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Penúltima página, JC crônicas Alaides Garcia dos Santos

Dia do frango e do ovo

De autoria do deputado Sergio Turra (PP), foi aprovado esta semana pela esmagadora maioria dos deputados no Legislativo Gaúcho, o Projeto de Lei 298/2015, que institui o Dia Estadual do Frango e do Ovo, a ser comemorado anualmente, na segunda sexta-feira do mês de agosto. Na justificativa, Turra afirma que o Estado é um dos pioneiros na produção avícola no país, e muito contribui para o desenvolvimento socioeconômico, além de enfatizar o valor proteico e nutricional do alimento e, por isso, essencial no combate à desnutrição. Chega ser hilário. Qual é a relevância, afinal, dessa lei? Se for pela importância, então teríamos de ter o dia do arroz, da mandioca, enfim. Ora, com todo o respeito e reconhecimento ao valor nutricional ao frango e ao ovo, mas será que os legisladores não acham alguma coisa mais producente para fazer? Aliás, aqui em Santo Augusto teve dessas preciosidades. De autoria do vereador João PT, o prefeito sancionou a lei instituindo a “Semana da Gentileza”. Criativa encheção de linguiça!

 

Em meio à turbulência

As manifestações contra o governo continuam a ganhar força. Porém, a verdade é que nem todos sabem ou não se dão conta do que pode acontecer com a deposição da atual presidente. Há diferentes alternativas para essa saída acontecer, conforme preceituam as leis pertinentes. Então vejamos, se afastada a presidente, quem assume é o vice Michel Temer; mas, se Temer também deixar o cargo (por renúncia, impeachment ou o que fosse), assumiria “provisoriamente” o Presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com a incumbência de convocar eleições em 90 dias após a vaga aberta, isso se o cargo ficar vago até o final de 2016; se ocorrer depois disso, caberá ao Congresso Nacional eleger um novo presidente, em 30 dias. Acrescente-se que, na ordem de sucessão, depois do Presidente da Câmara, vem o Presidente do Senado, Renan Calheiros, e por fim o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

 

Se correr o bicho pega, se …

Se atentarmos para os primeiros três nomes na ordem de sucessão presidencial, veremos perspectivas nada animadoras. Michel Temer foi alvo de uma investigação no STF sobre corrupção e cobrança de propina no porto de Santos; Renan Calheiros, é investigado em vários inquéritos por supostos envolvimentos na Lava Jato. Já Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, é investigado por suposta ligação com o esquema de corrupção da Petrobras, e apontado em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”, como um dos beneficiários do esquema. Dilma e sua gestão são um fracasso, acabou. Veja bem a que ponto chegamos. Então se pergunta: Dilma tem que sair? Tem. Sua saída vai adiantar para alguma coisa? (?). É estarrecedor! Portanto, a situação é essa: “se correr o bicho pega e se parar o bicho come”.

 

Eleições municipais

Estamos nos aproximando de mais uma campanha eleitoral, visando eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todos os municípios brasileiros. É tempo para reflexão dos eleitores para que olhem com interesse a campanha eleitoral, e dela procurem participar com empenho e responsabilidade, pois um dos desafios políticos mais urgentes em nosso país é a participação da cidadania, não só nos processos eleitorais, mas no acompanhamento das administrações públicas. Para uma campanha eleitoral, nada melhor do que contar com candidatos dispostos a expor suas propostas, e eleitores interessados em discerni-las em vista do voto. Se assim acontecesse de verdade, estaríamos todos, (candidatos e eleitores), livres de outros expedientes usados para conseguir votos. É por isto que não existe remédio melhor contra a corrupção eleitoral do que eleitores conscientes e candidatos que apostam “não na força do dinheiro”, mas “na força da persuasão em torno das propostas administrativas apresentadas”.

 

O bom prefeito

O bom prefeito é aquele que está a serviço do município, conhece as necessidades da comunidade e procura resolver seus problemas. É dedicado, sério e presta contas de seu trabalho. É fiel ao seu povo e expressa no cumprimento de um programa de governo previamente elaborado, capacidade administrativa, liderança política, bom conhecimento dos assuntos da cidade, equilíbrio no enfrentamento de crises, postura de diálogo, capacidade de decisão no tempo oportuno, paciência e disponibilidade para ouvir a população, tolera a diversidade de estilo das pessoas com quem trabalha, tem presença contínua no município, hábito de trabalhar com planejamento e em equipe e coragem de dizer não, quando necessário. Enfim, o bom prefeito deve ter as qualidades necessárias para uma vida política sadia e honesta, com transparência nas atividades públicas, sabe separar os recursos públicos, dos interesses da família, dos amigos, de empresas e do partido. Está aí então a necessidade de lançar nomes qualificados.

 

Responsabilidade dos partidos

O Poder Público Municipal é o que está mais próximo da população, por isso é o primeiro a ser questionado. Para muitos cidadãos, o prefeito é mais importante do que o presidente da República, pois é quem pode resolver o seu problema imediato. Promessas utópicas ou demagógicas serão cobradas, mais tarde. A democracia consagra os vencedores nas urnas, mas, embora seja o ápice do processo, aos olhos dos eleitores, não é esse o único momento importante. Os eleitores não escolhem nem interferem diretamente nos nomes que serão colocados na disputa. O amadurecimento político que tantos desejam pressupõe também a responsabilidade e a inteligência dos partidos na formação e indicação de seus candidatos, sem o que as expectativas populares podem se frustrar. Espera-se boas escolhas. Então, aguardemos quem vem por aí.

 

Dança de cadeiras

 

Vereadores Nardo e Veranice, ex-secretário de Educação Antônio e Presidente do PTB, Everaldo

Amparada pela nova regra eleitoral, que abriu uma janela para ocupantes de cargos eletivos mudarem de partido sem o risco da perda do mandato, a vereadora de Inhacorá, Veranice Santos Rolim, do Partido Progressista (PP), decidiu abandonar seu partido, e filiar-se no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Conduta idêntica teve o esposo da vereadora, professor Antônio Lemos Rolim. Ele que era Secretário da Educação do município e filiado ao PP, oficializou nesta semana sua saída do partido e também da pasta da educação, da qual era titular, aderindo, a exemplo da esposa, ao PTB.

A vereadora Veranice, ouvida pela coluna disse que sua decisão foi por questão pessoal, no que teve o apoio de familiares, amigos e alguns eleitores. Entre os motivos, ela fala sobre seu descontentamento com algumas decisões que o partido vinha tomando referente às eleições, somadas com decisões internas que já vinham sendo tomadas por uma minoria, contrárias às suas posições políticas.

Quanto a opção pelo PTB, a vereadora disse ser um partido que lhe possibilita continuar cumprindo com a missão que lhe foi delegada pelos eleitores e, também, pela aproximação pessoal com a pessoa do presidente da sigla, Everaldo Rolim, possível candidato a prefeito.

 

Poucas definições

Apesar de já estarmos no mês de abril, há três meses e pouco das convenções partidárias para escolha definitiva dos candidatos, a maioria dos partidos dos municípios aqui da microrregião permanece totalmente indefinidos com relação a candidatos a prefeito.

 

Juntos ou separados…

Há dois meses entrevistei oito dos nove presidentes de partidos políticos de Santo Augusto. No quesito: O seu partido vai lançar candidato a prefeito na eleição deste ano? As respostas foram essas: – Pelo PDT, o presidente Izilindo Sfredo Stival, disse que “o PDT tem quadro para ter um possível candidato”, começando pelo próprio atual prefeito (José Luiz Andrighetto); pelo PMDB, o presidente Luiz Rotili disse que o partido “tem compromisso assumido perante a coligação de que, para a eleição deste ano o candidato a prefeito seja do PMDB”, já havendo acordo em torno do nome do vice-prefeito Naldo Wiegert como pré-candidato. Portanto, a certeza que se pode tirar daí é que PDT e PMDB terão candidato a prefeito. A indefinição, por ora, é se juntos ou separados.

 

Desarticulados

Quanto aos partidos de oposição, integrantes da coligação Aliança por Santo Augusto (DEM, PP, PSB, PSDB, PTB), que juntos disputaram a última eleição, “há unanimidade na indefinição sobre candidatura a prefeito”. “No máximo seus presidentes referem que todos os partidos desejariam ter candidato a prefeito”. Na entrevista, Jardelino dos Santos (DEM), mencionou o ex-prefeito Florisbaldo Polo como o nome do partido para concorrer a prefeito, porém, essa possibilidade inexiste, disse Florisbaldo à coluna. E, segundo se sabe, a situação permanece inalterada, nenhuma definição, e pior, nada está sendo articulado a respeito. Quem sabe ainda uma reaproximação com o PMDB. 

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