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R$ 4,96 bilhões é dinheiro demais para financiar campanha de prefeitos e vereadores

Valor aprovado pelo Congresso é o mesmo da eleição de 2022, quando foram escolhidos presidente, vice, governadores, senadores e deputados federais e estaduais 

Por GZH   25/12/2023

Não há defesa possível para o que fez o Congresso ao elevar para R$ 4,9 bilhões o valor do fundo eleitoral, dinheiro que financiará as campanhas da eleição municipal de 2024. Foi ali naquela muvuca de final de ano, quando se vota o orçamento, que o relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), aumentou o valor do fundo de R$ 900 milhões (propostos pelo governo) para R$ 4,96 bilhões, mesmo montante gasto nas eleições gerais de 2022.

Estamos falando de uma eleição municipal, em que na maioria das cidades todos se conhecem e sabem das virtudes e defeitos dos candidatos a prefeito e vereador. Não é razoável que se gaste o mesmo de uma eleição para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Já é tempo de os políticos brasileiros pensarem em formas de fazer campanhas mais baratas. Como disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) faltou critério na hora de remanejar as verbas do orçamento.

Se comparar com o que foi gasto em 2020, o valor mais do que duplicou. Foram R$ 2 bilhões na última eleição para prefeito. Por que quase R$ 5 bilhões agora? É o custo da democracia, dizem os parlamentares, mas outros países já mostraram que é possível fazer campanhas mais baratas.

Ao fundo eleitoral soma-se o fundo partidário, que em 2024 será de R$ 1,2 bilhão e é distribuído de acordo com o tamanho da bancada federal eleita em 2022. É com essa verba que os partidos pagam despesas como salários de funcionários, contas de água e luz, passagens aéreas, aluguéis e a produção desses programas de propaganda que aparecem quase todos os dias no horário nobre da TV.

 

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