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CRÔNICAS CURTAS – PT metendo o bedelho no agronegócio; Por que a Era Bolsonaro incomoda tanto?

PT e seus pitacos

Uma liminar do Tribunal de Justiça, concedida no dia 8 deste mês, em razão de uma ação movida pelo PT alterou o período de plantio da soja no Estado de Mato Grosso. Com a decisão, o intervalo de semeadura vai de 16 de setembro a 31 de dezembro de 2022, ou seja, tomou medida contrária a portaria do Ministério da Agricultura (Mapa) que estabelece o prazo até 3 de fevereiro de 2023 para produtores de grãos no Estado. O episódio é mais um na relação dos produtores rurais com o PT. Aliás, recentemente, o ex-presidente Lula da Silva, candidato petista, chamou o agronegócio de Fascista.

Chega ser risível

Veja só, o PT alegando defender a soja e o Judiciário julgando inconstitucionalidade de matéria agronômica. A Embrapa, que recorreu da decisão, prevê reconsideração da medida pelos desembargadores, haja vista que, na verdade, o calendário de plantio da soja defendido pelo PT “não foi objeto de estudo científico”, não tem sustentação.

É o caos

Um absurdo atrás do outro. Agora a politicagem do achismo se sobrepondo às pesquisas técnicas. É sinal evidente do que pretende o PT. É o caos. Pior ainda é ver magistrados darem ganho de causa a essas loucuras. Vejo o judiciário interferindo demais. Aliás, me parece que quem entende de agricultura são os técnicos da área e os agricultores, logicamente. É uma agressão a uma área tão delicada como é a agricultura. E ainda proposto por um partido avesso ao setor e sem base científica alguma. Lamentável.

A propósito

Cerca de 20 Sindicatos Rurais emitiram uma carta aberta repudiando a decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso. Nela está escrito: “A propositura de ação sobre um tema fundamentalmente técnico por um partido que não apenas desconhece a cultura como também despreza e ofende publicamente aqueles que a praticam, é uma amostra escabrosa de uso da justiça para a perseguição de um setor”.

Apenas 57,9% votariam

Pesquisa nacional realizada pela Futura Inteligência para o Banco Modal S/A revelou a posição dos brasileiros em relação ao voto obrigatório. A Futura quis saber como os eleitores agiriam se o voto passasse a ser facultativo, não obrigatório. A maioria, 57,9%, diz que com certeza votaria, cujo percentual fica aquém do esperado. Mas, ainda assim, seria um número de votantes superior à média mundial. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob nº BR-00745/2022.

Ainda…

A pesquisa revelou, ainda, que 18,1% dos entrevistados “provavelmente” votariam nas eleições realizadas no País; com o fim do voto obrigatório 19,8% dos eleitores “estariam fora”, não compareceriam para votar, e 3,6% “provavelmente” não votariam. Os descrentes, 19,8% de eleitores que não votariam com o fim da obrigatoriedade, correspondem à média histórica de 20% de abstenções, nas eleições.

Inconformismo

Em nota, o empresário Luciano Hang se definiu como “censurado” e pediu o direito de interagir com seus 12 milhões de seguidores nas redes sociais. O inconformismo do “Véio da Havan” faz todo o sentido. No “grupo de whatsapp”, ele nada publicou e nem comentou sobre “golpe” ou apoio a isso. Se o tivesse feito, exerceria o direito à livre expressão, garantido na Constituição.

Aliás

Empresário de sucesso, que “no Brasil é ofensa pessoal” (Tom Jobim), Hang, dono das lojas Havan, virou alvo dos gabinetes de ódio na oposição e setores da justiça. Outro, desse grupo de empresários investigados teve o nome, empresas e empregados expostos por haver postado no grupo de whatsapp um emoji com o dedão (polegar) para cima.

Dividir enfraquece

A candidatura do vice-presidente, General Hamilton Mourão (Republicanos), ao Senado, no Rio Grande do Sul, dividiu o campo conservador com Comandante Nádia (PP) e Ana Amélia (PSD), também candidatas. Essa divisão egoísta e pouco inteligente em busca de poder tem ajudado o veterano galo missioneiro Olívio Dutra (PT). O PT aplaude, feliz.

Por que incomoda tanto?

Li um artigo no site da Jovem Pan, de 14.09.2022, escrito por Jorge Serrão, intitulado “Por que a Era Bolsonaro incomoda tanto?” Pela pertinência do assunto transcrevo, com adaptações, alguns tópicos do artigo, eis que foca ações de líderes políticos na visão de cientistas políticos, historiadores e do povo brasileiro. É interessante voltarmos no tempo e ver que a Era Vargas e o Período JK ainda ecoam na lembrança popular. Foram movimentos marcantes de transformações sociais e econômicas. Basta se informar sobre os embates políticos de cada um desses períodos para saber que foram muito contestados por opositores políticos que buscavam desqualificar e impedir ações de governo que, com acertos e erros estratégicos, hoje sabemos terem sido vitais para o desenvolvimento brasileiro. Para o bem ou para o mal, Vargas e JK são lembrados até hoje. Já, de seus implacáveis opositores políticos “praticamente ninguém se lembra ou sabe seus nomes”. Eram inimigos vazios de propostas e com liderança que não resistiu ao tempo. A história se encarregou de varrê-los para debaixo do tapete. Eram figuras irrelevantes da nossa história política e socioeconômica.

Getúlio e JK

Getúlio Vargas teve quatro tempos: a Revolução de 30 com um governo provisório até 1934; um governo constitucionalista de 20 de julho de 1934 até 1937; a ditadura do “Estado Novo” (de 10 de novembro de 37 a 29 de outubro de 1945); e a volta ao poder, pelo voto (em 31 de janeiro de 1951 até seu suicídio em 24 de agosto de 1954). Seus governos marcaram o esforço do poder público para promover o desenvolvimento urbano e a modernidade “naquela época”. Juscelino Kubitscheck (31 de janeiro de 1956 até 31 de janeiro de 1961), teve seu governo marcado por industrializações intensas e pela epopeia da fundação de Brasília, no Centro-Oeste Brasileiro. O agronegócio não seria o que é, ou nem existia naquela região se o governo JK não tivesse focado suas ações pela integração do Brasil litorâneo ao cerrado e à Amazônia. Apesar de muito criticado pelo modelo rodoviário em detrimento do ferroviário, imposto pela lógica da indústria automobilística, JK ficou famoso pelo slogan “50 anos em 5”.

Vale comparar

Pensando bem, vale comparar os tempos de Getúlio e JK com o atual governo – que tem características disruptivas. Tudo indica que Jair Bolsonaro pode ter mais quatro anos de governo, tempo para terminar projetos estruturantes importantes, como a conclusão da transposição do rio São Francisco que faz nascer uma agricultura forte no Nordeste, oportunizando a implantação de uma consistente política hídrica, com açudes e reservatórios em toda a região. Também tem 80 novas ferrovias aprovadas ou em análise de aprovação e muitas já em construção pelo programa Pró-Trilhos, cortando 17 Estados, com mais de 30 mil quilômetros de novas ferrovias. É inegável que a integração dos transportes rodoviário-ferroviário-aquático está revolucionando as economias de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Maranhão, Pará e até do Amazonas. Além disso, o Brasil terá, em alguns anos, mais 50 usinas Itaipu de energia solar e eólica, produzidas a partir do Nordeste brasileiro.

50 anos em quatro

O governo Bolsonaro promove uma espécie de “50 anos em quatro”. Novas legislações combatem velhos cartórios e acabam mamatas inescrupulosas que tanto prejudicam a população. Muita regra inútil e muito imposto foi eliminado ou diminuído. A redução do ICMS sobre os combustíveis provou que é possível derrubar impostos e beneficiar a economia e a população. É visível a queda do preço dos combustíveis. A partir do ano que vem não existirá mais o IPI – imposto sobre produtos industrializados. Programas sociais garantem que milhões de famílias tenham condições mínimas de sobrevivência, enquanto se juntam ao novo mercado de trabalho. São alguns fatos que já asseguram que historiadores irão se referir a este momento como a “Era Bolsonaro”. São os fatos concretos que perpetuam no tempo a marca de um governo, e não as narrativas.

                                           O tempo dirá       

O lugar do governo Bolsonaro na história do Brasil já está garantido. Poderá ser chamado de Era Bolsonaro? O tempo dirá… A certeza do momento é que, em 2 de outubro, não participaremos de uma simples eleição. Vamos para um referendo: a favor ou contra o polêmico Bolsonaro. O presidente incomoda muito mais pelas mudanças certas que promove do que pelos erros que comete. Bolsonaro encara, de frente, os “donos do poder” no Brasil. Ele mostra vocação para gerar rupturas.

 

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