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Governo estuda criar grupos de policiais para resposta rápida após ataques a banco no Interior

O vice-governador e Secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, informou que está em estudo a criação de grupos regionalizados de policiais militares para resposta rápida em ocorrências violentas no Interior, como o assalto a banco ocorrido em Porto Xavier, na última quarta-feira (23). A ideia é deslocar para esta missão parte dos 2 mil agentes que estão em formação e devem entrar para a Brigada Militar em agosto deste ano.

 

— Estamos pensando em estratégia de pronto emprego regionalizado destes PMs a fim de que tenhamos uma resposta mais rápida a este tipo de ocorrência. É o que podemos falar por enquanto — afirmou o secretário Ranolfo sem entrar em detalhes.

O plano do vice-governador faz parte das estratégias de combate às quadrilhas de roubo a banco, que têm preferido ataques em cidades pequenas e médias e distantes de grandes centros. Ainda segundo Ranolfo, é essencial focar em sufocar as finanças dos grupo, tirando o capital para investir em armas e pagar criminosos subordinados.

Para o chefe da segurança no Estado, a confirmação de que um dos presos pelo roubo a banco é um policial militar da reserva é motivo de vergonha, ainda que o suspeito esteja na reserva e recebendo aposentadoria há sete anos.

— Isso aí envergonha todos nós, o Estado, a SSP, os policiais. Ontem (domingo) pude observar a indignação de todos aqueles que trabalham diuturnamente combatendo a criminalidade, tentando trazer a segurança à sociedade gaúcha, todos muito indignados ao saber que tinha um policial envolvido — disse.

Envergonha todos nós, o Estado, a SSP, os policiais

RANOLFO VIEIRA JR

Sobre prisão de PM da reserva por participação em assalto a banco

O vice-governador ainda garantiu que a Brigada Militar “não pensa em desmobilização” e vai seguir na região até que todos os criminosos que assaltaram o banco sejam presos. Há 150 policiais da BM, Polícia Civil e Federal, além de helicópteros, no sexto dia de buscas.

Até o momento, três foram presos e um suspeito morto. Em um tiroteio, também foi assassinado o soldado Fabiano Henck Lunkes, 34 anos.

Sobre a investigação conduzida pela Polícia Civil, o vice-governador adiantou que não está descartada a participação de outras pessoas da região no assalto e que se trabalha com a informação de que os mesmos ladrões tentaram assaltar um banco em São Nicolau, também no Noroeste. Em 29 de março, os criminosos fugiram sem levar nada da cidade após serem alvo de disparos de um morador.

Brigada Militar / Divulgação
BM segue as buscas pelos criminososBrigada Militar / Divulgação

Corregedoria abre inquérito

O corregedor-geral da Brigada Militar, coronel Mario Galdino, informou que foi aberto um inquérito policial militar para investigar a conduta do sargento da reserva preso. O prazo da apuração é de 40 dias.

Segundo o oficial, até o momento, a BM não tinha conhecimento sobre atos ilícitos do sargento, que trabalhou até 2012 no Batalhão Rodoviário de Xangri-Lá, no Litoral Norte. Em depoimento à Polícia Civil, preferiu manter-se em silêncio.

— Na primeira fase, vamos fazer a captura de provas. Ele (sargento) já foi recolhido para que toda a situação seja verificada. Estamos vendo o que de veracidade há nesses fatos e ele será punido com a nossa previsão legal. Nós, da Brigada, não compactuamos com qualquer desvio de conduta — declarou.

O oficial disse ainda que não tem informações de que outros policiais possam estar envolvidos no grupo.

Outros dois presos e um morto

Além da prisão do sargento, também foram detidos outros dois homens durante as buscas. São Flávio Rogério Oliveira, 53, de Gravataí, na Região Metropolitana, e Ivo Zimmer, 57, de Porto Xavier, localizados no sábado.

Em um tiroteio no domingo (28), foi morto Izaquiel Gonçalves Souza, 52 anos. Ele teria tentado furar o cerco policial e morreu na troca de tiros com as forças de segurança em Linha 1º de Março, no limite entre Porto Lucena e Campina das Missões. Com ele, um fuzil foi apreendido.

Os nomes de Oliveira e Souza já são conhecidos da Delegacia de Repressão a Roubos. Segundo o delegado João Paulo Abreu, os dois já apareceram em momentos distintos em investigações por crimes do tipo no Rio Grande do Sul. Recentemente, eles não estavam na mira da unidade policial.

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