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Por que arquivar um inquérito cheio de laudos inconclusivos, diz cartaz próximo ao MP em Três Passos

 

Cartazes fixados por grupos que buscam Justiça para Odilaine e Bernardo, no final da tarde de terça-feira, 9, nas proximidades do Ministério Público e do Fórum, questionam o pedido de arquivamento do inquérito que reinvestigou no ano passado a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, em Três Passos. Um deles diz: “Por que arquivar um inquérito cheio de laudos inconclusivos! A quem interessa esse arquivamento?” Já o outro diz: “Caso Odilaine – A sociedade brasileira exige a verdade “verdadeira”.

Até a quarta-feira, 10 de agosto, a juíza Vivian Feliciano, da Comarca de Três Passos, ainda não havia decidido sobre o novo arquivamento do Caso Odilaine.

Na última semana de julho, o Ministério Público voltou a pedir o arquivamento da investigação sobre a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, Odilaine Uglione.

O promotor Bruno Bonamente também pediu a rejeição dos pedidos feitos pela mãe de Odilaine, como novas diligências e oitivas de testemunhas.

Em março deste ano, a Polícia Civil concluiu que a mãe do menino cometeu suicídio. O caso havia sido reaberto em maio do ano passado após uma investigação particular.

Odilaine Uglione foi encontrada morta em 2010, dentro do consultório do então marido Leandro Boldrini, com um tiro na cabeça. A primeira investigação também havia sido concluída como suicídio.

Entenda o Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 um pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alegou que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estavam divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto,que configuraria um fato novo.

Entenda o Caso Bernardo

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edilvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados e irão a julgamento.

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