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Tormentos dos servidores públicos do Estado: atraso e parcelamento de salários ao mesmo tempo

E o salário…

Alegando falta de dinheiro em caixa, o governo do Estado pagará o primeiro grupo de servidores – quem recebe salário de até R$ 1,1 mil – apenas no dia 10 de julho. No dia 11 e 12 de julho, serão quitados vencimentos de quem ganha R$ 2 mil e R$ 3,5 mil, respectivamente. Quem tem salário líquido entre R$ 3,5 mil e R$ 4,5 mil vai receber parcelado a partir do dia 15 de julho: R$ 1,5 mil no dia 15 de julho, R$ 2 mil no dia 16 de julho e R$ 1 mil no dia 23 de julho. Quem ganha mais também receberá    as parcelas, completando os R$ 4,5 mil, nas mesmas datas, o que quer dizer que todos receberão essas parcelas que totalizam R$ 4,5 mil entre 15 e 23 de julho. A Secretaria da Fazenda divulgará outro calendário no dia 15 de julho com a projeção do pagamento dos salários de servidores que ganham acima de R$ 4,5 mil, sem garantia de serem pagos ainda esse mês.

Sistema misto

O governo Eduardo Leite que vinha copiando fielmente o jeito de governar de seu antecessor José Ivo Sartori, agora apresenta um agravante, com relação ao salário dos servidores vinculados ao Poder Executivo, ou seja, a combinação de dois tormentos vividos pelos servidores durante o governo Sartori: o atraso e o parcelamento dos salários ao mesmo tempo. Inovou para pior, um “sistema misto”.

Só os do Executivo

Nada contra os servidores públicos dos demais poderes, Judiciário e Legislativo, que recebem em dia seus salários. É direito constitucional, portanto fora de qualquer discussão. A discriminação e desrespeito à Constituição, em desfavor dos servidores do Executivo vem do governo, do governador Eduardo Leite, que lhes debita a conta da suposta crise financeira do estado. Uma prática completamente distinta do discurso de campanha que dizia que exigiria de cada um dos Poderes do Estado a colaboração com o enfrentamento da crise financeira do estado. Infelizmente, vemos mais um governador que não consegue incluir os outros poderes nessa manobra e opta em jogar toda a conta da crise nas costas dos servidores do Poder Executivo.

A propósito

Não seria um pouquinho sensato compartilhar esse sacrifício entre todos os Poderes? Afinal, não dá para aceitar que não seja possível nenhum corte de despesas nesses Poderes, enquanto os salários de policiais e professores do Executivo deixam de ser pagos.

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