Nasce o PL em Santo Augusto
Sob a liderança da prefeita Lilian Fontoura Depiere, recentemente um grupo de patriotas criou em Santo Augusto, o Partido Liberal (PL), cuja sigla já está devidamente registrada na Justiça Eleitoral. A agremiação tem como bandeira o comprometimento de defender a liberdade, os princípios cristãos, a família, o patriotismo e a liberdade econômica, bem como disseminar os valores da cooperação à sociedade. Falando à coluna, Lilian disse que além das orientações doutrinárias do partido, outras metas serão seguidas com muito afinco e seriedade, como a liberdade de expressão, ser um partido onde jovens e mulheres terão vez, onde, obrigatoriamente, 50% das vagas de candidatos a vereança serão reservadas para mulheres. Ressalta que em setembro próximo o partido promoverá um grande evento para filiações, quando estará recepcionando simpatizantes, com ênfase a agregar pessoas novas na política, com novos pensamentos, novas ações, pessoas do bem, a integrarem-se em um partido que defende as coisas certas. A composição da Comissão Provisória do partido está, oficialmente, assim constituída: Presidente: Lilian Fontoura Depiere; Vice-Presidente: Luiz Rotilli; Secretária: Juliana Backes Lutz; Tesoureiro: Celso Luiz Novach; Vogais: Alex Diogo Pires Taborda, Andreia Ávila Dias da Silva, Cláudio Polo, Diuli Silva Cardoso, Eliane Teresinha Paier, Jardelino José dos Santos, Larissa Andrielli Novaz de Paula e Renato Marodin.
Eis a questão
O presidente estadual do PL-RS, Giovani Cherini, prevê que o partido deverá eleger, em 2024, no mínimo 100 prefeitos, 80 vice-prefeitos, e elevar dos atuais 85 para 500 vereadores. Cherini diz que para atingir esse objetivo, o PL precisará de bons candidatos em número considerável de municípios. Para o dirigente, como Bolsonaro foi o mais votado nas eleições de 2022 em 375 dos 497 municípios gaúchos, obrigatoriamente o partido deverá ter candidato a prefeito nesses municípios em 2024. Bueno! Jair Bolsonaro foi o mais votado em Santo Augusto, portanto, com base no que disse Cherini, o PL deverá lançar candidato(a) a prefeito(a) aqui também. Eis a questão: Lilian vai ser candidata à reeleição? É o que a comunidade inteira deve estar querendo saber.
Desafio aos partidos
Uma mudança na legislação eleitoral que já esteve vigente na eleição geral do ano passado será aplicada pela primeira vez em um pleito municipal. Diferente de outras disputas, onde cada partido podia apresentar uma nominata condizente com o total de vagas nas Câmaras de Vereadores mais a metade (150%), agora cada sigla ou federação terá como teto a inscrição do total de cadeiras mais um (100% mais um). A redução do número máximo de candidatos ao legislativo tende a provocar uma escolha mais criteriosa dos postulantes, o que é bom. Ao mesmo tempo, traz uma série de inconvenientes, por exemplo, dificulta a busca de jovens, mulheres e novas lideranças para participar das eleições, contrariando a máxima de que quanto mais pessoas forem protagonistas como candidatos, melhor. Além disso, dificulta a renovação, eis que favorece os detentores de mandato a se manterem no poder.
A propósito
A quantidade de vereadores está relacionada com o número de habitantes. Municípios com até 15 mil habitantes têm até nove vereadores. Dos 497 municípios gaúchos, 380 estão nessa faixa, o que representa mais de 76% do total. Nestas cidades, por exemplo, as nominatas poderão ter no máximo dez candidatos a vereador. É o caso de 20 dos 21 municípios aqui da Região Celeiro.
Privatizado o Parque do Turvo
O governador Eduardo Leite assinou, dia 21 de julho, o contrato de concessão do Parque Estadual do Turvo. O documento foi firmado com a empresa Três Fronteiras Navegação e Turismo, que atua no Parque Nacional do Iguaçu/Pr. A concessão, com o prazo de vigência de 30 anos, é destinada ao uso de áreas, atrativos e instalações e prevê a realização de investimentos para a “requalificação, modernização, operação e manutenção do parque”. Localizado no município de Derrubadas, aqui na região Celeiro, junto ao rio Uruguai, o parque compreende uma área de 174 km² de mata nativa com fauna e flora abundantes. O parque abriga muitas espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, o puma, o cateto, a anta, a harpia, a jacutinga e o uru. São encontradas árvores com até 30m de altura, destacando-se o cedro, grápia, canjerana e o louro. Também existem diversas espécies de peixes, répteis, anfíbios, borboletas, insetos e fungos. A nova gestora deverá contratar até 80 pessoas para operar o parque.
A criminalidade cresce
Quem acompanha aos noticiários sabe que a criminalidade no Brasil, e especialmente aqui no Rio Grande do Sul, cresce vertiginosamente, em todos os sentidos. Mas o governo Eduardo Leite vê o contrário e prega que a violência e a criminalidade no estado estão diminuindo. Pegue-se um caso, apenas um, o dos crimes contra a mulher. Nos primeiros seis meses deste ano os pedidos de medidas protetivas por parte de mulheres vítimas de violência por questão de gênero cresceram de 60 mil para 83 mil, o que significa 459 por dia. O governo insiste em dizer que não é que tenha crescido o número de crimes, mas sim que mais mulheres estão denunciando. Seria ótimo se fosse isso, mas não é. A questão é bem mais séria do que se possa imaginar. Há uma verdadeira epidemia de violência contra a mulher, protagonizada por quem devia protegê-la. Por que, e o que fazer para evitar? Não sei. O que sei é que muita coisa é feita depois do fato consumado, como a parte penal que, por óbvio, só age com relação ao criminoso, portanto, só depois do crime ocorrido; as medidas protetivas e de apoio à vítima, idem, só agem quando já existe vítima, portanto, só após o crime ter acontecido. Aí se pergunta: E quanto a prevenção, para evitar que crimes domésticos contra a mulher aconteçam, o que está sendo feito? Nada. São crimes que acontecem dentro de casa, fora do qualquer controle estatal ou particular. Temos é que corrigir a “intolerância”.
Casos de estupro assustam
Os casos de estupro e estupro de vulnerável notificados no ano passado aos órgãos policiais chegaram a 74.930. O número é 8,2% maior do que o registrado em 2021, de acordo com os dados divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. Os casos de estupro somaram 18.110 vítimas em 2022, crescimento de 7% em relação ao ano anterior, e os de estupro de vulnerável, 56.820 vítimas, 8,6% a mais do que no ano anterior. Segundo os dados, apenas 8,5% dos estupros são reportados às polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde. Assim, conforme a estimativa, o patamar de casos de estupro no Brasil é de assustadores, “822 mil casos anuais”.
Horripilante!
A pesquisa revela que as crianças e adolescentes continuam sendo as maiores vítimas da violência sexual: 10,4% das vítimas de estupro eram bebês e crianças com idade até 4 anos; 17,7% das vítimas tinham entre 5 e 9 anos e 33,2% entre 10 e 13 anos. Ou seja, 61,4% tinham no máximo 13 anos. Aproximadamente 8 em cada 10 vítimas de violência sexual eram menores de idade. A residência é o local que aparece com mais frequência, já que em média, 68,3% dos casos somados de estupro e estupro de vulnerável ocorreram na casa da vítima. A proporção dos estupros de vulnerável que ocorrem em casa é de 71,6% e nos estupros, de 57,8%.
Desmonte da polícia
Nesta terça-feira (01/08), da tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Leonel Radde (PT), que é agente da polícia civil, criticou o governador Eduardo Leite em relação ao que chamou de “desmonte” da Polícia Civil gaúcha, protagonizada pelo governo estadual. Ele afirmou que a preocupação do governador é a sua pré-candidatura à presidência da República, utilizando-se para isso de “propaganda falsa no que diz respeito à segurança da população gaúcha”. O parlamentar anunciou ainda que a categoria realizará uma paralização entre os dias 8 e 9 de agosto para denunciar o tratamento que a gestão estadual vem dando aos policiais civis.