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Promotores que atuaram no júri do caso Bernardo foram homenageados pelo MP

Os três promotores que atuaram no júri do caso Bernardo foram homenageados pelo Ministério Público, como reconhecimento ao trabalho realizado durante o processo e julgamento em Três Passos.

Os promotores de Justiça Bruno Bonamente e Ederson Vieira e a promotora Silvia Jappe receberam a distinção na manhã da última sexta-feira, 22 de março, na sede Institucional do MP, em Porto Alegre. Eles foram homenageados com Voto de Louvor pela “dedicação e eficiência em sua atuação no Tribunal do Júri, demonstrando elevado comprometimento com a justiça e contribuindo de forma significativa para o prestígio do Ministério Público do Rio Grande do Sul”.

Antes da entrega formal da homenagem, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, destacou que os promotores atuaram como uma equipe perfeitamente afinada durante o julgamento, reforçando a imagem de todo Ministério Público. “A atuação de vocês, independentemente do resultado, elevou o Ministério Público, pela qualidade técnica que demonstraram e, especialmente, pela perfeita integração entre os três. A força que adquirimos quando atuamos em equipe ficou evidenciada pela postura de vocês, pela forma que conduziram o trabalho, antes e durante o Tribunal do Júri. Somos um único MP, e essa consciência é fundamental para que possamos avançar como instituição. A consciência de que quando você tem êxito em um processo de tamanha envergadura, todo o Ministério Público ganha”, disse o PGJ. Ressaltou, ainda, o papel de cada um dos promotores em todo o processo, e dos demais membros e servidores que deram suporte ao trabalho em Três Passos, lembrando do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com atuação no Tribunal do Júri (Provimento 09/2018), instituído em 2018, e através do qual foi realizada a designação do promotor de Justiça de Lajeado, Ederson Vieira, para atuar no julgamento ao lado do promotor natural da Comarca, Bruno Bonamente, e da promotora Silvia Jappe, única que acompanhou o caso desde a fase inicial.

O subcorregedor-geral do MP, Marcelo Pedrotti, sublinhou o trabalho em equipe e a sintonia dos três promotores durante o júri. “Tive muito orgulho da forma como vocês atuaram e representaram todo o Ministério Público”, disse.

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, também destacou o trabalho em equipe e o que isso representou para o MP. “As gerações que nos antecederam travaram importante luta pela independência funcional, mas hoje precisamos ter, na mesma medida, a compreensão de que somos um só MP. O Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com atuação no Tribunal do Júri foi instituído seguindo esta lógica, para que a gente se apoie, para que possamos trabalhar juntos”, afirmou.

Também presente no encontro desta sexta-feira, a presidente da AMP, Martha Beltrame, parabenizou a instituição pelo apoio e acompanhamento no caso, e destacou a positiva repercussão interna e externa da atuação dos três promotores, especialmente para o Tribunal do Júri. “A atuação de vocês, transmitida ao vivo, projetou e reforçou o trabalho realizado no Tribunal do Júri”, disse. Ela também lembrou que, como presidente da AMP, sua presença em durante parte do julgamento em Três Passos teve como objetivo o apoio e o reconhecimento ao trabalho do Ministério Público no caso. “A palavra que me ocorre é equilíbrio, foi isso que vocês passaram para milhares de pessoas que acompanharam o júri pela internet”, sublinhou.

A EQUIPE QUE REPRESENTOU O MP NO JÚRI

O promotor titular da Comarca de Três Passos, Bruno Bonamente, fez questão de citar todos os membros e servidores do MP que contribuíram para a condenação dos quatro réus, agradecendo o apoio incondicional da Administração Superior e o reconhecimento formalizado pelo Voto de Louvor concedido. “Queria agradecer pela confiança da Administração que, apesar da minha pouca experiência, me permitiu conduzir este trabalho e participar da escolha dos integrantes da equipe que atuou no júri. Humildemente reforço aqui meu sentimento de gratidão e de dever cumprido”, falou ele.

A Comarca de Três Passos foi a primeira da promotora Silvia Jappe, que ainda não havia assumido oficialmente o cargo quando o corpo do menino foi encontrado. “Quando assumi e comecei a atuar no caso tudo era novo e tão desafiador, porque minha experiência anterior era na área cível, como assessora no Judiciário. Passados cinco anos, percebo que mesmo os promotores mais experientes seriam surpreendidos e desafiados ao atuarem neste processo, que é singular em vários aspectos”, ressaltou. Disse ainda que, além de experiência, o trabalho realizado renovou sua vontade de atuar como promotora de Justiça e de fazer a diferença para sociedade.

Por fim, o mais experiente dos três, promotor de Lajeado Ederson Vieira, disse que sua designação para atuar no júri do Caso Bernardo foi o maior presente que recebeu em sua carreira. “Quando comecei a me preparar para o júri, mesmo atuando em três Promotorias, eu não via a hora de voltar pra casa e começar a estudar o processo”, revelou. O promotor disse também que o apoio da Administração foi essencial. “Enfrentamos toda a complexidade deste caso e a pressão da opinião pública, cientes de que, se fizéssemos a nossa parte, o trabalho para o qual fomos escolhidos, teríamos cumprido nossa missão”, disse.

Fotos: PG Alves/MPRS

Fonte: MPRS

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