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CRÔNICAS CURTAS – Suspenso piso da enfermagem; PT sentiu; Planos do MST; Empete técnico Leite x Onyx; General Mourão na frente

Suspenso piso da enfermagem

A celeuma sobre o piso salarial da enfermagem expõe a gigantesca falta de eficiência do setor de saúde brasileiro e a patética política de reembolso do SUS aos hospitais privados. Ao suspender a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, Luís Roberto Barroso, ministro do STF, seguiu a cartilha da Corte e meteu a caneta onde não devia. Desde quando a discussão sobre o piso salarial de uma categoria representa violação a normas constitucionais? A alegação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços ((CNSaúde) que impetrou a ação, não se sustenta, se levado em consideração o que afirmam os Conselhos de Enfermagem, de que foram feitos, previamente estudos, apresentados e debatidos com todos os entes da União, Estados e Municípios, de maneira plural e transparente, não havendo risco algum para o sistema de saúde. Isso beira segundas intenções, ou é propósito de não reconhecer e não valorizar os profissionais de enfermagem, ou é tentativa de desmoralizar os Poderes Legislativo e Executivo, ou ambos.

O PT sentiu

Segundo publicação de O Antagonista, integrantes do PT e da campanha do candidato Lula admitem em caráter reservado que foram surpreendidos com o tamanho das manifestações de 7 de Setembro. Na visão de interlocutores de Lula, a campanha de Jair Bolsonaro tem agora as imagens necessárias para insistir na tese de uma eventual fraude nas eleições e para contestar os institutos de pesquisa. Segundo interlocutores, para amenizar os frutos eleitorais de Bolsonaro com as manifestações, o PT vai tentar trabalhar em duas frentes: questionar judicialmente o uso político dos atos e minimizar, nas redes sociais, a dimensão dos atos, e disseminar a narrativa de que os atos de 2022 foram semelhantes aos do ano passado e que as imagens que estão circulando nas redes não representam a realidade. Outra preocupação petista é com o chamado voto indeciso. Na avaliação de alguns aliados de Lula, as imagens têm potencial de atrair o eleitor que ainda não se definiu entre o petista ou entre o presidente Jair Bolsonaro.

O voto levado a sério

Daqui a três semanas estaremos votando para eleger presidente, governador, senador, deputados federais e estaduais. Ao contrário do que muitos pensam, com atribuição de analisar as pautas, aprovar ou rejeitar projetos do governo, de propor medidas de toda ordem, além de fiscalizar atos e gastos dos chefes de governo, o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas são parte direta das decisões de governo. Isso quer dizer que nossa escolha para deputado estadual, deputado federal e senador deve ser levado muito a sério, ou seja, devemos refletir seriamente em quem confiaremos nosso voto. O Congresso decide os rumos do país e a Assembleia Legislativa faz o mesmo em um Estado. Na verdade, um presidente ou um governador têm pouca margem de ação sem o aval do Legislativo. Escolha bem, leve seu voto a sério. Pense nisso.

Ideologia política

O eleitorado brasileiro, no tocante a capacidade de se posicionar ideologicamente sobre suas preferências políticas, não sabe se posicionar, apesar de se dizer de esquerda ou direita. O eleitorado tende a utilizar as palavras esquerda e direita como se fossem adjetivos de qualidade ou defeito de políticos. Se é a favor do governo, é de direita. Se é da oposição, é da esquerda. Um estudo mostra que a ideologia manifestada pelo eleitor não o constringe em suas preferências políticas, ou seja, ele não pauta suas atitudes políticas a partir da ideologia que diz ter. Não parece conhecer a complexidade envolta no antagonismo programático de cada lado do espectro. As eleições deste ano estão deixando isso bem claro. Um pequeno percentual do eleitorado brasileiro age e se identifica ideologicamente, basta ver as coligações e apoios às diversas candidaturas. Na verdade, o que se vê é jogo de interesse dos políticos para tentar induzir eleitores.

Planos do MST

O líder do MST, João Pedro Stedile, disse que as “mobilizações de massa” devem voltar no caso de vitória de Lula nestas eleições. O comentário foi feito em um podcast divulgado sexta-feira (2). Segundo Stedile, uma possível vitória de Lula nas eleições deve retomar a luta de classe com greves, ocupações de terra e outras mobilizações. “Movimento de massa não é só fazer passeata, disse Stedile. É passar a atuar na defesa dos seus direitos de mil e uma forma: fazendo greves, fazendo ocupações de terras, ocupações de terrenos, mobilizações”, afirmou o líder do MST. Badernas à vista.

Empate técnico Leite x Onyx

Pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada segunda-feira (5), aponta que a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul mostra um empate técnico entre o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e o ex-ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni (PL) no 1º turno. No cenário estimulado com todos os candidatos, Leite tem 31% dos votos, enquanto Onyx soma 26%. Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, a situação é de empate técnico. Na sequência está o deputado estadual Edegar Pretto (PT), com 12%, e o senador Luis Carlos Heinze (PP) tem 5%. Os que pretendem votar em branco ou nulo são 6%. Outros 15% estão indecisos. Na pesquisa espontânea, em que não é apresentada uma lista de candidatos, Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni também estão em empate técnico. Eduardo Leite (PSDB) 18% e Onyx Lorenzoni (PL) 17%. O terceiro colocado, Edegar Pretto (PT) soma 7%. O 4º é Luis Carlos Heinze (PP) com 2%.

General Mourão na frente

A pesquisa acima, contratada pela Record TV, que ouviu pessoalmente 1,2 mil eleitores do Rio Grande do Sul entre 2 e 3 de setembro, e registrada no TSE sob o nº RS-08354/2022, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, também divulgou dados sobre o senado no Rio Grande do Sul. Aponta dois candidatos empatados na margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. No cenário estimulado, quando os entrevistados recebem uma lista prévia com os candidatos, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) soma 28% enquanto Olívio Dutra (PT) obteve 25% das intenções de voto. A ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD) tem 20%. Ela empata com Olívio dentro da margem de erro, mas não alcança Mourão. Na sequência aparecem Comandante Nádia (PP), com 3%, e Professor Nado (Avante), que obteve 1%. Maristela Zanotto (PSC), Paulo Rosa (DC), Airto Ferronato (PSB), Fabiana Sanguiné (PSTU) e Francisco Settineri (PCO) tiveram 0% cada. Todos esses estão empatados tecnicamente. Nulos ou brancos somaram 6% enquanto os eleitores que não sabem ou não responderam foram 17%.

 

 

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