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Lava-Jato precisa parar com exibicionismo, diz Renan

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a fazer críticas ao que entende como "excessos" da operação Lava-Jato, acusou a força-tarefa de "exibicionismo" e citou como exemplo a coletiva do procurador Deltan Dellagnol — que apontou o ex-presidente Lula como o "comandante máximo do esquema de corrupção".

— A Lava-Jato precisa acabar com esse exibicionismo, como vimos agora no episódio do ex-presidente Lula e em outros. Isso, ao invés de dar prestígio, retira prestígio do Ministério Público e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legislação que proteja garantias individuais e coletivas — disse o presidente do Senado.

No Congresso tramitam diferentes propostas relacionadas a investigações, como revisão da lei de delações e a nova lei de abuso de autoridade. Renan não chegou a citar nenhum projeto em específico para dar encaminhamento, mas prosseguiu com as críticas à Lava-Jato e falou em "mobilização política".

 

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— É preciso de uma vez por todas investigar e fazer denúncias que tenham começo, meio e fim, que sejam consistentes e não fazer denúncias por mobilização política, porque com isso o país perde e as instituições perdem também — afirmou.

Caixa 2

Renan Calheiros negou ter participado de qualquer articulação para a votação doprojeto que anistia o caixa 2, emenda à uma proposta de 2007 que foi colocada em votação nessa segunda-feira, na Câmara dos Deputados.

— Eu não fui informado do teor do que conteria essa proposta, sinceramente. Eu não sei de nada, o que se pretende, qual é o texto, se é eficaz, em que momento vai votar. Isso não chegou ainda ao Senado Federal — afirmou Renan.

Mais cedo, deputados disseram que senadores participaram dos acordos para tentar votar o projeto na noite de segunda-feira na Câmara. De acordo com fontes, Renan teria participado da articulação e, por essa razão, não abriu a sessão do Congresso Nacional, marcada para às 19h. O peemedebista negou e disse que chegou, inclusive, a ir ao plenário da Câmara e apenas não abriu a sessão do Congresso porque os deputados ainda estavam trabalhando.

Reforma política

O presidente do Senado reafirmou sua intenção de votar a PEC 36/2016, que pode diminuir a quantidade de partidos com representação no Congresso, no intervalo entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais, em outubro.

Nessa terça-feira, o plenário completou a quarta das cinco sessões de discussão da PEC, para que ela possa ser votada em primeiro turno. De acordo com Renan, o regimento permite que a última sessão de discussão seja realizada no mesmo dia da votação. ZH

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