Na manhã do último dia 19, no município de Guarapuava/Pr, um grupo de aproximadamente 300 integrantes do Movimento dos (se dizentes) Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoviam o bloqueio da rodovia PR-170, quando dois policiais militares de posse de uma Liminar de Interdito Proibitório emitido pela 1ª Vara da Fazenda Pública proibindo o bloqueio da via, tentaram uma negociação para desobstruir a rodovia. Foi em vão, e o inusitado aconteceu: os manifestantes respaldados pelo fator quantitativo, usando da força física agrediram e arrastaram os policiais pelos braços e os retiraram do local, totalmente humilhados e à mercê de integrantes do MST. Após esse episódio os PMs foram libertados, porém, expulsos do local. O objetivo do protesto, segundo consta, era cobrar uma reposta do INCRA para a reforma agrária na região.
A Polícia Militar disse, em nota: Uma equipe foi ao local diante da interdição da rodovia e pediu “de maneira pacífica” para os manifestantes liberarem a estrada. Em momento posterior, conforme pode ser visto em vídeos que circulam pelas redes sociais, utilizando de força e agressão, os manifestantes retiraram os policiais do local.
Contra-ataque da PM
No dia seguinte, 20 de outubro, a Polícia Militar do Paraná contra-atacou, de forma legal, obviamente, à ousadia criminosa praticada no dia anterior por integrantes do MST. Cumpriu dois mandados de prisão e realizou uma operação de busca e apreensão em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Guarapuava, tendo efetuado 10 detenções e encaminhado os elementos à delegacia. Essa ação decorreu em resposta dos policiais aos bloqueios da rodovia e agressão aos PMs no dia anterior. Nessa operação, a PM do Paraná apreendeu uma espingarda, uma pistola 9mm com 20 munições, outra pistola com dez munições no carregador, além de munições calibre 38 e dezenas de unidades de facas, facões e foices.
Invasões do MST no RS
O deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), que presidiu a CPI do MST na Câmara, afirmou na sexta-feira (20), que “um grande grupo” do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) está próximo de Bagé (RS) “planejando invasão de propriedades”. Deputados, entre eles Rodrigo Lorenzoni (PL) já estariam em contato com o governo do estado e com as autoridades policiais para que não se permita que este movimento criminoso invada propriedade privada aqui no Rio Grande do Sul. Desse modo, os parlamentares advertem que “qualquer fato que aconteça com a segurança pública no Estado, a culpa será do governo Lula”. Consta que a Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Federal já estão no local da concentração monitorando o movimento. O indicativo é de que invasões do MST vão acontecer com força total aqui no RS.