Pesquisar
Close this search box.

Estranhamente, entidades empresariais que eram contrárias radicais ao aumento de impostos, agora sugerem ao governador exatamente o aumento que ele tinha proposto

Uma guinada e tanto. Como podem mudar de posição de uma hora para outra em assunto tão relevante? Foi isso que fizeram no dia de ontem (27) algumas entidades empresariais lideradas pelo presidente da Cotrijal, Nei Mânica, quando visitaram o governador Eduardo Leite no Palácio Piratini e, formalmente, sugeriram a reabertura do debate sobre o aumento da alíquota do ICMS, de 17% para 19%  em troca da manutenção de incentivos fiscais. O corte das isenções está previsto para entrar em vigor na próxima segunda-feira (1º).

Como escreveu a colunista Rosane de Oliveira: Chega a ser desconcertante ver empresários que lutaram com unhas e dentes contra o aumento da alíquota de ICMS pelo governo, no final do ano passado, agora propondo que o tema volte à discussão. O Piratini havia avisado que aquele era o plano A (aumento da alíquota modal de 17% para 19,5%) e que o plano B seria o corte de benefícios fiscais.

As entidades não quiseram nem discutir uma alíquota intermediária: agarraram-se ao discurso de não permitir aumento de impostos, conseguiram convencer os deputados e o governo retirou o projeto da Assembleia, não sem antes publicar os decretos que entram em vigor em 1º de abril, porque era preciso respeitar a noventena.

Edurado Leite tem algumas habilidades políticas, mas essa foi um lance talvez de sorte, porém muito estranho, de um momento para outro receber (de graça?) o apoio das entidades empresariais para aumentar impostos, principalmente porque até três meses atrás essas mesmas entidades de manifestavam contundentemente contrárias a esses percentuais que agora acabam de sugerir que sejam implantados pelo governo.

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos