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Novo e moderno salão paroquial de Santo Augusto em fase de construção

Maquete mostrando a fachada e lateral do novo salão paroquial São João Batista

 

                                                                                                                                                                                                                      Por: Alaides Garcia dos Santos – Jornal O Celeiro                                                                                                                                                                                                                                                         

“Não se deve só rezar, é preciso por em prática o que se reza”.

“Tem gente que está vindo espontaneamente trazer sua doação, significando que querem a obra”.

 

Alcindo, Padre Genuir e Carlinhos, e ao fundo o salão em construção

 

O salão da comunidade católica da Paróquia São João Batista, de Santo Augusto, que data de 1972, portanto, há 43 anos, acaba de ser demolido para dar lugar a um novo e moderno empreendimento que ora está sendo construído. À reportagem do jornal O Celeiro, os gestores da obra, presidente do Conselho Alcindo Zaro, tesoureiro Carlos Bahry e o pároco Genuir Marmentini, falaram sobre a obra em andamento.

Inicialmente, o padre Genuir referiu que há seis anos, quando chegou a Santo Augusto a pedido da província dos padres palotinos de Santa Maria e aquiescência do Bispo Antônio Carlos, de Frederico Westphalen, adotou o sistema de visitas do padroeiro em duas comunidades por semana, onde uma comunidade leva para a outra, integrando assim as comunidades entre si, rezando e pedindo pela intercessão de todos os santos para que Deus derrame graças e bênçãos sobre todas as famílias, nas lavouras, criações.

Quanto ao salão paroquial, o padre disse ter constatado ao chegar, que ele não mais oferecia condições de segurança para ser utilizado, estando em iminente risco de ser interditado. Então, numa avaliação mais detalhada, entre reformar e demolir, o Conselho Paroquial decidiu por demolir e fazer um novo salão, acreditando na solidariedade dos paroquianos para realização da obra. Então que hoje não se deve só rezar, é preciso por em prática o que se reza, disse o padre.

Alcindo Zaro disse que quando assumiu o Conselho da Paróquia teve à sua frente a problemática do salão que estava caindo, as paredes rachadas, e em poucas condições de uso. Estando, juntamente com Carlinhos, à frente, deu início à obra procurando valorizar ao máximo o dinheiro dos paroquianos, indo atrás e pesquisando preços.

Já o senhor Carlos Bahry, tesoureiro e que acompanha diretamente todo o processo que envolve a construção do novo salão paroquial, o projeto da obra, feito pela engenheira Taís Maria Pilau Fucilini que também vem dando toda a cobertura, acompanhamento e orientação técnica, não apresenta nenhum custo, é totalmente gratuito. Originalmente, a intenção era fazer uma ampliação, no entanto, isso não foi possível, enfatiza Carlos, então foi feito o projeto para construir um prédio novo, começando pela parte da cozinha, a parte da produção de cucas, o corredor e os banheiros, o que já está pronto, feito no ano passado e anterior. A obra, no seu total, licenciada, é de 964m², dos quais, 178m² estão prontos, são as peças citadas anteriormente, e, em fase de construção são “786m²”, que é a área do salão antigo mais a expansão. Bahry diz que a modernidade do projeto vai trazer algo novo, bonito para a comunidade, além do que o objetivo maior é a segurança e também a utilidade e a utilização, uma vez que haverá uma abertura no aproveitamento do salão, já que é da comunidade, no sentido de festividades relacionadas a casamentos, eventos que não sejam propriamente da paróquia, mas que estejam ligados aos paroquianos. Aquilo que for de bom atendimento à comunidade vai haver as devidas concessões, o que já é definido entre o pároco e diretoria, mas num sentido regrado, dentro de um ordenamento de uso.

Bahry lembra do cuidado em fazer as etapas de acordo com a capacidade financeira destinadas à obra, de modo a não comprometer as finanças da paróquia que tem suas limitações de receita e gastos que precisam ser executados, no sentido de fazer o funcionamento da parte religiosa. É feito um trabalho no sentido de angariar recursos junto à comunidade, fazendo visitação limitada a um número de empresas e de pessoas, pedindo contribuição. E isso se deve a duas razões: primeiro, a partida inicial, o dinheiro necessários para dar continuidade, o que é insuficiente e exigirá nova campanha; e, segundo, para não atrapalhar a coleta dos festeiros, que estão fazendo sacrifício, buscando recursos junto à comunidade para a Festa de São João, que é a 74ª Festa, a realizar-se de 18 e 24 de junho. Então, a prioridade agora, segundo os gestores da obra, é conclamar a comunidade que acolha os festeiros fazendo suas doações oportunizando que eles realizem uma festa como os outros festeiros já fizeram, uma festa que traga resultados para aplicação na atividade social e religiosa, incluindo-se o salão, de modo que, tudo o que vier vai ser devolvido para a comunidade através do empreendimento, que pertence à comunidade paroquiana, que atinge 30 capelas.

Em Santo Augusto são em torno de cinco mil casas entre empresas e residências e, disso, foi visitado em busca de auxílios para a obra cerca de apenas cento e vinte. Isso, justamente porque coincidiu o tempo de coleta para a festa que no momento é a prioridade, e o tempo de coleta para a obra. Passada a festa, as visitas seguirão no sentido de buscar doações para continuidade da obra que é grande e tem um custo elevado, mas deverá ser um empreendimento para no mínimo cinquenta anos e que atenda não só as atividades diretamente ligadas à paróquia, à matriz, mas também a própria comunidade, aqueles eventos ligados à sociedade, esperam os gestores.

 

Valor orçamento da obra

Em definitivo, ainda não há um orçamento da obra, uma vez que está sendo feita em etapas e cada etapa em seu tempo, e cada tempo tem um custo devido à inflação, além do tipo de material previsto no projeto. Mas, ela finalizada, deverá custar em torno de R$ 700 a R$ 800 mil. Até o presente momento foram gastos R$ 204 mil,  havendo uma receita de R$ 238 mil, oriundos do lucro das últimas duas festas, portanto há um saldo em caixa, o que auxiliará no prosseguimento das demais etapas. O valor orçado é uma previsão que deverá custar um sacrifício grande para conseguir todo esse dinheiro, mas não gostaríamos de parar com a obra, revela Carlos Bahry. Nesse valor do custo estimado estão todas as despesas, inclusive com INSS e PPCI.

 

Prazo para conclusão da obra

A previsão é de que só no ano que vem a obra fique concluída, ou pelo menos em condições de ser usada. A construção é feita em etapas, onde a primeira, e que já pronta, foi a infraestrutura, vigamento, pilares; a segunda, que está sendo executada agora, é a cobertura que, possivelmente até o dia 10 do próximo mês esteja com o telhado colocado; e a terceira etapa, paralelamente à quarta, é o contra piso com 780m2. Depois vem o piso e cerâmica.

 

Receitas

As receitas da paróquia são os lucros da festa anual do padroeiro, o dízimo e doações diversas. E a comunidade é solidária, como diz o padre Genuir, não vai nos deixar à descoberto no sentido de contribuir. A paróquia possui um terreno de 310m², localizado na Rua Padre Roque Gonzales, ao lado do Centro de Catequese que deverá ser vendido e o valor da venda será incluído como receita auxiliar para a construção da obra do salão paroquial.

 

Venda na semana da festa

É estudada a possibilidade de aproveitar uma parte, após a cobertura do prédio, para fazer a venda de produtos da festa deste ano, que é uma preocupação dos festeiros e da própria comunidade que ajuda porque se sai uma cuca ali porque a comunidade vem ajudar a fazer, sai um pé-de-moleque porque a comunidade vem ajudar a fazer. Então há necessidade de um lugar e esse lugar deverá ser adaptado para que, pelo menos durante a venda, nos dias 18 a 23, saia no salão, além de oportunizar aos que lá comparecerem, conhecer o que está sendo feito com suas ajudas.

 

Transparência

O padre Genuir e os demais gestores da obra são enfáticos com relação à transparência. Para eles, o dinheiro é de toda a comunidade, e a igreja, como igreja, tem a missão de ser transparente e mostrar no que estão sendo aplicados os valores arrecadados. Para tanto, relacionam dentro da receita apontada, alguns valores de juros com aplicação dos saldos existentes, oriundos dos lucros das festas de 2013 e 2014, mais doações recebidas, inclusive dentro da campanha para a construção do salão. A determinação dos gestores da obra é para que ao começar cada etapa, já haja a reserva pronta, sem correr o risco do desequilíbrio e de comprometer as finanças da paróquia.  Para eles, é preciso ter a responsabilidade nessa transparência, mantendo o equilíbrio das finanças, por isso a igreja criou uma tesouraria separada do Conselho, para cuidar dessa parte, separado da tesouraria geral, com a responsabilidade de fornecer os dados para os padres, para o Conselho e para a comunidade, cujo relatório é apresentado mês a mês, cumulativo, desde setembro do ano passado, com demonstrativo de como estão as finanças, estando à disposição a qualquer tempo para conhecimento dos paroquianos, principalmente dos colaboradores. Quanto aos lucros das festas anteriores, o padre Genuir esclarece que foi gasto na construção da Capela do Bairro Santo Antônio, R$ 72 mil; comprado uma Parati, no valor de R$ 46 mil; substituído os aparelhos de som da igreja; mais de R$ 200 mil nos banheiros, padaria e cozinha; reformado o Centro de Catequese. Além de R$ 40 mil que, juntamente com as comunidades do interior, foi ajudado a reformar o Seminário de Frederico Westphalen, e R$ 36 mil ao INSS, proveniente de uma multa da Diocese.

 

Distribuição física do salão

Não vai ter salas para alugar. A disposição física do novo salão consiste em uma secretaria, uma copa ou uma tesouraria, para uso próprio; um salão para festividades e para eventos, seminários e afins com grande público; e parte específica para a produção de alimentos, padaria, cozinha, acesso de corredor, sala de cucas, conjunto de banheiros. Ainda, dentro do projeto do salão tem o PPCI (Programa de Prevenção Contra Incêndios) que é uma exigência legal para obra da dimensão e finalidade como essa, o que já está no Corpo de Bombeiros de Ijuí para análise.

 

Contratação de empresa de fora

Foi buscado empresa de fora porque fazem mais em conta e oferecem um trabalho completo e perfeito. Foi feito uma pesquisa incluindo-se empresas daqui e de fora. Das três empresas que deram orçamento de preço, todas de fora, foi contratada a que tinha melhor preço, a qual, quanto ao pagamento, “só receberá depois de terminado o serviço”. Então que o dinheiro para empresa está reservado, no entanto, está na conta rendendo juros para a paróquia. À exceção da cobertura, todo o material de construção necessário à execução da obra está sendo comprado no comércio local, de modo a contemplar a todos, para o que é usado o critério de pesquisa de preço.

 

Campanha pró-construção

Foi recebido, da campanha feita, R$ 40.255,00, que é um valor significativo em meio a crise financeira do momento, doado pela comunidade que, além disso, está ajudando os festeiros que estão fazendo a coleta, tornando-se, simultaneamente, duas contribuições. Mas o resultado virá satisfatoriamente, com o salão dando retorno social e religioso. Na secretaria paroquial existe uma lista para registrar possíveis doações daqueles que tiverem disponibilidade e quiserem contribuir agora, tanto para a festa como para a obra, mas futuramente vai ser feita uma nova busca de recursos junto à comunidade.

 

Festa do padroeiro e o “Cenáculo” 

A festa, propriamente dita, no dia 24 de junho, será no salão da capela Nossa Senhora Aparecida, no bairro Santa Fé, uma vez que o salão paroquial, ora em construção, não estará pronto. Quanto ao cenáculo de agosto, certamente será feito na Igreja Paroquial. É um evento que abrange a diocese toda, e não só os paroquianos de Santo Augusto, e se estenderá o dia todo, com animação de uma equipe de Campo Grande/MS, para o que o padre Genuir pede que as pessoas participem, não custa nada, a não ser o almoço ou lanche para os que vierem de fora, principalmente.

 

Programação da festa do padroeiro

Segundo o pároco da Igreja Matriz São João Batista, a carreata do dia 24 vai sair da sede do distrito de Santo Antônio (interior) às 08h30min da manhã, e o local de encontro vai ser no trevo de Chiapetta, na ERS-155, de onde seguirá a carreata até o centro da cidade. Na chegada haverá bênção dos automóveis, caminhões e outros veículos, inclusive máquinas agrícolas. Após, haverá missa na matriz presidida pelo Bispo de Frederico Westphalen, Dom Antônio, e também estará presente o Vice Provincial dos padres Palotinos de Santa Maria. A seguir, possivelmente no salão da Aparecida, haverá almoço e consagração das crianças, coroação da rainha e princesas, prosseguindo a festa durante a tarde, com baile à caipira, e às 18h o acendimento da fogueira de São João. 

 

Mensagem de agradecimentos

Quando se pede alguma coisa na certeza de ser atendido, a gente deve agradecer com antecipação. Mas, quando se trata de um humano agradecer é possível esquecer-se alguém, mas os paroquianos podem ter a certeza que se esquecermo-nos de agradecer alguém, Deus não esquece. Quando alguém estende a mão para ajudar a comunidade, Deus o recompensará pela generosidade e solidariedade. E esse salão que estamos construindo, é um monumento da solidariedade, da fé em Deus, perseverança, amor e unidade entre as pessoas da comunidade. Aos leitores do jornal O Celeiro, especialmente quem ler esta reportagem, que Deus o abençoe.

 

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