Pesquisar
Close this search box.

Santoaugustenses que, obedientes à lei e ao costume gauchesco, não dispensam a pilcha nas sextas-feiras

 

A pilcha, vestimenta histórica do gaúcho, foi transformada em traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul a partir de uma lei estadual de 10 de janeiro de 1989.

Conforme a lei, passou a ser considerada “pilcha gaúcha” a vestimenta que, com autenticidade, reproduza com elegância a sobriedade da nossa indumentária histórica, conforme os ditames e as diretrizes traçadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Pilcha é a indumentária tradicional da cultura gaúcha, utilizada por homens e mulheres de todas as idades. É a expressão da tradição, da cultura e da identidade própria do gaúcho, motivo de grande alegria e celebração em memória do pago.

Aqui em Santo Augusto, naquele mesmo ano, 1989, o então prefeito Darci Pompeo de Mattos, inspirado na lei estadual recém-criada, oficializou através da Lei Municipal nº 865, de 12 de setembro de 1989, o “Dia da Pilcha em Santo Augusto”. Pela lei, ficou oficializada a “SEXTA-FEIRA” como o dia em que Tradicional e Preferencialmente será usada Pilcha Gaúcha no Município de Santo Augusto, de acordo com o que preceitua a Lei Estadual número 8.813, de 10 de janeiro de 1989.

 

A partir da vigência da lei, obedientes e preservando o uso e costume da vestimenta, muitos santoaugustenses, homens e mulheres, adotaram o hábito de usar a pilcha nas sextas feiras, inclusive e principalmente em seus locais de trabalho. Aos poucos a maioria deixou de cumprir a lei e abandonaram o costume de usar pilcha na sexta-feira, porém, alguns se mantém firmes e obedientes ao costume e à lei, e invariavelmente, na sexta-feira lá estão eles pilchados (bombacha, botas, guaiaca, lenço e camisa adequada aos moldes do tradicionalismo) atendendo ao público em suas atividades normais de trabalho, como é o caso dos bancários do Banrisul Pedro Roberto Campos e Luiz Schossler; do despachante de trânsito Dilmar Antônio Mattioni, e do corretor de imóveis Paulo Roberto Langner (Pelica).

Estes cidadãos, gaúchos, manifestam-se orgulhosos por manterem, além da tradição do gaúcho através da vestimenta, o fiel cumprimento ao que estabelece a lei editada em seu município em 12 de setembro de 1989, ou seja, que “oficializou a sexta-feira como o Dia da Pilcha”.

 

A lei está em pleno vigor, o gaúcho permanece cada vez mais estimulado a cultuar a tradição, os tradicionalistas sentem-se orgulhosos por seus usos e costumes. 

 

Sendo assim, porque tão poucos gaúchos santoaugustenses cumprem fielmente a lei municipal em questão? Que tal aproveitar a Semana Farroupilha que se aproxima e repensar sobre o uso da pilcha nas sextas-feiras, criando, assim, uma marca positiva através do visual, além do sentimento de culto à tradição, e se incorporar ao uso e costumeda vestimenta no dia da semana definido em lei, aumentando o contingente de pilchados a cada sexta-feira, a exemplo do que fazem o Campos, o Schossler, o Mattioni e o Pelica.  

 

                                                                                                                                                             

No contexto do culto às tradições gaúchas, em comentário à reportagem, Pedro Roberto Campos externou sua opinião no sentido de que crianças e jovens de modo geral deveriam ser mais estimulados, participar de forma mais direta e frequente, estarem mais presentes nos CTGs, conhecer de perto, viver o tradicionalismo de forma mais intensa. Para tanto, sugere que ao aluno deveria ser oportunizado através da Secretaria Municipal de Educação, sob a coordenação da Divisão de Cultura, os ensinamentos e participação lá dentro do CTG, com professor preparado e qualificado para a atividade de forma exclusiva, objetivando além de transmitir conhecimentos, desenvolver e revelar talentos artísticos em todo o contexto do tradicionalismo gaúcho, bem como despertar para o culto às tradições do Rio Grande do Sul de modo geral. E a melhor forma para isso, segundo Campos, é trazendo o aluno, crianças e jovens, até o CTG, ao invés de o CTG ir até a escola.

 

 

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos