está meio empenado, mas me garantiu que o problema é apenas da cintura para cima”, disse, rindo. Formalidade não é a principal virtude do presidente.