Pesquisar
Close this search box.

Presidentes do PSB, PSDB, PT e PTB de Santo Augusto concedem entrevistas com vista às eleições deste ano

 

O PSB, PSDB, PT e PTB de Santo Augusto também, em entrevistas concedidas por seus respectivos presidentes, fizeram as primeiras manifestações públicas com vista às eleições municipais deste ano, divulgando as ideias, as intenções partidárias e por que almejam o poder.  

É comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Numa democracia, as eleições, além de representar um ato de cidadania, são de fundamental importância, pois possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas.

Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor à política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país.

No dia 2 de outubro deste ano iremos às urnas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Porém, exercer a cidadania não é apenas comparecer à seção eleitoral e depositar o voto na urna. É um processo que demanda tempo, anteceder-se, com a busca de informações sobre os candidatos, sobre os partidos, sobre a história deles no contexto municipal, regional e nacional. Voto consciente é aquele que é exercido com reflexão, avaliação, questionamento. O eleitor deve estar atento à atuação de cada candidato. Candidato que compra votos ou oferece vantagem em troca de apoio político, certamente, continuará a promover a corrupção se for eleito.

Eis o que disseram os representantes partidários, em entrevistas que me concederam para o jornal O Celeiro:

 

PSB – Presidente Carolina Fragoso Langner

 

– Como a senhora vê o atual quadro político municipal e qual a sua avaliação com vista às eleições deste ano?

– A maneira de analisarmos o atual quadro político visando justamente as eleições deste ano, particularmente, acho que a nível de município e de Câmara, a gente vem buscando um acordo entre todos os vereadores, um trabalho unificado, visando ao bem-estar da nossa população e a credibilidade que buscamos em função de realizar um trabalho em prol de Santo Augusto. 

– O PSB vai lançar candidatos à eleição majoritária?

– Há possibilidade de o PSB lançar candidatos agora na eleição de 2016. Tem grandes nomes, grandes pessoas que poderão realizar um trabalho por Santo Augusto.

 

– Quanto a possíveis coligações, qual a real posição do PSB?

– Atualmente, nós viemos em tratativas quanto a possíveis coligações. Tivemos, na eleição passada, uma coligação, a “Aliança por Santo Augusto”, composta por demais partidos como, PP, PSB, o DEM, o PSDB, DEMOCRATAS, enfim, e a gente está buscando junto aos colegas, entre os pares, uma maior conciliação, que acredito que é dessa forma que, até almejo que tivesse um consenso em Santo Augus. 

 

– No caso de coligação, o PSB abrirá mão da cabeça de chapa?

– Todo o nosso partido, o PSB, ele busca um acordo entre todos. Assim como tivemos na eleição passada, foi um acordo entre todos os partidos para que lançássemos, o nosso candidato a Prefeito. E, assim como foi na eleição passada, agiremos nessa eleição de 2016, com conversas e diálogos. 

 

– Em síntese, “por que o PSB almeja o poder”?

– Almeja por ter um plano de governo, de ter a oportunidade de desempenhar um governo voltado aos interesses do Município, voltado a questão de que nós possamos ter mais empregos em nosso município, colocando, assim, todo esse plano de governo que o PSB tinha juntamente com as demais coligações para suprir as necessidades de município. E é isso que o PSB almeja, um município cada vez mais desenvolvido, com uma pujança como tem, e que isso venha a agregar mais pessoas residindo em nosso município. 

– Alguns tópicos do seu programa partidário do PSB:

– O programa do PSB era justamente a unificação das secretarias, onde o trabalho fosse desenvolvido por um público mais centralizado com o Prefeito e os demais pares, onde, o nosso candidato a Prefeito Eugênio Frizzo tinha a intenção de colocar aqui no nosso município, assim como era a minha intenção como vereadora, que é de que seja instalada a Internet gratuita a todo o município de Santo Augusto. Isso seria um grande avanço tecnológico de conhecimento a toda a nossa população e de forma gratuita. Uma das grandes bandeiras a área da saúde, principalmente a área da educação e a área da agricultura, que são essenciais ao desenvolvimento do campo e da cidade.

 

– O nome mais indicado do PSB para concorrer a prefeito este ano?

– O nome mais indicado para concorrer a Prefeito pelo PSB é Eugenio Frizzo.

 

– Os escândalos de corrupção envolvendo políticos poderão influenciar no resultado das eleições deste ano?

– A população está um tanto quanto desacreditada na política com todos esses escânadalos. Alem disso, há falta de recursos em diversas áreas no nosso município e essa falta de recurso com certeza vem com a falta de investimentos. No momento que os recursos são desviados, eles não vão vir para os municípios, e isso afeta também aqueles que são corretos,onde a situação atual do País nos remete uma insegurança, eis que a população é notável que tem um grande descontentamento. 

 

PSDB – Presidente Otávio Polo

 

– Como o senhor vê o atual quadro político municipal e qual a sua avaliação com vista às eleições deste ano?

– Eu, como presidente do PSDB, posso dizer sobre a questão da administração é que hoje estão no cargo um Prefeito e um Vice, com toda a sua equipe, e é evidente que a gente está aí para contribuir e eu, nesse sentido, quero dizer que fazer ponderações sobre a questão administrativa, na minha posição, é um pouco não ético, mas eu acho que Santo Augusto realmente pode e tem condições de avançar além do que foi feito. Depende aí, lógico, de ações políticas nesse sentido, para que o Município – e Santo Augusto é um município da microrregião e tem um potencial muito grande pra se desenvolver – então, eu vejo que toda a Administração Pública vai avançar mais ou menos, dependendo das ações políticas dos administradores e da sua equipe. Nesse sentido, eu acho que – não quero aqui fazer crítica por fazer – mas, acho que Santo Augusto é um município que tem condições, tem tudo pra desenvolver, principalmente projetos de grande porte, no sentido do desenvolvimento econômico, para a geração de empregos e alavancar o município para um planejamento, um projeto mais a médio e longo prazo.

 

– O PSDB vai lançar candidatos à eleição majoritária?

– O PSDB, como, acredito, todos os outros partidos, tem nomes para lançar a candidato. É evidente que o partido está se organizando, se estruturando, temos um candidato a vereador, que é a professora Margarete, então, nesse sentido, nós temos nomes a disposição para concorrer a prefeito de Santo Augusto e também a vice, e uma nominata de vereadores.

 

– Quanto a possíveis coligações, qual a real posição do PSDB?

– Com relação a coligações, eu vejo que, dentro da esfera do município, evidentemente que, se houver um grupo maior de partidos se unindo, o resultado vai ser melhor. Já tivemos experiências aqui em Santo Augusto, no passado recente, onde um grupo de partidos políticos unidos produziu aí no município resultados bem interessantes. Então, eu acho que as coligações, sendo feitas com o objetivo maior de desenvolver o município, são positivas e eu concordo plenamente que, se possível, se haja coligações para que tenha um resultado melhor na administração e no desenvolvimento do município.

 

– No caso de coligação, o PSDB abrirá mão da cabeça de chapa?

– A questão do candidato, é evidente, aí tem que se ver, diante dos outros nomes também, dos outros partidos, a gente vai respeitar, tem de fazer uma análise das condições de cada candidato que vai se apresentar e ver o perfil do candidato, as condições, o conhecimento, a experiência, uma série de fatores que vai definir o candidato, dentro de um programa, de um projeto que o candidato vai seguir, que é o mais importante para o município, para este mandato e os próximos mandatos eventualmente – não se projeta um município para quatro anos, se projeta para dez, quinze anos. Então, esse é o meu pensamento de que o candidato tem de surgir dentro desse perfil político do candidato e que ele tenha condições de assumir esse compromisso com esse projeto que vai ser estabelecido eventualmente – e se caminha para isso – numa coligação. com os outros partidos.

 

– Em síntese, “por que o PSDB almeja o poder”?

– Olha, se tu for fazer uma pergunta para todos os partidos, todos vão dizer a mesma resposta. Quem está na política evidentemente está aí para contribuir e logicamente tem o interesse no crescimento do partido. Isso é normal. Não é uma ambição: “não, eu quero ser candidato por ser candidato, quero ser prefeito por ser prefeito ou vice por ser vice”. Isso é um processo natural em todos os partidos. É evidente que isso por trás tem que ter todo um trabalho, um projeto pra realmente se chegar onde o município, a comunidade, as pessoas querem. Não é colocar um prefeito na prefeitura que isso vai resolver os problemas do município. Tem que ter por trás toda uma situação que isso vai demandar, nesse projeto, um resultado para a comunidade e não um resultado pessoal do candidato e do prefeito, uma ambição pessoal. Isso sempre esteve fora da minha visão política, que eu milito na política há mais de quarenta anos e vejo que é um aprendizado. Eu aprendi muito, fui doze anos vereador, tenho conhecimento dessa área pública e também uma experiência profissional muito grande, até porque, na minha profissão de arquiteto, justamente está dentro do meu contexto essa visão de como é que tem de ser administrado um município.

 

– Alguns tópicos do programa partidário do PSDB:

– Nós estamos em fase de discussão com os partidos que compuseram a última eleição. Estamos abertos para que eventualmente possa ser ampliado esse grupo de partidos. Existe a possibilidade nesse sentido também. Então, eu vejo que, desse grupo que nós já estamos discutindo, estamos já começando a elaborar uma pauta desse projeto, acredito que nos próximos dias já teremos algumas coisas definidas, vai ser feito em conjunto, evidente que nós temos todas as condições de fazer um projeto, um programa de governo para essa próxima gestão e também termos sequência, evidentemente, não se faz um programa para quatro anos. Então, Santo Augusto é um município que tem todas as condições de, na Região e pelo potencial que tem aqui político também, de se projetar esse município para que atenda às demandas da comunidade na questão da geração de emprego, renda, essas questão que hoje se trabalha nisso, ampliar o município e fazer com que Santo Augusto realmente seja um município na Região – até porque Santo Augusto congrega os municípios da Região aqui e muito na área da saúde e na área da educação – e são dois pontos principais hoje que eu vejo no município, além do agronegócio que está aí, que é a agricultura, o agronegócio e outras atividades.

 

– O nome mais indicado do PSDB para concorrer a prefeito este ano?

– Nós estamos ainda iniciando um processo de discussão. Eu confesso que existiu muita conversa sobre a política, mas, agora, nós estamos iniciando um processo, discutindo, e eu, nesse momento, não poderia citar um nome, até pela questão de que nós não temos esse nome dentro do PSDB. Mas, o PSDB, se for ver a nominata do partido, nós teríamos condições de apresentar um nome. Eu estou consciente disso, nós temos condições para atender essa situação que eu coloquei, que é um projeto para atender às necessidades da comunidade.

 

– Os escândalos de corrupção envolvendo políticos poderão influenciar no resultado das eleições deste ano?

– Hoje, a imprensa está todo dia divulgando. Está fazendo um trabalho importante neste País. Ela tem um poder muito grande, sempre teve e, agora, neste momento, muito mais. Eu vejo que esta questão em nível nacional a gente fica muito, não é desanimado, mas fica muito desiludido assim em parte com o que está acontecendo. É um governo que assumiu com uma condição de fazer um governo que sempre pregou a ética, aliás, foi um governo, um partido que sempre disse que os demais não tinham esse comportamento. Mas hoje estou decepcionado com o PT, muito decepcionado. É um partido que sempre dizia que eles eram os únicos que pregavam a ética e que nunca fizeram corrupção. Eram os éticos. E hoje nós estamos vendo que, infelizmente, no contexto do passado, é um partido que realmente fez o contrário. É corrupção para todo lado. Então, hoje, é uma decepção no País e isso está nos trazendo um prejuízo muito grande para o futuro desse País, da sociedade. É um desmando. Não tem projeto, a gente não vê perspectiva. O governo que está aí não tem mais moral, ética, competência para mudar isso aí. O problema do País foi o desmando que houve, falta de projeto, falta de competência, deixaram acontecer toda essa corrupção no País e nós estamos hoje pagando um preço caro por isso aí. Se a presidente fosse uma pessoa que pensasse no País, eu acho que o caminho dela era a renúncia e convocar nova eleição. Para pelo menos dar uma expectativa para o País de uma mudança. Eu sei que não se conserta um país de uma hora para outra do jeito que está, mas cria um fato novo.

 

PT – presidente Tarcísio Samborski

 

– Como o senhor vê o atual quadro político municipal e qual a sua avaliação com vista às eleições deste ano?

– Nós temos uma situação marcada pela coligação da União e do outro lado nós temos a oposição com a Aliança e talvez surja uma candidatura, uma terceira via, coisa assim, talvez, mas a princípio se mantém esse quadro. Eu acredito que o peso maior nessa eleição vai se dar a partir do desempenho da administração municipal nesse ano, que eu acho que está sendo uma boa administração, e acredito que é o que mais vai marcar.

 

– O PT vai lançar candidatos à eleição majoritária?

– Não acredito que a gente lance candidato à majoritária, nosso compromisso é com a União, nós fazemos parte juntamente com o PMDB e o PDT da administração que administra atualmente, e nesse campo aí vai sair o candidato a prefeito e a vice. Nós somos um partido, talvez o menor dos três, e certamente vamos chegar numa condição de consenso entre o prefeito e o vice quem vai escolher os dois candidatos, acho difícil que a gente tenha, mas não é impossível que a gente tenha uma candidatura a majoritária ou espaço dentro da majoritária da União, mas as candidaturas vão se decidir dentro do que a União decidir e, eu particularmente acho que nós não tenhamos candidato a vice e nem a prefeito, por conta de que o nosso partido é pequeno aqui em Santo Augusto.

 

– Quanto a possíveis coligações, qual a real posição do PT?

– Nós temos uma obrigação moral em mantermos coesos à atual coligação União por Santo Augusto, uma vez que nos apresentamos na eleição passada juntos, com a candidatura do Zé Luiz e do Naldo, ganhamos as eleições, estamos administrando, fizemos parte da administração, e devemos agora submeter à apreciação da população a avaliação da população do que foram esses quatro anos, e disputar novamente o nosso projeto nas urnas. Nós trabalhamos nesses quatro anos e, olha, não foi fácil, nós passamos por uma eleição onde disputamos uma eleição estadual com o PMDB, em lados bem separados, e mantivemos ainda a coligação e a boa relação que a gente tem, e acredito que ela se renove.

 

– No caso de coligação, o PT abrirá mão da cabeça de chapa?

– Nós temos bem claro que na definição da candidatura da União, os três partidos podem ser postulantes, mas talvez no momento a gente ainda não tenha um nome com visibilidade e com vontade e condições de disputar a prefeitura. Para vice talvez a gente tenha algumas opções, mas isso ainda vai depender né, mas para prefeito está muito difícil. 

 

– Em síntese, “por que o PT almeja o poder”?

– O PT em Santo Augusto tem uma história bonita até. Há vinte e poucos anos aí, sempre disputando para tentar representar o trabalhador, defender os mais pobres. E também outro fator que importa para nós é a defesa dos princípios partidários, e um deles que pra nós é muito caro é a questão da democracia, de ampliar os espaços de representação popular, dar mais espaço para o povo, nós não conseguimos mais reproduzir o orçamento participativo que foi a nossa grande marca; temos essa vantagem, sempre temos tentado fazer isso. Além disso hoje, por conta da administração federal, que já está há três mandatos conosco, em nível municipal temos feito muito isso, garantir a execução dos programas, facilitar o diálogo com o governo federal. E acho que isso foi até uma marca da administração, nós pegamos dos quatro anos, pegamos dois anos magros, os dois últimos anos com contingência orçamentária e tal, mas mesmo assim, os dois primeiros anos de mandato foram recordistas em comparação com os outros na captação de recursos. E eu acho que isso tem sido uma marca do PT nas administrações, agente tentar fazer a diferença para aqueles que mais precisam. Esse sempre foi o nosso objetivo, porque o restante que eu ouço que as pessoas falam aí pra mim é obrigação, questão da ética na política e tal. Nós estamos sofrendo muito isso hoje em nível nacional, apanhando muito né, mas eu digo que é possível ainda resgatarmos a boa política, as pessoas fazerem política com ética e com seriedade, para os mais pobres.

 

– Alguns tópicos do programa partidário do PT.

– O nosso programa de governo hoje se reflete no programa da União, da coligação que fazemos parte. Então os tópicos que nós temos aí são saúde, educação são prioridades, tanto é que foram pontuadas, e nós também por conta de estarmos na Secretaria da Agricultura sempre tentamos criar condições para o fortalecimento da agricultura familiar, e este ano também nos coube a gestão da parte do “meio-ambiente”, que são pontos não partidários, são pontos da coligação. Eu acredito que em relação ao programa o que está expresso lá e consenso do nosso partido, e também dos outros partidos. Como nós contribuímos dentro do nosso programa partidário eu acho que tem um aspecto que talvez mude em relação aos outros que é a questão do gênero. Nós hoje, enquanto os outros partidos destinam 30% das vagas para mulheres, nós, do PT defendemos 50% das vagas para mulheres. Eu acho que isso é uma coisa que nos modifica em relação aos outros, porque nós precisamos aumentar a participação feminina na política, porque nós não podemos mais ficar à mercê dessa masculinização do poder. Nós temos hoje a maioria do eleitorado feminino e a maioria dos representantes masculino. Então que outros princípios nossos, com relação ao nosso programa são comuns a todos, por exemplo um desenvolvimento mais harmônico do município, nessa questão integrada com o meio-ambiente, a questão da geração de emprego para mim é um grande desafio, nós vivemos uma economia baseada na agricultura pujante, mas com pouca geração de emprego, onde se gera muita renda mas com pouco emprego. Esse é um grande problema que eu vejo em nosso município para os próximos anos.

 

– O nome mais indicado do PT para concorrer a prefeito?

– A questão da nominata eu acho assim, nós temos em Santo Augusto um quadro dentro do PT com excelentes nomes, a gente tem nesses vinte e poucos anos de partido aí, pessoas já calejadas na política e com firmeza partidária que poderíamos elencar dez ou vinte nomes talvez para concorrer. Nesse momento não está posto, mas nós temos boas figuras públicas que foram vereadores, que são vereadores, mas a princípio, dentro do nosso quadro partidário, com condições nós teríamos tranquilamente alguns nomes a oferecer, mas não está posto agora na atual conjuntura.

 

– Os escândalos de corrupção envolvendo políticos poderão influenciar no resultado das eleições deste ano?

– Olha, eu acredito que tenha influência em relação a nós do PT, porque o PT foi criado pra ser um representante do trabalhador, e essa questão da ética na política é uma questão inerente a todos os partidos, mas ficou muito marcado por ser um partido diferente e tal. E quando algumas pessoas se envolveram com isso realmente há uma descrença, mas eu quero lembrar que, por exemplo, no escândalo do mensalão não houve influência nenhuma, o resultado acabou não refletindo. Mas, eu acredito que tenha no geral uma certa perda de esperança na política, isso sim, isso pode acontecer. O que eu noto, é que certas pessoas sentem até nojo da política, pessoas que gostavam e tal e hoje a veem com desencanto, o que é um grande mal para a política. E de outro lado, uma certa dificuldade em conviver com as diferenças, em aceitar o outro. Está havendo uma intolerância muito grande com a política, e isso nos surpreende e nos preocupa. Mas eu acho que esses escândalos não vão ter uma repercussão em termos de votos, até porque em nível de município a votação do nosso partido tem sido uma constância, há um bom tempo temos sido o terceiro ou quarto partido mais votado em nível de eleições estaduais, mas percebe-se que há sim um desencanto naquelas pessoas que pegavam suas bandeiras e iam para a rua militar, defender seu candidato de porta em porta. Então, eu acredito que se vá ter um impacto nesse sentido.

 

 

PTB – Presidente Alberto Tomelero

 

– Como o senhor vê o atual quadro político municipal e qual a sua avaliação com vista às eleições deste ano?

– O quadro político atual, na nossa visão, administração atual está administrando o orçamento do município, sem grandes projetos que possam destacar o município. No cenário saúde, podemos destacar que realmente houve um crescimento, um investimento na abertura de novos postos de saúde, nesse projeto do hospital, que é uma coisa que tem trazido um grande resultado. Está em andamento ainda, mas nós temos certeza que Santo Augusto irá se consolidar como um polo na área da saúde. Com relação às demais atividades, é aquilo do dia a dia, administrar o orçamento, você não tem muito o que fazer, em busca de novos projetos precisaria abrir uma discussão maior, envolver mais a comunidade, a participação maior da comunidade, isso a gente pensa que deveria acontecer, um projeto maior. Em torno da Escola Federal, estamos naquela expectativa de que é para vir o curso de Agronomia e nós não sabemos se vai vir ou não. E eu acho que a administração tem feito aquilo que pode fazer, dentro das condições. A gente só acha que poderia se abrir mais para a comunidade na discussão em busca de projetos maiores, trazer novos investimentos, principalmente, na área da indústria, porque isso aí, em outros municípios da redondeza, nós estamos vendo, agora há pouco tempo, se instalando uma nova empresa e tal, e, em Santo Augusto, fala e fala, e, infelizmente, não se traz nada. Então, é preciso ter alguém que lidere. Eu acho Santo Augusto nunca esteve tão bem representado politicamente do que nesse momento. Então, nós precisamos aproveitar mais isso. Não quer dizer que os nossos deputados não estão trazendo recursos. 

 

– O PTB vai lançar candidatos à eleição majoritária?

– No momento, como eu estou assumindo interinamente, ainda não posso falar em nome do partido, porque depende de reunir e conversar com o pessoal. Mas, para a majoritária, eu acredito que não. O interesse do partido sempre foi, você sabe, nós defendemos um interesse maior, talvez um candidato único.

 

– Quanto a possíveis coligações, qual a real posição do PTB?

– O PTB, no momento, ainda não definiu uma posição. Nós estamos conversando com os demais partidos e o nosso objetivo é buscar um entendimento que possa, talvez, nós termos um candidato único para prefeito em Santo Augusto. É isso que nós vamos defender como partido. Se isso é possível, achar alguém que possa liderar um projeto que atenda ao interesse político e econômico do desenvolvimento do município. Alguma pessoa que possa liderar isso, independente de partido. A gente sabe que tem gente que já está na rua e são candidatos. Mas, com certeza, nós vamos apoiar alguém.

 

– Em caso de coligação, o PTB abrirá mão da cabeça de chapa?

– Abrimos mão. No momento, nós não temos. Até porque nós já fizemos a nossa parte, já participamos com o vice-prefeito. Então, a gente entende que tem outros partidos que ainda não fizeram parte da majoritária. Então, com uma disposição de democracia, de entendimento, nós achamos que temos que dar oportunidade para aqueles que ainda não foram, porque, com certeza, tem gente que quer ser, quer ir, que ser candidato.

 

– Em síntese, por que o PTB almeja o poder?

– No aspecto partidário, ajudar a contribuir para que se possa buscar solução e resolver os problemas que nós enfrentamos na nossa comunidade. Esse é o nosso desejo. E quem está participando diretamente do poder pode ter uma contribuição maior. Pena que aquilo que na prática acontece não é aquilo que se buscou nas campanhas. Até, no nosso caso atual, o doutor Naldo fez um projeto defendendo que o vice-prefeito, o gabinete do vice-prefeito iria liderar um setor de projetos, iria desenvolver e, de fato, alguma coisa andou no começo, mas, parece que ultimamente eu não tenho visto falar em mais nada. Então, não tem andado. Aí, sempre, o pessoal diz: “não, quem resolve a coisa é o prefeito. O prefeito resolve e pronto”.

 

– Alguns tópicos do programa partidário do PTB:

– Como estou afastado da direção do partido, só assumi interinamente, mas o partido tem os programas sim, claro. Como princípios básicos pode-se destacar: 1 – Solidariedade; 2 – Uso racional e eficiente dos recursos públicos; 3 – Segurança; 4 – Educação; 5 – Saúde; 6 – Trabalho e renda para o povo; 7 – Defesa das causas sociais.

 

– O nome mais indicado do PTB para concorrer a prefeito este ano:

– No momento, não tem esse nome. O pessoal pede que eu vá, mas eu não tenho interesse.

 

– Os escândalos envolvendo políticos podem influenciar nas eleições deste ano?

– Infelizmente, não tem influenciado muito, no meu ponto de vista. Deveria influenciar, mas, na prática, não está acontecendo. Infelizmente não e esse que é o problema.

 

 

 

 

 

 

 

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos