Investigação indica que organizações criminosas lucraram mais de R$ 3 milhões em dois anos com o esquema. “Prejuízo à sociedade é milionário”, disse o delegado responsável pela investigação.
São alvo da ação da polícia um funcionário de um Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) de São Leopoldo e um despachante, que foi preso em São Leopoldo.
De acordo com o delegado André Serrão, responsável pela investigação, mais de 60 caminhões foram furtados nos últimos dois anos, sendo que o lucro da operação criminosa ultrapassou os R$ 3 milhões.
“O prejuízo estimado à sociedade, decorrente da atuação dessas organizações, é milionário”, afirmou o delegado Serrão.

Polícia prende 8 suspeitos de esquema de furto e desmanche de mais de 60 caminhões para venda de peças no RS — Foto: Júlia Taube/RBS TV
No total, a Polícia Civil identificou mais de 50 pessoas que fariam parte do esquema, que envolvia desde o furto dos veículos, ocultação, desmanche, venda e lavagem do dinheiro obtido ilegalmente.
Elas são investigados pelos crimes de furto qualificado, receptação, adulteração veicular, desmanche ilegal, comercialização de peças e extorsão de proprietários para a devolução de caminhões.
“Constatou-se que os grupos utilizavam estabelecimentos comerciais, como ferros-velhos e recicladoras, não apenas para o desmanche e a venda de peças furtadas, mas também como fachada para a lavagem do dinheiro ilícito. Adicionalmente, foi identificado que imóveis e criações de animais, como cavalos, eram empregados para ocultar bens e movimentar os lucros da atividade criminosa, diluindo o rastro do dinheiro sujo”, conta o delegado Serrão.
No total, são cumpridos 35 ordens judiciais em cinco cidades: 12 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Portão, Santa Maria e Montenegro.
Polícia prende 7 suspeitos de esquema de furto e desmanche de mais de 60 caminhões para venda de peças no RS — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Polícia prende 7 suspeitos de esquema de furto e desmanche de mais de 60 caminhões para venda de peças no RS — Foto: Polícia Civil/Divulgação