Pesquisar
Close this search box.

João Kovalski, um dos remanescentes do Movimento Emancipacionista

 

JOÃO KOVALSKIconta atualmente com 94 anos de idade. Natural de Ijuí, em 1942, aos 20 anos veio morar em Santo Augusto, então distrito de Palmeira das Missões. Desde logo, passou a participar ativamente da vida e do desenvolvimento gradativo da comunidade local, prestando serviços relevantes em todos os segmentos comunitários.

Este cidadão tem em seu currículo uma brilhante trajetória de trabalho e participação, inclusive, em um dos momentos mais importantes da história do município, que foi o “movimento pró-emancipação política e administrativa” coroado de êxitos, tendo como resultado a criação do município de Santo Augusto.

Hoje, os únicos remanescentes do movimento emancipacionista são estes ilustres cidadãos, João Kovalski e professor Egmar. São figuras diferenciadas em nosso meio, com suas marcas fincadas aqui no solo santoaugustense. Negar essa distinção seria um equívoco. Reconhecer os seus feitos, os seus relevantes serviços prestados na construção desse pujante município que tanto nos orgulha, é sim, uma forma justa de imortalizar suas contribuições para a criação e desenvolvimento da cidade pérola.

O senhor João Kovalski, gentilmente recebeu a reportagem em sua residência onde relatou sobre sua participação e contribuição nas mais diversas atividades de cunho comunitário nos âmbitos sociais, religiosos, culturais, políticos e esportivos do município. No setor de esportes foi ele um dos pioneiros, destacando-se como dirigente e colaborador ativo do Grêmio Esportivo Santoaugustense, desde os primórdios de existência da entidade, criada/fundada em 1956. Em 1957 participou da diretoria como vice-presidente. Naquele ano foi adquirido do senhor Luiz Sperotto, a área destinada à construção do estádio. A seguir, em 1958, Kovalski foi eleito presidente, em cuja gestão deixou marca histórica, onde juntamente com seus companheiros de diretoria, Lino Berlezi (vice-presidente) e Romalino Torres (secretário), com o apoio e colaboração do quadro social, foi construído o alambrado e o muro com altura de mais de dois metros em torno da área que abriga todo o complexo do clube, cujas estruturas são mantidas na originalidade até os dias de hoje; foi também na sua gestão construído vestiários, mictórios, copa, casa do zelador (como era dito na época), cancha de bochas, e instalada água e luz. João Kovalski ao relatar tudo isso, deixou transparecer saudade e extrema satisfação por tudo o que fez em prol da entidade, lembrando ainda que existia um grande quadro social, todos com carteirinha de sócio que a exibiam com orgulho, e colaboravam fielmente não só com a mensalidade, mas com doações extras e mão de obra gratuitamente, o que somado com recursos provenientes de rifas (prêmios doados por patrocinadores de Ijuí), permitiu a aquisição da área e a construção do estádio e toda a infraestrutura. Relembra também da torcida aguerrida, das competições que o clube participava não só em nível local, mas regional e estadual, das suas glórias, inclusive conquistando um título de campeão estadual de amadores.

No setor político administrativo, João Kovalski conta de sua participação no “movimento emancipacionista do município de Santo Augusto”, sendo ele e o professor Egmar, os únicos remanescentes do movimento.  Estes ilustres cidadãos, juntamente com outros bravos concidadãos, iniciaram em 1958, o movimento visando à criação de um novo município, com sede na então Vila de Santo Augusto e, juntamente com a Comissão Emancipacionista, enfrentando todo tipo de percalços,  criaram o município, permitindo-lhe a autonomia administrativa, dono de seu destino, resultando na pujante cidade e município que tanto orgulha sua gente. Com a memória de um jovem, Kovalski nominou todos os que integraram a Comissão Emancipacionista (Ruy Maroso, Caetano Sperotto, Arnaldo Macagnan, Cláudio Czanobai, Egberto Sant’Anna de Moraes, Dr. Amílcar Stanislau de Souza, Lino Berlezi e Edmundo Simczack).

Apesar dos seus 94 anos de vida, o senhor João Kovalski relata com lucidez invejável e orgulho sobre seus feitos em prol da comunidade, lembrando também de sua participação/colaboração na construção da Igreja Matriz São João Batista, de sua contribuição no lançamento da pedra fundamental, do transporte de toda a pedra bruta necessária para o alicerce, puxada com seu caminhão até o local da obra. Além de ter contribuído ativamente para construção do CTG Pompilio Silva, da Escola CNEC, enfim, em todas as ações comunitárias que eram levadas a efeito. 

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos