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Defesa do pai de Bernardo entra com liminar para tentar adiar depoimento

Depoimento do médico Leandro Boldrino e outros

três réus está marcado para o dia 27

(Foto: Reprodução/RBS TV)

Audiência com os quatro réus está marcada para quarta-feira (27) no RS.

Advogado de Leandro Boldrini quer obter novas provas junto ao IGP.

 

A defesa do médico Leandro Boldrini, acusado pelo assassinato do filho Bernardo em abril do ano passado, entrou com pedido de liminar na Justiça solicitando o adiamento da audiência marcada para a próxima quarta-feira (27) emTrês Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O pai do menino, além dos outros três réus, serão ouvidos pela Justiça pela primeira vez desde o crime. A audiência está marcada para começar às 9h30, no Foro da cidade.

Segundo o advogado Rodrigo Grecellé Vares, um dos defensores do médico, alguns questionamentos sobre o laudo pericial realizado na receita usada para comprar o remédio midalozam não foram respondidos. As investigações concluíram que o menino foi morto com uma superdosagem do sedativo.



O Instituto Geral de Perícias (IGP) analisou a assinatura encontrada na receita usada para comprar o medicamento. No entanto, o laudo foi considerado "inconclusivo". "A defesa tem direito a essa prova do IGP. Se o interrogatório sai, perde a prova", resumiu o advogado ao G1.

Em depoimento exibido pelo Fantástico em junho do ano passado, Boldrini negou ter preenchido o documento. "Eu não dei receita de midazolam para a Edelvânia. Ela foi roubada do meu consultório e não foi preenchida por mim. Não conheço Edelvânia", disse o médico na ocasião.

Na última terça-feira (19), o juiz de Direito Marcos Luís Agostini, titular da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, negou o pedido de novos esclarecimentos sobre o documento formulado pela defesa de Boldrini. A intenção agora é que o pedido de habeas corpus seja examinado em segundo grau.

O corpo de Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi encontrado no dia 14 de abril do ano passado enrolado em um saco plástico e enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde ele residia com a família. Além de Leandro Boldrini, são acusados no caso a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e e Evandro Wirganovicz. Os quatro réus estão presos desde abril de 2014 e aguardam julgamento por crimes como homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros.

Caso Bernardo Boldrini Três Passos RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Bernardo Boldrini foi encontrado morto em abril

de 2014 (Foto: Reprodução/RBS TV)

Relembre o caso

– Bernardo Boldrini foi visto vivo pela última vez no dia 4 de abril de 2014 por um policial rodoviário. No início da tarde daquele sábado, Graciele foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

– Um vídeo divulgado em maio do ano passado mostra os últimos momentos de Bernardo. Ele aparece deixando a caminhonete da madrasta e saindo com ela e com a assistente social Edelvânia Wirganovicz. Horas depois, as duas retornam sem Bernardo para o mesmo local.

– O corpo de Bernardo foi encontrado no dia 14 de abril de 2014, enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, no Norte do estado, a 80 km de onde ele morava com a família.

– Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan. Graciele e Edelvânia teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois teriam recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo. A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita. A defesa do pai nega.

– O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz é acusado de homicídio simples e ocultação de cadáver. Ele seria o responsável por cavar a cova onde o menino foi enterrado.

– Em vídeo divulgado pela defesa de Edelvânia, ela muda sua versão sobre o crime. Nas imagens, ela aparece ao lado do advogado e diz que a criança morreu por causa do excesso de medicamentos dados pela madrasta. Na época em que ocorreram as prisões, Edelvânia havia dito à polícia que a morte se deu por uma injeção letal e que, em seguida, ela e a amiga Graciele jogaram soda cáustica sobre o corpo. A mulher ainda diz que o irmão, Evandro, é inocente.

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