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Fatos em Foco 05.02.2015

                                                            Alaides Garcia dos Santos

 

É melhor prevenir

Prevenir sempre foi e será melhor do que remediar. Impedir ocorrência de crime, seja ele do tipo que for, tem que ser uma preocupação e uma regra permanente a ser seguida por todos os integrantes do aparato de segurança do Estado. No momento atual de insegurança por que passa a sociedade brasileira e porque não dizer também a sociedade gaúcha, onde os indicadores de criminalidade não param de crescer gerando um clima de intranquilidade para a população de modo geral, seria extremamente importante estabelecer um pacto contra a violência e criminalidade, envolvendo todos os poderes e as principais entidades pelas quais a sociedade se organiza, uma espécie de compromisso público para o enfrentamento dessa mazela social, onde fossem adotadas medidas e providências adequadas.

 

Responsabilidade de todos

Embora a prevenção policial por intermédio do Policiamento Preventivo/Ostensivo seja uma atribuição específica das polícias militares, todos os demais Órgãos e Estruturas do aparato de proteção da sociedade, Públicos e Privados, a partir da base que são os municípios, devem colaborar com a prevenção. Com tal reforço é de se esperar um significativo aumento da capacidade inibidora e dissuasora de todo o aparato de segurança e proteção do Estado na sua permanente luta contra a criminalidade nas suas mais diversas formas de atuação. De todo o contexto, que é por demais complexo, precisa ser priorizada, nessa busca permanente de melhorias na atividade segurança pública, “o combate ao consumo de substâncias nocivas à saúde, principalmente as drogas consideradas ilícitas, cujo consumo potencializa a violência”.

 

Índices alarmantes

No Estado, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública, durante o ano de 2014 foi registrado o maior número de homicídios dos últimos 13 nos. Foram 2.346 assassinatos, uma média de seis por dia. O número corresponde a um aumento de 22,5% em relação a 2013, quando foram contabilizados 1.914 casos. Em relação ao ano em que houve o menor número de homicídios no Estado (2004, quando foram registrados 1.317 casos), o aumento em 2014 foi de 43%. Os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública revelam também o aumento de 12% no número de furtos e roubos de veículos em relação a 2013. Em 2014, foram 32.471 casos, o que significa dizer que, a cada hora, em média, três veículos foram levados por ladrões.

 

Um minuto de reflexão

Pode ser uma coisa que muita gente acha desagradável ouvir, a minha simples e modesta opinião, formada no decorrer de 35 anos de intensa atividade na polícia civil, é de que os brasileiros fariam um grande favor a si mesmo se tomassem a decisão de ficar, com o máximo de clareza e na frente de todo mundo, a favor da polícia. Isso mesmo: a favor da polícia. Algum problema? Eis aí, na verdade, uma afirmação evidente em si mesma e pode ser entendida sem a menor dificuldade após um minuto de reflexão. Veja bem, se ao invés de só criticar e ficar ausente, cada cidadão e/ou entidade da sociedade organizada participasse com ideias e atitudes, teríamos polícias mais eficientes e menos erros de conduta pessoal e profissional do cidadão policial.

 

Polícia do lado do bem

É mais do que sabido que em meio aos contingentes das instituições policiais tem todos os vícios registrados no dicionário, de A a Z. Mas, a polícia, por piores que sejam as condutas de alguns de seus integrantes, é uma peça essencial para manter a democracia no Brasil e impedir a tirania daqueles que só admitem as próprias razões. É a polícia, na verdade, o que a população brasileira tem hoje de mais concreto na garantia de seus direitos. Sem as forças policiais, nem o topo dos poderes, Congresso, o STF e o próprio Palácio do Planalto escapariam da ação dos bandidos. A polícia está do lado do bem, goste-se ou não disso. Não faz nexo criticá-la quando está certa. 

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