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CRÔNICAS CURTAS – Escola Cívico-Militar para resgatar valores – Ação policial transparente – Serviço civil obrigatório – Jovem sem-nem

Escola Cívico-Militar

Como já abordado aqui na coluna, há muita divergência de opinião quanto a Escola Cívico-Militar, que aos poucos está sendo implantada nos municípios brasileiros e gaúchos, inclusive aqui na Região Celeiro. As maiores resistências, pelo que se observa, são por desinformações e, principalmente, por questões ideológicas, vindas de partidos da esquerda como PT, PSOL e PCdoB. Para eles, crianças e adolescentes, dentro dessas instituições, serão submetidos às ordens castrenses, ao invés de disciplina civil, sendo monitoradas por militares inativos. E mais, que a escolha de militares inativos para atuar dentro das escolas também viola a Constituição Federal, pois revela uma desvalorização dos profissionais do ensino, além de representar um desvio de funcionalidades dos membros das forças de segurança pública.

Destilando veneno

Como se observa, a intenção daqueles partidos é destilar veneno, criar dúvidas, confundir a opinião pública. Aliás, eles, a partir de 1999 no governo do Rio Grande do Sul e depois na sequência de 14 anos na presidência da República, acabaram com a disciplina, hierarquia e respeito dos alunos nas escolas perante os professores, e no convívio geral, com os próprios pais e com a população como um todo. Com eles, inverteram-se os valores. Eis o motivo de, hoje, termos tantas crianças, adolescentes e jovens mal-educados, e nada apegados à civilidade e aos valores cívicos e morais.

Bem-vinda para resgatar valores

Bem-vinda a escola cívico-militar. Na verdade, e há que se confiar nisso, a escola cívico-militar é uma grande sacada. Resgate de valores. É um modelo de estrutura educacional que trabalha com civis na parte de ensino e pedagógica e com militares que colaboram na formação dos cidadãos. Preocupa-se primordialmente em incorporar aos alunos “atitudes e valores” (familiares, sociais e patrióticos), trabalhando para que o cidadão em formação tenha consciência de seus deveres, direitos e responsabilidades como forma de preparar o aluno para qualquer campo profissional no qual venha a atuar no futuro. Preocupa-se na formação de cidadãos com senso crítico. Entendendo a importância do assunto é que o Governo do Estado do RS aderiu, alinhado com a ideia, encaminhou projeto ao Legislativo no mesmo sentido, fortalecendo a viabilidade de sua implantação. É uma ação em conjunto que auxilia a retomada do protagonismo do Rio Grande do Sul no ensino brasileiro, sugere o governador Eduardo Leite.

O que faz um monitor cívico-militar?

Compete ao monitor cívico-militar, entre outras: atividades cívicas, sempre externas à sala de aula; ensinar, demonstrar e dar exemplos de sinais de respeito e atitudes para com os colegas e professores; atuar preventivamente na identificação de problemas que possam influenciar no aprendizado e na convivência social do cidadão em desenvolvimento; aplicar as sanções e recompensas previstas em regulamento próprio, de forma a preparar o aluno para as responsabilidades da vida adulta; agir de acordo com os valores permanentes da identidade nacional e das virtudes de vida em sociedade; acompanhar a vida escolar do aluno, identificando desvios que possam influenciar de forma negativa sua formação como aluno e cidadão; auxiliar, como fator de discussão, na segurança das instalações, alunos e professores.

A propósito

Aqui na Região Celeiro, os municípios de Santo Augusto, Coronel Bicaco e Três Passos terão escola cívico-militar. Santo Augusto já está com os trâmites formalmente concluídos, convênio assinado, local definido, e agora trata as questões de logística. Em Três Passos e Coronel Bicaco, os trâmites também estão avançados. Nos três municípios a escola cívico-militar deverá entrar em funcionamento ainda no segundo semestre deste ano, possivelmente em setembro.

 Ação policial transparente

Um grupo de 16 policiais, militares e civis, no Rio Grande do Sul, foram selecionados e participam de um teste de 90 dias com o uso de “câmeras corporais”, com o propósito de gravar a ação policial, cujo equipamento é usado acoplado à roupa, uniforme no caso dos militares. É uma inovação interessante, a possibilidade de acessar as imagens registradas vai trazer mais garantia para a ação dos policiais, assim como segurança e transparência à atuação. O dispositivo grava independentemente de ser acionado pelo policial na rua. Será, portanto, benéfico se, ao final do teste de 90 dias, a avaliação for positiva e o governo decida pela aquisição dos equipamentos. Vai acabar a moleza dos bandidos e seus defensores que gostam de distorcer os fatos, alegando que estava desarmado, que a arma não era dele, foi enxertada, que não reagiu à abordagem, que o policial foi truculento e chegou agredindo e atirando nos coitados inocentes (?).  Mas vai servir também para identificar a real ação policial, se agiu dentro da lei. Muito bom.

Privilegiando bandidos

As gerações mais novas, inclusive as de policiais, talvez nem acreditem, mas era assim mesmo durante o governo do petista Olivio Dutra, e o Secretário Bisol, da Segurança Pública: O criminoso só podia ser tratado como “cidadão infrator” pelos policiais (hoje, “suspeito” apenas); na abordagem, antes de qualquer outra ação, o policial tinha de exibir a carteira funcional e dizer ao bandido: “sou policial e estou armado”; sacar a arma, nem pensar sem antes dizer: vou sacar a arma e fazer uso dela. Na capital, obediente à ordem escrita do secretário Bisol, um colega comissário de polícia ao abordar um assaltante dentro de um ônibus, exibiu a carteira funcional e ao iniciar o anúncio “sou policial”, foi alvejado e morto pelo bandido. Hoje, estamos à mercê deles.

Serviço civil obrigatório

De autoria do deputado Jerônimo Goergen, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 1739/2021, que institui o Serviço Civil obrigatório e não remunerado aos profissionais formados em instituições públicas de ensino superior após a conclusão do curso de graduação, como forma de contrapartida social. O projeto prevê que a prestação dos serviços à sociedade terá duração de 12 meses, com jornada de 08 horas semanais, em funções relacionadas a área de formação do recém-formado, e iniciará em até 12 meses da colação de grau do profissional. Os serviços deverão ser prestados nas entidades, instituições ou órgãos administrativos federal, estadual ou municipal, ou ainda em organização não-governamental sem fins lucrativos. Para o deputado, tal obrigação é justa, visto que a formação do profissional recém-formado foi custeada pelo erário público, de modo que o retorno em serviços não remunerados à sociedade é uma forma razoável de contrapartida social.

Jovens nem-nem

Estudo da FGV Social aponta que o impacto da pandemia sobre os jovens de 15 a 29 anos que nem estudam e nem trabalham no Rio Grande do Sul, exige cuidado. Conforme o autor do estudo com base em micro dados do IBGE, choques como o provocado pelo coronavírus podem deixar marcas permanentes, o chamado efeito-cicatriz, sobre a trajetória de ascensão social de toda uma geração. Na média nacional, a taxa de nem-nem saltou de 23,66% dos jovens de 15 a 29 anos, no quarto trimestre de 2019, para o recorde histórico de 29,33% no segundo de 2020, para depois se acomodar em patamar intermediário de 25,52% no período de outubro a dezembro de 2020. Na pandemia, reforça o estudo, a desocupação na faixa de 15 a 29 anos subiu de 49,37% para 56,34%, aumentando a proporção de nem-nem entre os jovens. Se nada for feito, há risco de rebaixarmos de forma duradoura as possibilidades de ascensão trabalhista dos jovens de hoje, a geração da covid. Assunto para profunda reflexão.

Tem que empurrar

O programa Fantástico, edição de 16 de maio, em reportagem especial produzida pela RBS TV, revelou fato que interessa a toda a população. Segundo a matéria, laboratórios farmacêuticos pagam comissões a balconistas de redes de farmácias para que indiquem medicamentos e vitaminas aos clientes. Esse procedimento (pagamento de comissão) pode estimular o consumo excessivo de medicamentos e fazer mal à saúde, dizem especialistas. O noticioso informa que ao deixarem os empregos, balconistas ingressaram com ações na Justiça do Trabalho para incorporar as comissões, pagas por fora do contracheque, aos salários. Conta a matéria: O balconista que entra há pouco tempo em farmácia, a primeira coisa que ele aprende é: “tu ganha comissão se tu vender esse produto”. É a primeira coisa que eles ensinam – explica um balconista do Vale dos Sinos, com 15 anos de experiência. Outro, da capital, disse que a orientação ao balconista é: Tem que empurrar. Tem que tentar incentivar ele levar. Incentiva ele levar e tu ganha comissão. – Isso é uma situação abjeta. Isso só tem sentido na corrupção, no interesse escuso do balconista de farmácia de tentar vender um produto que ele tem interesse porque tá sendo pago um percentual para ele pra vender aquele produto – opina o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, que orienta os consumidores a sempre observarem a prescrição médica.

Aliás

O aumento da covid-19 não se deve à falta de ações do governo, mas sim à falta de obediência das pessoas aos protocolos, de respeito à vida (sua e dos outros), de consciência e responsabilidade.  “Evite o contágio, cumpra os protocolos”.

 

  

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