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CRÔNICAS CURTAS – O que é mais chato? – Uma coisa puxa a outra – Agosto mês do desgosto – outras

O que é mais chato?

Estamos nos aproximando de mais uma campanha eleitoral, as chamadas eleições gerais, onde serão eleitos deputados (estaduais e federais), senadores, governadores e presidente da República. Que chatice! Não se sabe o que é mais chato: se a política em si ou escolher em quem votar, deixar de votar ou votar em branco. Como no Brasil, apesar de a Constituição Federal dizer que o voto é livre, ela nos obriga a votar ou justificar, mediante pagamento de multa, por que não votamos. Certamente, para quem não gosta de política, é coisa muito chata mesmo. E não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, o fato é que eles simplesmente serão governados por aqueles que gostam. Como resultado, seguir regras sem concordar ou ser impedido de tomar as próprias decisões é uma das consequências para quem não gosta de política. Então, mesmo não gostando da política, mesmo que escolher em quem votar seja chato, é nossa oportunidade única como eleitor e cidadão, de exercitarmos nossa cidadania.

Uma coisa puxa a outra

Li, certa feita, um livro de um cientista político que versava sobre a consciência política. Ele estudou as origens de um governo eficiente observando como as pessoas se organizavam para cobrar seus interesses. Depois de uma longa pesquisa analisando os conselhos regionais da Itália, ele identificou que quanto maior a consciência política de uma pessoa, mais ela participa de associações e organizações, quanto maior quantidade de pessoas envolvidas em organizações e associações de um estado, por exemplo, maior é a sua cultura cívica, que é basicamente o engajamento e a participação. Uma sociedade com maior cultura cívica tem um governo mais eficaz e igualitário. É nessa relação de “uma coisa puxa a outra” que ele definiu o conceito de capital social, que é o conjunto de características como o sistema, as normas, relações de confiança e igualdade de uma sociedade. Enfim, a postura em frente à política define o capital social de um país, e quem não se envolve contribui para as coisas não melhorarem.

 Perigo à democracia

Todo o brasileiro de bem deve estar ligado e atento aos perigos que a democracia está correndo neste momento de paixão eleitoral extremada com tendência a se agravar, e com o radicalismo que inquieta as almas moderadas. Mas a verdadeira ameaça à democracia, hoje, é esse esforço contínuo pela subversão do Judiciário, comandado pelas forças que “precisam eliminar o sistema de combate à corrupção”, a exemplo do que já fizeram com a Operação Lava Jato, ou não sobrevivem politicamente.

Político bom

Político bom, uma raridade, é aquele que tem palavra e que honra compromissos assumidos com quem o elegeu. Sou observador, à distância, das ações de nossos políticos, tanto locais (prefeitos e vereadores) quanto em nível de estado (governo) e no parlamento (estadual e federal), o trabalho, a atuação, o comprometimento. Na minha avaliação pessoal, o governo estadual na atual gestão (2019/2022) teve e está tendo atuação medíocre; nos parlamentos estadual e federal, se tomarmos por base a representação da nossa região, onde contamos com vários representantes, pouco fizeram de relevante. O destaque fica com o deputado Jerônimo Goergen, cuja atuação, a meu ver, é mais que satisfatória, incansável na defesa dos interesses da população. Já no âmbito municipal, se pegarmos como base os municípios de circulação deste semanário, tem de tudo um pouco. Tem prefeitos cumprindo à risca as promessas de campanha, verdadeiramente comprometidos com suas comunidades, mas tem também aqueles desligados e inoperantes. Há nítidas melhoras nas gestões na maioria dos municípios da região. Há quem ouse ironizar que “graças à pandemia”. Nos legislativos há destacados vereadores, com excelente atuação, mas é uma ínfima minoria.

Renovar é preciso

Em meio a tantos escândalos, corrupção e mentiras, a classe política vem tentando sobreviver e nós estamos perseverando para acreditar que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa). Mas fica o alerta: O gigante acordou e até os mais preguiçosos já vêm abrindo os olhos. O bom político é aquele “honesto”, que luta pelos anseios da população, está presente na sociedade que o elegeu, dá respostas a todos de seu trabalho, que não abandona suas bases e justifica o salário e benesses que ganha sendo funcionário do povo. Não podemos mais nos deixar levar por conversinhas ou promessas mirabolantes. Temos que interagir com nossos representantes, buscando informações, cobrando soluções para os problemas sociais, acompanhando o mandato. A eleição é a vez de o eleitor renovar seus representantes. Como dizem por aí: oxigenar.

Agosto, mês do desgosto

Estamos no mês de agosto, visto por muitos como o mês do desgosto. Mas esse tal desgosto do mês de agosto seria uma rima apenas, ou é algo mais, com raízes de angústia, bastando apenas esperar para ver? Ou poderia o “agosto, mês do desgosto” ter surgido da “gripe espanhola” que aqui brotou em agosto-setembro de 1918, há mais 100 anos, e fez o oitavo mês ser visto como maldito? Espalhada pelos cadáveres putrefatos da Grande Guerra de 1914-1918 na Europa, a “espanhola” matou entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas mundo afora. No Brasil, 300 mil mortos, entre eles o ex-presidente Rodrigues Alves, recém-eleito para um novo mandato do qual nunca tomou posse. Agora, o tom fúnebre reaparece no desinteresse e na apatia que marcam a próxima eleição de presidente e governadores. Será que certas datas de agosto marcaram tanto o século 20, ou a própria vida, impedindo de pensar no futuro? Rogamos pela serenidade dos nossos políticos e suas militâncias. Aguardemos, estamos apenas na primeira semana do mês de agosto.

 Vale lembrar…

Enquanto aguardamos que agosto transcorra sem nos trazer dissabores, vale lembrar que, a 2ª Guerra Mundial nasceu a 28 de agosto de 1939; o terror das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. Mas foi no Brasil, que esse mês se tornou um marco. A 24 de agosto de 1954, o suicídio do presidente Getúlio Vargas culminou numa crise cujas consequências indiretas perduram, em parte, até hoje. Em 1961, a estapafúrdia renúncia do presidente Jânio Quadros (a 25 de agosto, com menos de sete meses de governo). Em 1964, a ditadura inventou seus “agostos” de “atos institucionais” em qualquer mês e data. E assim (sem ter de recordar o que todos sabem), a 31 de agosto de 2016, Michel Temer assume a Presidência da República em forma definitiva, não como mero “vice” interino.

O que mais?

O que mais podemos esperar? Ou que outros desastres estarão encobertos neste agosto pré-eleitoral, de pobreza tão ampla e profunda que chega a abrir espaço para candidato condenado em primeira, segunda e terceira instância por corrupção, preso e encarcerado por 580 dias, descondenado sem embasamento jurídico pelo STF, mas, “não inocentado”, concorrer à presidência da República?

Retornando com força

Atividades com carteira assinada, muito afetadas pelo ‘fique em casa’, estão retornando com força no país. A análise é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que, no dia 29 de julho, divulgou a taxa de desemprego no Brasil. Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, nos últimos trimestres é percebível a intensificação das atividades de serviços, principalmente, aqueles chamados de presenciais. No segundo trimestre, entre as atividades que mais geraram postos de trabalho, estão administração pública (4,5%), serviços domésticos (4%), construção civil (3,8%), comércio (3,4%) e outros serviços (3,2%). A prestação de serviços que, de algum modo, vinha sendo prejudicada até ano passado, em termos da impossibilidade de funcionamento delas, passa agora a responder positivamente no mercado de trabalho.

Começou o Censo Demográfico

Iniciado segunda-feira, 1º de agosto, está em andamento o Censo Demográfico 2022. A intenção do órgão é visitar, até outubro, 75 milhões de domicílios, estimado em cerca de 215 milhões de pessoas. Serão aplicados dois tipos de questionário: o básico, com 26 quesitos, leva em torno de 5 minutos para ser respondido; e o questionário ampliado, com 77 perguntas a ser respondido em cerca de 16 minutos. O Censo 2022 contará com três formas de abordagem para o preenchimento dos questionários. Além da presencial, haverá opções pela internet e pelo telefone. Para responder pela internet, o informante deverá aguardar a visita do recenseador, que irá cadastrar e-mail e celular. Nessa modalidade, o morador terá sete dias para preencher o questionário. Já a coleta por telefone será uma solução nos casos em que os moradores não forem encontrados na residência na visita do recenseador. Essa modalidade poderá ser utilizada também quando o informante não puder receber o agente no momento da entrevista. Assim, poderá ser feito um agendamento para a coleta presencial das informações ou por telefone. Observe-se que os recenseadores deverão estar sempre uniformizados, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e Dispositivo Móvel de Coleta.

 

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