Pesquisar
Close this search box.

Medalhões de volta? Como o Inter trata os retornos de Anderson, Seijas, Paulão e Valdívia

Clube precisa definir futuro de 44 jogadores emprestados para outros times, dentro e fora do Brasil

Com 2017 encaminhado e a três vitórias do acesso à Série A, o Inter já esboça a próxima temporada. O clube monitora os medalhões que estiveram na campanha do rebaixamento e ainda têm contrato em andamento. Todos juntos somam uma despesa mensal de mais de R$ 1 milhão. Nomes como Anderson, encostado no Coritiba, Seijas, reserva da Chapecoense, e Paulão, titular no Vasco, devem seguir novos rumos longe de Porto Alegre no ano que vem. Só Valdívia, titular do Atlético-MG na vitória sobre o São Paulo na quarta-feira, é quem pode receber uma passagem só de vinda para a capital gaúcha.

O caso mais complexo – e caro – é o de Anderson. Um dos heróis da Batalha dos Aflitospelo Grêmio, o meia com então 26 anos foi contratado com pompas de ex-Manchester United, em fevereiro de 2015. Apesar da sua baixa produtividade na Europa, assinou um contrato dos sonhos para ele (não para o Inter): R$ 500 mil de salário mais R$ 4 milhões em luvas diluídos em seus rendimentos mensais até janeiro de 2019, quando encerra seu vínculo com o Inter. Em campo, mostrou quase nada. Na troca de direções de Vitorio Piffero para Marcelo Medeiros, passou a treinar separadamente até ser negociado por empréstimo com o Coritiba, onde hoje vê na reserva o clube ser rebaixado para a Série B – se cair, será a terceira queda na carreira do jogador. A ideia do Inter é negociá-lo novamente com algum time, brasileiro ou estrangeiro. O certo é que ele não fica no Beira-Rio em 2018.

O mesmo caminho seguirá Seijas. O primeiro venezuelano da história do Inter chegou para ser a liderança em um vestiário cheio de garotos, em 2016. Deveria ser o meia que substituiria D’Alessandro, mas não conseguiu. Eleito pela seleção dos melhores jogadores da América no ano anterior à chegada ao Beira-Rio, em votação do jornal uruguaio El País, Seijas afundou com o Inter.  Mas ganhou fôlego  ao ser anunciado na Chapecoense, que passa por um ano de reconstrução. Por opção dos treinadores Vagner Mancini, Vinícius Eutrópio e o interino Emerson Cris, o meia virou reserva. Ainda assim, com apenas 18 jogos pelo Brasileirão, é desejo da direção do clube que o venezuelano permaneça em Chapecó. Com um porém: o clube quer manter o mesmo acordo com o Inter de dividir os R$ 300 mil mensais de Seijas, o que a direção colorada não tem cogitado para 2018.

A situação de Paulão é semelhante à do venezuelano, com a diferença do maior mercado que existe no Brasil por zagueiros. Um dos jogadores mais criticados no rebaixamento do Inter, o defensor  teve contrato renovado pelo então presidente Vitorio Piffero até maio de 2019. As cobranças da torcida ao fim do ano passado fizeram Paulão deixar Porto Alegre. E o Vasco se dispôs a pagar integralmente os seus cerca de R$ 250 mil mensais. Se o presidente do clube carioca, Eurico Miranda, decidir seguir apostando na mesma dupla de zaga e mantiver a integralidade dos pagamentos para ano que vem, ficará com Paulão por mais uma temporada, dizem pessoas próximas à direção colorada.

A exceção do time dos medalhões é Valdívia, mesmo com a imagem manchada por ter deixado claro nos corredores do Beira-Rio que não tinha interesse em jogar a Série B. Há a esperança de que o meia cabeludo desponte no Atlético-MG, com quem tem vínculo até maio de 2018, volte com mais maturidade e, quem sabe, prestígio para uma futura venda. E então se pague o investimento feito desde a base. Seu salário, cerca de R$ 250 mil, é considerado alto para um meia de 22 anos. Até por isso, a atual direção do Inter se antecipou e renovou com o “poko pika” até 2020.

Anderson, Seijas, Paulão e Valdívia respondem pela maior fatia financeira entre os mais de 20 jogadores emprestados pelo clube. Por isso, a direção parte deles para começar o planejamento de 2018.

Gaúchazh

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos