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CRÔNICAS CURTAS – Cruzada pré-eleitoral; Discurso com ironia; Apoio inviável; Orgulho do trabalho desenvolvido; Conduta honrosa

Cruzada pré-eleitoral

O deputado federal, ex-ministro e pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo Partido Liberal (PL), Onyx Lorenzoni, em sua cruzada pré-eleitoral pela região, esteve em Santo Augusto na noite de sexta-feira (17), onde, acompanhado dos deputados federais Giovani Cherini e Ubiratan Sandersan, além de alguns pré-candidatos a deputados estaduais, foi recepcionado pela Comissão Provisória local do Partido Liberal e discursou para cerca de duzentas pessoas reunidas no salão da capela Nossa Senhora Aparecida, bairro Santa Fé. Onyx não poupou críticas ao ex-governador e agora pré-candidato à reeleição, Eduardo Leite, principalmente no enfrentamento à pandemia do Coronavírus, em especial no que diz respeito à proteção das empresas e dos empregos, o fechamento completo da economia, cujos reflexos negativos estão sendo sentidos neste momento. O pré-candidato mostrou-se também contrário aos termos do Regime de Recuperação Fiscal, já aprovado pelo legislativo estadual, uma vez que, na sua visão, a proposta vai engessar os próximos mandatos de governador, que não vão ter autonomia para uma série de ações. Até o momento, a pré-candidatura de Onyx conta com a adesão de quatro partidos: PL (o seu próprio partido), Republicanos, Patriota e PROS.

A propósito

Sou de opinião que o eleitor deve conhecer minimamente o candidato em quem vai votar, sua atuação profissional, seu histórico e, fundamentalmente, suas propostas. E mais: a viabilidade das propostas. Mas não está fácil. Pelo que se observa, “as propostas” ainda não estão fazendo parte do discurso dos pré-candidatos, salvo raras exceções. A maioria se restringe a criticar adversários, apontar falhas, ações e omissões, “mas não dizem o que e como vão fazer se forem eleitos”. O que se ouve bastante é discurso inflamado e empolgante. Só que isso não convence mais. Ou convence?

Discurso com ironia

Integrando a comitiva de Onyx Lorenzoni, na passagem por Santo Augusto, o deputado Giovani Cherini (PL), em seu discurso, com aguçada ironia, numa mescla de satisfação e mágoa, alfinetou, sem citar nome, indiretamente, o deputado Pompeo de Mattos (PDT), seu ex-companheiro de partido. Dirigindo-se aos presentes, Cheriri disse: “Só estou aqui, em Santo Augusto, agora, graças a um filho desta terra, pelo que agradeço a vocês. Só estou aqui, neste momento, porque alguém daqui impulsionou minha expulsão do PDT, partido onde estive por 28 anos. Mas só tenho a agradecer a esse parlamentar, a esse líder, criado e projetado politicamente aqui em Santo Augusto, pois se não fosse ele, se não tivessem me expulsado, eu não estaria aqui neste momento juntamente com o Onyx, nosso futuro governador, projetando o futuro do Rio Grande”.

Entenda o caso

A punição (expulsão) do deputado Giovani Cherini do PDT, ocorreu em 2016, porque ele votou favoravelmente à “cassação” da então presidente Dilma Rousseff, na sessão da Câmara dos Deputados de 17 de abril daquele ano. Outros cinco deputados do PDT também votaram pelo impeachment, mas não foram expulsos, somente receberam punições que variaram de suspensão à perda de cargos nas executivas estaduais. Cherini sentiu-se discriminado pela sigla, já que não houve a expulsão dos outros deputados. Pompeo de Mattos, que à época era presidente estadual do PDT, participou da decisão de abrir processo de expulsão dos infiéis, tomada em reunião da executiva nacional e do conselho de ética do PDT. Sobre o episódio, Pompeo disse que, “por princípio”, foi contra a expulsão, mas que o PDT, historicamente, “sempre puniu os infiéis”. “Quem tomou decisão contrária pagou para ver”. Pompeo se absteve, não votou contra nem a favor do impeachment. Como assim? Então por que impulsionou a expulsão de Cherini?

Apoio é inviável

O ex-governador Eduardo Leite (PSDB), declaradamente convencido de sua habilidade e poder de persuasão, deve ter se espantado ao ouvir de lideranças do MDB no Estado que o apoio à sua candidatura é “inviável”. Em conversa com o pré-candidato tucano, o presidente estadual da sigla, Fábio Branco, e o pré-candidato do partido ao Palácio Piratini, o deputado estadual Gabriel Souza, avisaram que não há possibilidade de acordo. Para os emedebistas, uma união pode afetar a eleição para o Legislativo federal e estadual no Rio Grande do Sul. E até prejudicar a sigla no pleito municipal de 2024. Enfim, o que se tem é que a direção estadual do MDB não vai abrir mão da candidatura própria. Essa é a posição anunciada, do presidente estadual e do pré-candidato Gabriel.

Outros complicadores

Além do exposto, outros pontos complicam as pretensões políticas de Eduardo Leite. Por exemplo, existe a quase tradição de o Rio Grande do Sul não reeleger governadores; Leite sofre pelos chamados “movimentos errados”; Leite terá de responder na campanha por ter colocado o governo gaúcho como segunda opção, voltando à disputa apenas após ter seu nome rifado da eleição pela Presidência da República; O MDB não esquece a promessa de Eduardo Leite em 2018 de que não concorreria à reeleição, o que levou a sigla a se articular nos últimos quatro anos para ter candidato próprio.

Aliás

Movimentos errados não faltam para Eduardo Leite. Agora o assunto é a pensão que ele está recebendo como ex-governador. A extinção do pagamento de pensão especial vitalícia a ex-governadores, inclusive, foi sancionada pelo próprio Eduardo Leite quando ainda era chefe do executivo gaúcho, em julho de 2021. O fato de estar recebendo indevidamente o benefício resultou numa tremenda repercussão negativa para o ex-governador que, no início desta semana, anunciou que “está abrindo mão” do benefício. Talvez já seja tarde. Ele, que sempre subestimou a inteligência dos gaúchos, deve ter pensado que ninguém ia se dar conta. Se fosse legal ele abriria mão de receber os R$ 20 mil por mês? Ninguém abriria mão.

Liberdade Econômica

Ouvi o pronunciamento de uma vereadora, num dia destes que me chamou a atenção. Disse ela: Não sou vereadora só para dar nome de rua. Sou vereadora para muito mais, meu propósito é apresentar projetos que tragam benefícios à população municipal como um todo. Essa postura parlamentar, seja de que esfera for, é digna de reconhecimento e aplausos por parte da população. Isso me faz lembrar o deputado Jerônimo Goergen, a sua dedicação, o seu empenho, a sua vontade de fazer acontecer as coisas em benefício amplo, na saúde, na educação, nas questões sociais, na infraestrutura, no crescimento econômico, enfim. Não foi por acaso que Jerônimo foi escolhido para ser o “relator da Medida Provisória da Liberdade Econômica”, convertida em lei depois de ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 20 de setembro de 2019 (foto), trazendo uma série de modificações no dia a dia de empresas e trabalhadores. Flexibilizou a emissão de alvarás e licenças para negócios de baixo risco, e uma série de modificações e inovações dispostas em 19 artigos. Enfim, a Lei da Liberdade Econômica reduziu a burocracia nas atividades econômicas.

Orgulho do trabalho desenvolvido

Com relação a sua participação na Propaganda Eleitoral na televisão, espaço das inserções do Partido Progressistas, o deputado Jerônimo Goergen ressalta uma das suas principais bandeiras de trabalho como homem público: a Liberdade Econômica. Lutei muito ao longo dos 20 anos de mandato para diminuir o peso do Estado na vida do empreendedor brasileiro, disse o parlamentar à coluna. Na sua inserção na TV ele diz: “Sou o deputado Jerônimo Goergen, o relator da Lei da Liberdade Econômica que veio para mudar a relação do empreendedor com o estado, diminuindo os entraves burocráticos, estimulando o crescimento econômico e facilitando a abertura de novos negócios”. Jerônimo, por opção pessoal, está deixando a vida pública, mas de cabeça erguida, com orgulho do trabalho feito em prol da população brasileira.

Conduta honrosa

Ao contrário do que fez agora o ex-governador e pré-candidato ao Piratini, Eduardo Leite (PSDB), o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), em 2019, ao ser indicado por seu partido para integrar a comissão especial da reforma da Previdência, protocolou na Câmara sua renúncia (abriu mão) da aposentadoria especial de parlamentar e aderiu ao regime geral, onde o teto é de R$ 5,8 mil mensais. Jerônimo entendeu não ser compatível fazer parte daquela comissão e ter privilégio na sua aposentadoria. É conduta rara e honrosa em se tratando de político. Exemplo a ser seguido.

 

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