PP e Republicanos são prioridades do PL para vaga de vice na disputa ao Piratini em 2026

Partido já possuiu seus dois candidatos ao Senado, que serão do Novo, e busca agora completar chapa majoritária há 15 meses do pleito

Por Correio do Povo


Partido completou suas duas vagas ao Senado, com Marcel Van Hattem (Novo) e Sanderson (PL) 

Com a chapa majoritária para 2026 quase completa, há 15 meses para as eleições de 2026, o PL busca agora o partido que deverá ocupar a vaga de vice. O PP e o Republicanos são os primeiros nessa lista de prioridades.

Nesta quinta-feira, o PL oficializou a parceria com o Novo, com a indicação do deputado federal Marcel Van Hattem para uma das vagas ao Senado – conforme já adiantatdo pelo Correio do Povo. A outra vaga deverá ser do deputado federal Sanderson, do PL.

Com isso, a sigla, que tem o deputado federal Luciano Zucco como candidato ao governo do Estado, está com a chapa para majoritária praticamente formada. Só falta a vaga de vice.

O presidente do PL, Giovani Cherini, afirma que conversa com ambos os partidos, PP e Republicanos, mas que, preferencialmente, a vaga de vice seria do PP. Nos bastidores, contudo, parece que “só” a vaga de vice é uma oferta ainda baixa para os Progressistas. Com oito deputados estaduais e 164 prefeitos, o PP é o partido com o maior número de gestores municipais eleitos em 2024 e possui força no interior do Estado.

A discussão fica ainda mais complexa porque o partido integra a base do governador Eduardo Leite (PSD) e alas flertam com a candidatura do vice-governador Gabriel Souza (MDB), provável sucessor de Leite. Além disso, o PP já tem, ao menos, um pré-candidato ao Piratini: o presidente da sigla e deputado estadual, Covatti Filho.

A outra sigla em que o PL deve investir é o Republicanos. Os dois partidos já estiveram juntos, no pleito de 2022. Quando o Onyx Lorenzoni, hoje no PP, concorreu ao Piratini, ainda no PL, em uma chapa conjunta Hamilton Mourão (Republicanos), que concorreu ao Senado e saiu vitorioso.

O partido, no entanto, também integra a base governista de Leite, com o presidente da sigla e deputado federal, Carlos Gomes, comandando a secretaria de Habitação e Regularização Fundiária. Porém, na Assembleia, a bancada formada por cinco integrantes têm suas dissidências.

Os acenos foram feitos inclusive durante os discursos de Cherini e Zucco, no anúncio de coligação com o Novo. “Queremos junto com a gente o Republicanos, o partido Progressista. Queremos uma grande aliança da direita para governar o nosso Estado”, afirmou Cherini. “Temos uma grande simpatia, uma grande harmonia com os Progressistas. Tenho certeza que, no momento certo, vamos sentar e conversar, porque a gente precisa do Progressistas assim como eles precisam da gente. A mesma coisa com os Republicanos”, disse Zucco.

Além das costuras para majoritária, Cherini também pretende buscar parceria de outros partidos, como Podemos e até o PSDB.

Antecipação é estratégica

Selado na tarde de quinta-feira, as negociações entre o PL e o Novo começaram em meados de março. Entre as condições postas pelo Novo estava a de que, em caso de vitória no Piratini, que Zucco não faça o famoso “fatiamento” do governo, dividindo as secretarias conforme indicações políticas. A medida foi acata pelo candidato do PL.

O “timing” do anúncio, contudo, teve fatores distintos. Embora publicamente se fale em uma antecipação para fazer frente e estimular a militância, principalmente após as últimas ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na outra ponta há o entendimento de que o partido corre o risco de ficar sem aliados fortes devido a movimentações paralelas. Mais especificamente, as articulações de Gabriel Souza junto com PP e Republicanos. E ainda conta com o fato de ter ambos os partidos dentro do governo que ele assumirá em março de 2026, com a provável renuncia de Leite.

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