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Ministro Gimar Mendes diz que STF poderá manter a investigação de Lula com o juiz Sérgio Moro

 

Na época, porém, o Supremo reconheceu clara tentativa do então parlamentar de enganar a justiça e atrasar a conclusão do caso e manteve o processo no tribunal. Na avaliação de Gilmar Mendes, o STF deve ser provocado para deliberar se a investigação contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato pode ser mantida na primeira instância e sob responsabilidade do juiz Sergio Moro, mesmo com a nomeação de Lula para a Casa Civil. "Se o tribunal, numa questão de ordem, puder chegar à conclusão de que, para esses fins, a nomeação não é válida, mantém-se o processo no âmbito do primeiro grau", disse o ministro do STF. "Acho que é um assunto digno de preocupação para o tribunal. Imaginem os senhores que daqui a pouco a presidente da República decida nomear um desses empreiteiros que está preso em Curitiba como ministro do Transporte ou da Infraestrutura. Nós passamos a ter uma interferência muito grave no processo judicial. Precisamos meditar sobre isso", completou Mendes: "Se amanhã houvesse a designação de um empreiteiro como ministro do Transporte, um empreiteiro preso, teríamos a cessação da competência do juiz Moro? Essa é a pergunta que nós temos que nos fazer". E prosseguiu: "Lula vem para fugir da investigação que se faz em Curitiba, deixando este tribunal muito mal no contexto geral. É preciso muita desfaçatez manobrar dessa forma as instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie". Segundo o ministro, desde que o Supremo definiu em dezembro as regras para o rito de impeachment de Dilma, "a crise política só piorou" e "se agravou a ponto de a presidente buscar agora um tutor para colocar no seu lugar de presidente". "Ela assume aí outro papel. Eu disse naquele momento, no julgamento do rito de impeachment, que não se salva quem não merece ser salvo. Lula é um tutor que vem com problemas criminais muitos sérios, mudando inclusive a competência do Supremo Tribunal Federal, tema que vamos ter que discutir", declarou. VideVersus

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