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Fatos em Foco 15.01.2015

                                                                                            Alaides Garcia dos Santos

 

A imprensa na sociedade

O papel primordial da imprensa é levar informação com precisão à população de forma séria, imparcial, comprometida com a verdade. Uma imprensa séria se preocupa em desempenhar o seu papel social para que cada vez mais a população possa sentir-se confiante neste papel tão importante que é a informação. “Uma imprensa séria é livre de máculas, é a voz e os olhos do povo” (Helberth Santos Carvalho).

 

Verdade

Bem escreveu o jornalista L. H. Mencken que: “A verdade é uma mercadoria que as massas não podem ser induzidas a comprar”. Lembrando que este fenômeno comunicacional é capaz de dar “vida ou morte aos políticos”. Por ter tanto poder junto à sociedade, lá nos idos de 1928 o inglês Lord Macaulay já apontou a imprensa como o “quarto poder”, aquele responsável por controlar os abusos dos poderes constituídos (Legislativo, Executivo e Judiciário), contra a população que na maioria das vezes não tem voz ativa para interferir em questões importantes.

 

Órgão fiscalizador

A imprensa tem uma responsabilidade imensurável na formação em parte da sociedade. Por isso, o seu papel é informar a população de todo e qualquer acontecimento e até mesmo sair em defesa dos interesses da sociedade, agindo assim, como um órgão fiscalizador. Helberth Santos Carvalho lembra que: “a imprensa traz forças para as pessoas, luta para que as sociedades que não são democráticas passem a ser, e contribui para as que já são serem de forma efetiva, pois, quanto mais livre for a imprensa, maior a possibilidade de produzir informações com qualidade e isenção.

 

Forças econômicas

Falando a um grupo de donos de empresas de comunicação de todo o mundo, em junho do ano 2000, o papa João Paulo II disse: “Com sua influência vasta e direta sobre a opinião pública, o jornalismo não pode ser só guiado por forças econômicas, lucros e interesses pessoais. Deve, ao contrário, ser encarado como uma missão, até certo ponto sagrada, realizada com o entendimento de que meios de comunicação foram confiados aos senhores para o bem geral”. Portanto, fica perceptível a grande importância do papel da imprensa perante a sociedade. “Quando a imprensa não fala, o povo é que não fala. Não se cala a imprensa. Cala-se o povo”. (Poeta Willian Blake)

 

E aí?

Deve ter leitores indagando: E aí? Aí é que os veículos de comunicação, em regra, de cunho privado (empresarial), são manipuláveis e manipulados por segmentos políticos e econômicos. Aliás, a prioridade passa a ser o interesse financeiro e político, em detrimento do “papel social” norteador, em tese, dos meios de comunicação. Assim, os detentores do poder político pressionam de todas as formas, lícitas ou ilícitas, morais ou imorais, influenciando e até selecionando o que de fato será divulgado, ou seja, só o que for de seu interesse político e, quiçá escuso, deixando de divulgar aquilo que efetivamente interessa à população. E é assim que a banda toca. Pena!

 

Padrão de Ocultação

É o padrão que se refere a ausência e a presença dos fatos reais na produção da imprensa. Não se trata evidentemente de fruto do descobrimento, nem mesmo da mera omissão diante do real. É ao contrário, um deliberado silêncio militante sobre determinados fatos da realidade. Esse é um padrão que opera nos antecedentes, nas preliminares da busca da informação. O padrão de ocultação é decisivo e definitivo na manipulação da realidade: tomada a decisão de que um fato “não é jornalístico”, não há a menor chance de que o leitor tome conhecimento de sua existência através da imprensa. O fato real foi eliminado da realidade, ele não existe. O fato real ausente deixa de ser fato real para se transformar em imaginário. Mas, influenciados ou não, os donos das empresas de comunicação é que ditam as regras de divulgação. Ponto.

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