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Surpresas podem estar reservadas com vista às eleições deste ano em Santo Augusto

Há três semanas entrevistei, para o jornal O Celeiro, oito dos nove presidentes de partidos políticos de Santo Augusto, e a todos eles, entre outras, fiz os seguintes questionamentos:

a)O seu partido vai lançar candidato a prefeito na eleição deste ano?

b)Qual o nome mais indicado?

c)Seu partido abrirá mão da cabeça de chapa, no caso de coligação?

Primeiramente faço uma análise sobre as respostas dadas pelos presidentes dos partidos que integram o atual governo municipal (PDT, PMDB, PT).

– Pelo PDT, Izilindo Sfredo Stival, presidente do partido respondeu: a) O PDT, naturalmente, sem desconsiderar os outros partidos, é um partido de expressão, tem o maior número de vereadores, um grande número de filiados e a decisão será do diretório, a direção do partido e os filiados; b) Eu acho que o PDT tem quadro para ter um possível candidato. Começando pelo próprio atual prefeito (José Luiz Andrighetto), se fosse o caso. Que, por sinal, essa eleição de 2016 vai ser a última eleição em que um prefeito pode concorrer à reeleição. Nessa eleição de 2016, a “totalidade dos prefeitos poderão ir em busca de um novo mandato”. Isso seria natural. “Eu não diria assim condição específica, até para não melindrar alguém por estar citando nomes, mas o PDT tem quadro”; c) Quanto a abrir mão ou não da cabeça de chapa, eu não posso dizer sim ou não. Se for o caso de abrir mão, vai ser aberto mão, se for o caso de continuar na cabeça da chapa também vai ocorrer.

 

– Pelo PMDB, seu presidente Luiz Rotili respondeu: a) O nosso partido integra a coligação União por Santo Augusto, e “nós temos o compromisso assumido de que, para a eleição deste ano o candidato a prefeito seja do PMDB”;  b) A gente tem um nome que já foi acordado em reunião, que o nosso atual vice-prefeito (Naldo Wiegert) se preparou para ser o próximo prefeito; c) Olha, nós temos um compromisso dentro da coligação União por Santo Augusto, que o candidato para a eleição deste ano seja do PMDB, mas temos de ser democráticos, temos de ver o que é bom e o que é melhor para Santo Augusto.

 

– Pelo PT, as respostas do presidente Tarcísio Samorski foram: a) “Não acredito que a gente lance candidato à majoritária”; b) Nesse momento não está posto, mas nós temos boas figuras públicas com condições, mas não está posto agora na atual conjuntura; c) Nós temos bem claro que na definição da candidatura da União, os três partidos podem ser postulantes.

 

Avaliação do blog:Está dito. Não são mais conjecturas. A coligação União por Santo Augusto, não será mantida nas eleições de 2016. É só atentar para o que disseram os presidentes do PDT e do PMDB. O PDT, por seu presidente Izilindo disse: “sem desconsiderar os outros partidos, é um partido de expressão, tem o maior número de vereadores, e acenou com ênfase para a possível candidatura do atual prefeito à reeleição, não referindo acordo algum com a coligação. O PMDB, por sua vez, foi enfático. Seu presidente Luiz Rotili pega-se no acordo existente com PDT e PT para que na eleição de 2016 o candidato a prefeito seja do PMDB, mencionando, inclusive, Naldo Wigert (atual vice-prefeito) como futuro candidato a prefeito. Quanto ao PT, seu presidente Tarcísio descarta qualquer possibilidade de lançar candidato a prefeito.         Portanto, está evidenciada a disposição do PDT em lançar candidato próprio, coligado ou não, e do PMDB também, lançar candidato próprio (Naldo), coligado ou não. Sendo assim, está desfeita a coligação hoje existente entre esses dois partidos.

– Quanto aos partidos de oposição, integrantes da coligação Aliança por Santo Augusto (DEM, PP, PSB, PSDB, PTB), que juntos disputaram a última eleição, “há unanimidade na indefinição sobre candidatura a prefeito”. “No máximo seus presidentes referem que todos os partidos desejariam ter candidato a prefeito”. Apesar da indefinição, o presidente do DEM mencionou o nome do ex-prefeito Florisbaldo Polo como o nome do partido para concorrer a prefeito este ano (Florisbaldo afirmou ao blog que não será candidato), e a presidente do PSB, também apesar da indefinição, mencionou o nome de Eugênio Frizzo como nome do partido para concorrer a prefeito. (Opinião do blog: Frizzo não concorrerá).

Entre os partidos da oposição se observa que há interesse numa composição com o PMDB ou com PDT, havendo mais inclinação para o PMDB, visando um projeto de desenvolvimento e crescimento para Santo Augusto.

Conclusão:

1.- PDT vai lançar candidato a prefeito (Zé Luiz, inicialmente, mas dependendo das circunstâncias pelo caminho, poderá surgir o vereador Horácio);

2.- O PMDB vai lançar candidato a prefeito (Naldo Wiegert);

3.- A Aliança por Santo Augusto não fará coligação com o PDT, mesmo que este esteja a fim, salvo alguns dos partidos menos expressivos;

4.- PP, DEM e PSDB, poderão compor coligação com o PMDB, o que é possível, desde que algumas peças sejam acrescentadas e outras excluídas da disputa majoritária;

5.- Não vai haver composição com PDT e nem com o PMDB, e a Aliança vai lançar Florisbaldo candidato a prefeito. E aí é que virá o desdobramento e a surpresa. Com três candidatos a prefeito: Naldo pelo PMDB, Florisbaldo pelo DEM (Aliança), o PDT mudará a estratégia e lançará o vereador Horácio Dorneles como candidato a prefeito, uma vez que ele tem maior densidade eleitoral do que Zé Luiz.

6.- Embora alguns desconheçam ou ignorem, os políticos mais experimentados sabem que não dá para subestimar uma possível candidatura de Horácio. Até porque, no caso de existir três candidatos, independente de quem sejam os outros dois candidatos, ele será franco favorito. E aí, Naldo e Florisbaldo correrão esse risco de perder a eleição para o Horácio?

7.- Então só aí eles se darão conta de que a política tem que ser inovada, renovada, buscado novos líderes, participativa. Até porque nossa cidade é rica em pessoas adultas/jovens com boa formação e preparo para assumir a gestão pública, pessoas com visão empreendedora e descompromissadas politicamente, desgarradas dos compromissos viciados da velha política. Mas aí, quando o sapato apertar poderá ser tarde. Essa conclusão pessoal que estou tirando deveria ser uma preocupação além dos políticos, deveria ser de todos, principalmente daqueles que pensam que é aqui que seus filhos nasceram, crescem, brincam nos pátios, nas praças, andam na rua, vão à escola, vivem e convivem socialmente, têm sua formação, trabalham, enfim, que tal se intrometer um pouco (no bom sentido) e ajudar os políticos para termos uma cidade cada vez melhor, digna de criarmos nossos filhos com dignidade.   

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