Pesquisar
Close this search box.

Organização criminosa movimentava mais de 370 mil reais por mês com tráfico de armas e drogas

Mais de 20 pessoas já foram presas ( Foto: Cid Martins/ Gaúcha)

A organização criminosa desarticulada nesta segunda-feira (26), na Fronteira Oeste, na Grande Porto Alegre e no Uruguai, movimentava, por mês, R$ 378 mil. Ao todo, mais de 20 suspeitos já foram presos, na terceira fase da Operação Cerebrus que já contabilizava outros 29 detidos, desde 2014.

A organização tinha cerca de 80 integrantes. Os principais eram o detento do Central, o uruguaio Ernesto Andrés Villanueva Vargas, o pai dele – que está preso no Uruguai – a mãe e a esposa, além de gerentes, varejistas e mulas (transportadores). A organização se dividia em grupo das drogas e grupo de armas. Integrantes da quadrilha também agiam de dentro dos presídios de Uruguaiana, Livramento, Dom Pedrito, além de Charqueadas, e Penitenciária Estadual do Jacuí.

 

A esposa do chefe da quadrilha foi presa nesta manhã ( Foto: Cid Martins / Gaúcha)

Tráfico de Armas

Com o tráfico de munição, armas e explosivos, os criminosos movimentavam R$ 82 mil, mensalmente. Eles vendiam, na Região Metropolitana, fuzil por R$ 30 mil, pistola 9mm por R$ 5 mil, pistola glock por R$ 9 mil, além de caixas de munição por R$ 300. O armamaneto vinha do Uruguai e era distribuído para quadrilhas da Grande Porto Alegre.

Tráfico de Drogas

A quadrilha adquiria drogas com traficantes da Região Metropolitana e revendia na Fronteira Oeste, movimentando, por mês, R$ 296 mil. Eles comercializavam principalemnte cocaína, mas também vendiam maconha e crack.

Segundo o delegado Eduardo Finn, um dos chefes da investigação, os criminosos forçavam a compra de drogas na Fronteira Oeste por meio de intimidações e assassinatos. Conforme o delegado, nos últimos meses de atuação da polícia, a quadrilha teve um prejuízo de R$ 1,086 milhão. Desse montante, R$ 65 mil era oriundo da venda de armas, R$ 576 mil da venda de drogas, e R$ 440 mil da apreensão de imóveis e veículos.

Investigação

A investigação começou após assassinatos ocorridos em dezembro de 2013, em Livramento e Rivera. Na ocasião, foi desencadeada a primeira fase da ação, denominada Operação Queima de Arquivo. Em 2014, ocorreu a segunda etapa, chamada de Operação Rescaldo. Desde então, 29 foram presos, três adolescentes internados, 72 indiciamentos, bem como nove veículos e dois imóveis apreendidos.

Mesmo assim, a investigação continuou após o aumento na apreensão de armas vindas do Uruguai com criminosos da Grande Porto Alegre, inlcluindo armamento de uso restrito das Forças Armadas. Já foram apreendidos munição (215), oito carregadores, 16 armas (fuzil vendido na Capital 300% mais caro do que na fronteira), cinco bananas de dinamite sem cordel, 24 quilos de drogas e R$ 20 mil em dinheiro. Por conta da continuidade da investigação, a terceira fase, chamada de Operação Cerebrus, foi desencadeada neste segunda-feira (26).

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Urbana da Câmara de Deputados apontou que 18 pontos da fronteira do Brasil são os principais corredores do tráfico de armas e drogas, no Brasil.  As armas entram por 18 pontos de fronteira, 3 deles no Rio Grande do Sul. Um deles é Livramento com Rivera, o outro fica em Quaraí com Artigas – ambas fronteiras com o Uruguai – além de Uruguaiana com Passo de los Libres na Argentina. Rádio Gaúcha

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos