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Fatos em Foco 09.07.2015

Alaides Garcia dos Santos

 

Eleições 2016

Estamos a pouco mais de um ano das eleições municipais de 2016. Pode parecer muito, mas é um tempo escasso para quem deseja obter sucesso na busca de um cargo eletivo. Sempre defendi e continuo batendo na tecla de que o tempo para início do preparo de um candidato a vereador ou prefeito não deve ser inferior a um ano. E isso se explica no fato do pré-candidato ter de montar toda uma estrutura de eleição e isso requer tempo, organização, negociação com demais partidos e visibilidade junto aos diversos níveis da sociedade organizada, preparação e métodos de campanha, dentre outros. Sem dizer oficialmente que é candidato, mas como pré-candidato, ele deve reunir-se com as comunidades, apresentar-se como pretendente e debater com elas os problemas de cada localidade e setor, apresentando alternativas de solução. 

 

Bom para refletir

Numa aula da disciplina de marketing político, uma aluna desconfortada com o assunto falou: Não sei o que estou fazendo aqui. A professora indagou: Achas que o tema não tem nada a ver com a tua vida? Isso mesmo, professora! Não tem nada a ver comigo, respondeu. Situações e questionamentos como esse evidenciam a crescente desvalorização que assola a política atualmente. Mas talvez esse desinteresse tenha origem na incompreensão, ou na compreensão um tanto quanto restrita, do que pode significar a práxis “política”. Há que se concordar que a política é uma necessidade nas nossas vidas. E essa política à qual refiro não está apenas ligada às atividades dos governantes de nossas cidades, estados e/ou nação, conforme comumente se pensa. Refiro-me à atividade cotidiana de discussão pelos cidadãos sobre os problemas da sociedade, sejam ou não parte do governo. A partir desta acepção, o político é todo aquele sujeito que enxerga, discute e busca soluções para as questões sociais.

 

Somos todos políticos

Essa ideia, no mínimo equivocada, de que a atividade política é exclusivamente da responsabilidade de vereadores, prefeitos, deputados, governadores e demais cargos representativos, prevalecendo à perspectiva de que a atividade política dos demais cidadãos se resume ao voto para a eleição destes cargos, é pernicioso, faz mal a todos. Esse discernimento nos leva à renúncia também do direito, mas, especialmente, do dever de participação nas discussões dos problemas sociais e acompanhamento do trabalho desenvolvido pelos nossos representantes eleitos. Na verdade, “somos todos políticos”. Todo e qualquer sujeito atribui às suas atitudes cotidianas um significado político quando suas lutas pessoais e de grupo assumem um sentido coletivo.

 

Reclamar! De quê?

Antes de repudiar a política, deveríamos compreendê-la de forma mais ampla sobre o seu significado em nossas vidas. Ela é inseparável do nosso cotidiano e sua negação é um ato, senão de desprezo, de ignorância. O sistema político institucional, em grande parte, configura-se em uma luta pela ocupação e condução dos cargos públicos numa infindável disputa pelo poder, em detrimento da preocupação com as necessidades sociais. Sendo assim, se a política é uma necessidade imperiosa para a vida humana, somos todos responsáveis pela sua efetivação. Pelo desprezo ou ignorância, do não participar ou participar só com o voto (in)consciente, é que os políticos e governantes fazem o que querem e como querem. Reclamar! De quê? Afinal, quem cala consente!

 

Não gosto, mas não desprezo

Eu também não gosto da nossa política. Quase tudo nela me embrulha o estômago. E é por isso que ela me interessa e procuro conhecer e avaliar as causas determinantes de seus incontáveis descaminhos e sugerir dicas de novas condutas. É pena que os nossos jovens brasileiros não se veem como responsáveis pela política, e sim a desprezam! 

 

A propósito

Você reelegeria o seu vereador, o seu prefeito? Por quê? Assunto para reflexão. 

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