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CRÔNICAS CURTAS – Personagem da Semana; Governando com o fígado; Ataque na escola; Moeda de troca

É papel do jornal

Muitas das vezes, o jornal, no dia a dia, funciona como instituição intermediária, de cujos recursos e possibilidades se utilizam outras instituições para comunicar e exercer seu poder na sociedade. Não à toa, de todos os veículos de comunicação, o jornal impresso é o que exerce maior fascínio e, para alguns, maiores preocupações, embora não tenha a velocidade, instantaneidade e penetrabilidade dos meios eletrônicos, como a televisão, o rádio, a internet. O jornal não tem um público-alvo determinado, eis que seu público-alvo é a sociedade, a coletividade. Em razão disso é que tomamos a iniciativa e, com a aquiescência do diretor Renato, a partir desta edição, a coluna terá um tópico (quadro) exclusivo com o título “Personagem da Semana”, que tem por objetivo destacar pessoas da comunidade, por suas atuações comunitárias no passado e no presente, incluindo profissionais das diversas áreas. Essa distinção a que nos propomos fazer, nos parece muito especial e importante na vida de qualquer pessoa e profissional lembrada e reconhecida publicamente, de forma espontânea e sincera, por seus serviços prestados à comunidade, uma vez que busca valorizar seus atos de bom cidadão.

Personagem da Semana

Para inaugurarmos este espaço aqui na coluna, o escolhido como “Personagem da Semana” foi o fisioterapeuta Eduardo Lorenzoni, 42 anos, nascido em Palmeira das Missões e criado em Santo Augusto, onde, há 17 anos, exerce a profissão em clínica própria. Eduardo tem raízes e apego por Santo Augusto, eis que aqui fez sua base escolar, Ensino Fundamental e Médio, no antigo Ginásio e, paralelamente, um curso técnico noturno na antiga CNEC, hoje CEPAN. Nosso personagem da semana formou-se em Fisioterapia em 2005, pela UNICRUZ, e fez pós-graduação na Unijuí em 2012.

Quanto à sua atividade profissional, o fisioterapeuta Eduardo Lorenzoni trabalha em sua clínica particular, a Fisioterapia Lorenzoni, no centro da cidade de Santo Augusto, há mais de 15 anos, onde diariamente atende pacientes com diferentes patologias, de diferentes cidades da nossa região. Há três anos, abriu uma clínica também em Ijuí, cidade onde reside atualmente.

Incitado a falar especificamente do exercício da sua profissão e experiência adquirida com seus pacientes, Eduardo assim se expressou: “Há mais de uma década, em Santo Augusto, tive a oportunidade de iniciar trabalhos à APAE, entidade mantenedora da Escola de Educação Especial Bem Me Quer, o qual exige uma responsabilidade tamanha, eventualmente, até uma paúra.      Entretanto, produz um orgulho imenso, uma satisfação absurda, algo extremamente singular, me oportuniza vivências muito diferentes da clínica diária. Estar lá, com alunos, professores, servidores, demais profissionais da saúde, em todos esses anos, me fizeram crescer, aprender muito, muito mesmo, me tornam um melhor Fisioterapeuta, filho, irmão, pai, amigo. Carrego comigo que, ‘respeito e responsabilidade’, são premissas inerentes a qualquer ser humano. Defendo minha crença em Deus e na ciência, o resto é balela, falsidade, ‘picaretagem’. Sinto muito orgulho desta terra, deste chão, e de como vivemos aqui”.

 Projeto Sergio Moro

Após ameaças de atentados que seriam cometidos por integrantes do PCC, o senador Sergio Moro (União – Pr) apresentou projeto de lei de combate ao crime organizado. O projeto tipifica a obstrução de ações contra o crime organizado, mesmo que não tenham sido consumadas. Neste caso, ameaças de violência contra agentes públicos, como o plano recentemente desbaratado pela Polícia Federal para atingir o próprio senador Sergio Moro e seus familiares, passam a ser crime com pena de quatro a doze anos de reclusão, em presídio federal de segurança máxima. Ou nós os enfrentamos ou quem vai pagar vai ser não só as autoridades, mas igualmente a sociedade. Nós não podemos nos render, assevera Sergio Moro. Pela proposta, a proteção a juízes, integrantes do Ministério Público e policiais por situações de risco em virtude do exercício da função deve ser assegurada mesmo em caso de aposentadoria.

Governando com o fígado

Lula passou um bom tempo na cadeia, por ter sido condenado em várias instâncias, por diferentes juízes e desembargadores. Foram devolvidos bilhões ao erário, de esquemas liderados pelo PT, esclarecidos pela Lava Jato. São fatos. Por razões inexplicáveis, voltou à liberdade e ao poder. Agora, tem o desplante e a irresponsabilidade de, por vingança declarada, sugerir que Sergio Moro teria armado um falso esquema que visava a sequestrar e assassinar a si próprio e a sua família. Além de ridicularizar e questionar a competência e a ética da Polícia Federal, Lula expõe seu desequilíbrio emocional e prova que governa com o fígado. Depois de quatro anos sofríveis, agora precisaremos de muita perseverança e estômago para suportar os devaneios do atual presidente. Que sina!

Aliás

O velho egocentrismo exacerbado e o rancor estão levando Lula ao desequilíbrio. O país penava com os desatinos do Bolsonaro. Mas Lula consegue ser pior. Assistimos o presidente desacreditando a Polícia Federal e bajulando o PCC. Isso que Lula se diz “cauteloso”. Cruz Credo! Se Lula é “cauteloso” assim, Deus livre o País quando ele não for “cauteloso”.

 Ataque na escola

A morte da professora, de 71 anos, esfaqueada por um aluno de 13 anos, de uma escola na capital paulista na manhã de segunda-feira (27), confirma a ideia que uso defender, de que a escola não é local próprio para educação e introdução dos conceitos de civilidade. Estes teriam e deveriam ser, sim, trabalho dos pais. A escola deveria ser local de formação instrucional de matérias científicas e clássicas que permitam aos jovens prepararem-se para um futuro digno e competente nas profissões que abraçarem. E não venham com a desculpa de bullying, é só ver e atentar para o enorme conteúdo de jogos violentos de computador que esses jovens carregam, sob a complacência dos pais. A situação de muitas crianças e adolescentes é crítica. Se os pais não abrirem os olhos e se os governos, de todos os níveis, não tomarem uma providência rápida para estancar esses ataques, o futuro será conviver com a violência no cotidiano escolar e social.

 Foi tudo planejado

A polícia teve acesso, ainda na segunda-feira, aos posts nas redes sociais de domínio do aluno de 13 anos, autor do ataque na escola. Entre outros, ele postou: “Irá acontecer hoje, esperei por esse momento minha vida inteira, tomara que consiga alguma Kill (morte, em inglês) pelo menos, minha ansiedade começa a atacar por causa disso. Enfim… me desejem boa sorte”, escreveu momentos antes do ataque.  Outras publicações, mais antigas, mostram a frieza do garoto, que, dizendo estar “ansioso”, comentava até sobre qual luva usaria no ataque e mostrava a máscara com detalhes de caveira, que usou nesta segunda-feira, item que é característico entre os membros destas células que atuam na deep web. No nome de usuário, ele carregava o sobrenome Taucci, de Guilherme Taucci, autor do massacre de Suzano em 2019.

Moeda de troca

O Bolsa Família é um tradicional programa de assistência social do governo brasileiro e, obviamente, muito necessário. Mas, o que faz o governo para que o número de dependentes desse programa diminua? Nada. Claro que a fome, a miséria, precisam sim ser combatidas e é dever do Estado garantir segurança alimentar às pessoas mais necessitadas, mas aliado a isso, é necessário que haja uma política de inserção dos mais pobres no mercado de trabalho. Enquanto os mais pobres forem apenas moeda de troca para períodos eleitorais, a pobreza não sairá das casas dessas pessoas. Fica cada vez mais claro que a ideia é manter essas pessoas dependentes de caridade. Aliás, já lá no longínquo 1982, ouvi de um candidato a prefeito aqui em Santo Augusto: “Eleição se ganha pela barriga”, numa alusão àquele eleitor pobre que vende o voto por um rancho.

Boldrini internado no IPF

O médico Leandro Boldrini, condenado a 31 anos e 8 meses de reclusão pela morte do filho Bernardo, foi internado segunda-feira (27) no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), na capital, para atendimento e avaliação psiquiátrica. Boldrini teve um surto durante o julgamento na semana passada e acabou não prestando depoimento. Ele havia sido levado ao Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, porém, a ausência de um médico especialista de plantão não permitiu o atendimento. A avaliação no IPF tem duração de 15 dias. Depois, os médicos irão considerar a necessidade ou não da permanência de Boldrini no local.

 

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