Nos últimos dias, tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) estão focando na reconquista e reaproximação com os empresários, principalmente os detentores do grande PIB, em São Paulo. Lula, que sempre teve boas relações com o empresariado durante seus oito anos de governo, com o suporte de José de Alencar, agora, estava um pouco distanciado.
Mais perto dos donos do dinheiro
Faltando menos de 60 dias para a eleição, Lula retoma sua cruzada de encontros e visitas com “os donos do dinheiro”. Lula esteve na Fiesp, depois com empresários do Varejo. Na área do agronegócio, Lula teve uma entrada triunfante “no templo do empresariado”, acompanhado do ex-ministro Roberto Rodrigues, influente empresário do setor. Também teve as boas vindas do novo presidente da Fiesp, o empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, que foi o vice de Lula quando presidente, e foi o interlocutor do Palácio do Planalto com os empresários. Com estas ações, a equipe de Lula sinaliza que vem conseguindo reduzir a resistência do meio empresarial.
Tortuoso caminho
Jair Bolsonaro, por sua vez, também trilha o tortuoso caminho do PIB. Antes mesmo de Lula começar o “beija-mão”, Bolsonaro vinha se encontrando com empresários, em especial, com os ligados ao agronegócio. Na verdade, as campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula têm promovido uma série de encontros com representantes das principais entidades do setor produtivo, buscando apoio para a disputa eleitoral deste ano. No núcleo de Bolsonaro, a avaliação é de que o presidente vai conseguir manter o apoio que recebeu em 2018 das principais lideranças, inclusive do mercado financeiro.
Auxílio Caminhoneiro
O presidente da Frente Parlamentar em defesa dos caminhoneiros autônomos e celetistas, deputado federal gaúcho Nereu Crispim (PSD), está indignado com a proposta de auxílio aos caminhoneiros. Para o líder dos caminhoneiros, “é, mais uma vez, uma proposta eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Kamikaze (Paulo Guedes) dão o auxílio com uma mão e retiram com a outra”.
Isenção do Imposto de Renda
O deputado Nereu Crispim quer que seu Projeto de Lei pedindo para que sejam isentos do Imposto de Renda os beneficiários do Auxílio Brasil, dos motoristas incluídos no Auxílio Brasil, Auxílio aos Transportadores Autônomos de Cargas, Auxílio a Motoristas de táxis, e Auxílio Gás, tenha o mesmo tratamento dado à PEC dos benefícios. O argumento, “é que pelo motivo de a tabela do Imposto de Renda não ter sido atualizada, aumenta o valor, alcança o teto, e tem que pagar imposto”.
Apoio dos líderes
Nereu Crispim recebeu um enorme reforço para pressionar o governo e buscar regime de urgência no PL 2166/2022. Conseguiu, em quatro dias, 265 assinaturas. Eram necessárias 257, e teve o apoio de líderes de esquerda, direita e centro, que assinaram o documento. “Esperamos que o presidente Arthur Lira (PP-AL) e os líderes do governo tenham a mesma coragem e empenho de aprovar de forma, atropelada, essa proposta que neutraliza a ganância do ministro Paulo Guedes.”
Jornal do Comércio
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