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Empreendedorismo – Assistel Celular e Assistel Telecom

Entrevista com o empreendedor Paulo Rafaeel Montagner, sócio proprietário das empresas ASSISTEL CELULAR e ASSISTEL TELECOM, sediadas em Santo Augusto/RS.

– O que o motivou a investir nesse projeto empreendedor?

– Falando por mim, em todo meu processo de estudo de graduação (sou graduado em Contabilidade), professores me incentivaram a exercer a profissão de “Contador” ou focar nos estudos e fazer concursos. Nesse período sempre projetei minha carreira profissional como empregado e não empreendedor, na época pensei que teria uma vida mais estabilizada sabendo que o meu salário seria creditado todo mês em minha conta bancária. Mas por ironia do destino após ter uma experiência pós-graduado em uma “empresa conceituada no mercado”, não tive o reconhecimento pelo meu esforço e dedicação no período de experiência. Foi uma grande decepção, mas hoje agradeço por não ter tido uma oferta mais interessante para permanecer naquela empresa. ESSA FOI MINHA MAIOR MOTIVAÇÃO PARA BUSCAR SER UM EMPREENDEDOR! Consequentemente outras motivações começaram a me impulsionar, como autorrealização, independência financeira, responsabilidades e novos desafios.

– Quais são os maiores desafios para o empreendedor?

– Inexperiência – Todo empreendedor que coloca em prática um novo projeto, uma das dificuldades é não ter a experiência de seu processo. Diferente de quando uma empresa é repassada de pai para filho, ou até mesmo vendido para outro empresário, em ambos os casos já existe um projeto em execução.

– Recursos Financeiros – Infelizmente, os recursos financeiros disponíveis para empresas não são atrativos, juros muito elevados e prazos impróprios, para ser sincero, nem sei se posso citar como “recursos para empresas”, porque não vejo benefícios para as empresas os créditos oferecidos pelas instituições financeiras. Faz 09 (nove) anos que sou empreendedor, e nunca fui beneficiado ou incentivado pelo Município, pelo estado e nem mesmo pelo governo federal. Um exemplo bem atual, “pandemia”, não tivemos benefícios, na realidade só despesas. Todos os funcionários que tiveram o COVID, ficaram ausente 14 (catorze) dias, sem poder trabalhar, as empresas tiveram que pagar seus salários (a qual eles têm direito, claro!) sem poderem contar com o seu trabalho, ao menos essas despesas poderiam ser abatidas em impostos pelo governo, mas não tivemos esse benefício, e o pior de tudo, é que os atestados são de apenas 14 dias, porque se fossem mais de 15 dias, os trabalhadores teriam direito a intervir com o auxílio do INSS (imagino que foi outra estratégia tomada sem nenhum benefício as empresas). Só posso dizer aos novos empreendedores que não dependam de recursos financeiros de Instituição Financeira Governamentais para começar um novo projeto.

– Priorizar as atividades do negócio – Não vou dizer que é apenas um desafio, mas sim, uma escolha de um nicho de produtos e serviço. Com certeza essa priorização de manter as atividades da sua empresa focada em certa área ou serviço, lhe dará mais especialização e conhecimento por tal atividade em exercida. Exemplificando nossa empresa ASSISTEL CELULARES, sempre focamos em CONSERTO DE CELULARES e COMPUTADORES. Poderíamos consertar TVs, Rádios, entre outros Eletrônicos, mas nosso projeto é de especialização apenas na área citada. Há 03 (três) anos colocamos outro projeto em pratica, PROVEDOR DE INTERNET (ASSISTEL TELECOM), mas para separar as atividades, abrimos uma nova empresa com CNPJ, FUNCIONARIOS, PLANEJAMENTOS FINANCEIROS, SERVIÇOS E VENDAS separadas e independente. A única coisa que se manteve igual foi a sociedade dos proprietários.

 

– Como superar as barreiras burocráticas?

– Claro que a burocracia é necessária, só assim administraremos a elaboração de um processo racional e legal. Infelizmente esses processos burocráticos são confusos e demorados. Ao abrir uma empresa são tantas as opções (MEI – ME – EPP – EIRELI) sem contar as tributações (Simples, Lucro Real e Lucro Presumido). Mesmo sendo contador, optei em contratar serviços de um ESCRITÓRIO CONTÁBIL.

– Em nível municipal, quais são as principais barreiras burocráticas que dificultam o empreendedorismo?

– Não tive dificuldades em obter alvarás municipal para as empresas, o processo é demorado, mas essa demora, essa desorganização não é apenas de responsabilidade municipal, acho que é um contexto geral de todos os órgãos brasileiros responsável por tal serviço.

Infelizmente existem muitas falhas organizacionais em nosso país. Nossa constituição é muito ampla e com muitas emendas, resultando em processos confusos e desorganizados.

 – Atrair e manter clientes são metas imprescindíveis ao empreendedor. Como é administrar essa relação?

        – Com certeza essa relação de atrair e manter clientes é um dos principais desafios do empreendedor para manter a empresa no mercado atual.

O principal ramo de atividade de nossas empresas é a prestação de serviço, nossa principal estratégia é solucionar o problema do cliente. Atendemos as demandas que chegam até nossa loja de maneira profissional e resolutiva, realizamos um serviço de qualidade e o valor cobrado é sempre um preço justo, além de oferecermos garantia caso apresente algum problema. Queremos que o cliente vivencie uma boa experiência de compra, que supere suas expectativas, assim sempre que precisar de um dos itens que comercializamos com certeza retornará para a Assistel. Com trabalho sério e responsável, fidelizamos e atraímos novos clientes. Também procuramos acompanhar as tendências e inovações do mercado para melhor satisfazer as necessidades do público em geral.

– Quantos empregados diretos tem hoje a sua empresa? E indiretos?

– Atualmente, contamos com a colaboração de 09 (nove) funcionários diretos e 02 (dois) indiretos!

– Quais os próximos passos para a sua empresa?

– Manter o foco, dar continuidade com os colaboradores que se especializam em suas determinadas áreas, assim mantendo a empresa sempre competitiva no mercado atual.

Com toda essa desorganização governamental causada pela pandemia, imagino que esse ano de 2021, será um ano complicado para muitas empresas, um ano de pouco investimento e de muita atenção ao mercado, percebo que nossa moeda está perdendo o valor comercial, consequentemente aumentando os custos de importações de produtos eletrônicos, sendo esse produto nossa principal “matéria prima”.

Me sinto realizado com tal profissão, mas continuo buscando novas experiências e novos desafios, sempre!

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