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CRÔNICAS CURTAS –

Ligações asfálticas

O governo do Estado, por meio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), firmou na última segunda-feira (24/1), no Palácio Piratini, 11 convênios com dez municípios para pavimentação e ligações asfálticas a sedes municipais. No total, o investimento nas obras será de R$ 110,3 milhões, sendo R$ 93,7 milhões em recursos do Estado e o restante de contrapartida dos municípios. Os convênios foram assinados pelo governador Eduardo Leite e pelos prefeitos dos municípios de Aratiba, Barão do Rio Azul, Candiota, Erechim, Hulha Negra, Itatiba do Sul, Nova Ramada, Pinhal e Roca Sales. A partir da assinatura dos convênios, a licitação e a execução das obras serão de responsabilidade dos municípios. Também assinaram o documento, o secretário de Logística e Transporte, Juvir Costella, e o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino.

Nova Ramada contemplada

Finalmente, depois de mais de duas décadas de espera, Nova Ramada vai ter sua via de acesso asfaltada. Na última segunda-feira (24), em cerimônia no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite recepcionou o prefeito Marcus Bandeira e comitiva novaramadense, ocasião que foi realizada a assinatura de convênio com o Daer para a realização da obra. O trecho a ser asfaltado será de 10,1 quilômetros, e ligará os bairros Pinhal, Barro Preto, e sede municipal (centro) com a RS-155, na localidade de Macieira, divisa com Santo Augusto. O traçado da rodovia a ser asfaltada será o mesmo onde em 1998, no governo Antônio Brito (MDB), a exemplo de outras na região, foi feita a terraplanagem, nivelamento, bueiros, drenagem e, inexplicavelmente, após as eleições gerais daquele ano, o Estado a abandonou. O custo atual da obra está orçado em R$ 12,5 milhões, dos quais o Estado irá repassar R$ 9 milhões, e o município entrará com a contrapartida de R$ 3,5 milhões. Dos 11 municípios da Associação dos Municípios do Planalto Médio (Amuplam), Nova Ramada é o único que não possui ligação asfáltica.

A propósito

Dos seis municípios limítrofes a Santo Augusto, vai ficar só São Valério do Sul sem ligação asfáltica. Está mais do que na hora do prefeito e vereadores unirem-se, mostrar suas habilidades, trilhar os caminhos certos, usar todas as forças políticas e pressionar o governo do estado pela construção da ligação asfáltica. A comunidade de São Valério clama e merece essa melhoria.  

RS tem a CNH mais cara

Os gaúchos são os que mais pagam para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na região Sul. Os preços para emissão do documento, incluindo testes e taxas exigidos, ficam em torno de R$ 2,4 mil na categoria “B”, a mais barata, e que habilita para a condução de carros de passeio. Já no Paraná, o custo total se aproxima de R$ 2,2 mil e, em Santa Catarina, fica perto de R$ 2,1 mil para a mesma categoria. Os dados foram levantados pelo gabinete do deputado Fábio Ostermann (Novo), que constatou, ainda, que além do alto valor, os futuros motoristas ainda estão tendo que esperar vários meses para realizar as aulas e os exames práticos. O levantamento mostra que atualmente há quase 100 mil pessoas aguardando pelo teste. Aqui o Detran dificulta, demais, nossa vida. Além do aumento do IPVA em mais de 20% neste ano, os gaúchos ainda se deparam com preços exorbitantes na hora de tirar a carteira.

 Prejuízos passam de R$ 36 bilhões

Com a estiagem que assola as lavouras de milho e soja, os prejuízos contabilizados pelos produtores gaúchos já somam R$ 36,14 bilhões. A estimativa é de um levantamento feito pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro/RS), divulgado terça-feira (15). Do total de perdas, indicadas em Valor Bruto da Produção (VBP), o maior peso vem da soja e é de R$ 29,51 bilhões, enquanto R$ 6,62 bilhões referem-se ao milho. Para essas projeções, a Fecoagro baseou-se na expectativa de produção divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro passado, que era de 20,95 milhões de toneladas de soja e 6,09 milhões de toneladas de milho na safra de 2021/2022. A esses números, foi aplicado o percentual de perdas divulgado nesta semana pela Rede Técnica Cooperativa (RTC), após consultas a 23 cooperativas parceiras até o dia 22 de janeiro. O cálculo levou em conta o preço médio pago aos produtores pelos dois grãos neste mês, multiplicando-o pelo volume que deixará de ser colhido.

Repercussão, segundo a Emater

O cultivo do milho é o mais atingido pela estiagem. Segundo levantamento da Emater, são 93 mil agricultores com perdas na sua produção. Na soja, são cerca de 82 mil produtores. Atualmente, já são mais de nove mil localidades e mais de 253 mil propriedades atingidas pelos efeitos da estiagem no estado, além de cerca de 21 mil famílias com dificuldades ao acesso à água. As lavouras de milho das regiões administrativas de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí (à qual pertencemos), Passo Fundo, Santa Rosa e Soledade sofreram os maiores danos, com perdas médias que podem chegar a 65% da produção inicialmente estimada. A estiagem afeta com maior intensidade 27.289 estabelecimentos produtores de leite no Rio Grande do Sul, onde é estimada uma perda média na produção diária de leite da ordem de 82,5 litros por propriedade. Dessa forma, a redução na produção diária de leite no Estado é de aproximadamente 2,2 milhões de litros, disse a Emater.

Governo anuncia ações

A secretária da Agricultura, Silvana Covatti, informou, terça-feira (25) ao presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, as ações que o governo do Estado tem tomado para auxiliar os produtores rurais atingidos pela estiagem. Neste momento, disse, a secretaria faz levantamento da demanda por poços e microaçudes aos municípios que solicitaram, cujo prazo para os pedidos se encerrou dia 24. A previsão é de até 10 microaçudes e um poço para cada município. A ideia é que cada prefeituras faça as licitações que viabilizarão a escavação dos microaçudes. Os projetos técnicos serão feitos por meio da Emater e beneficiarão os agricultores familiares. Está em estudo a viabilidade de uma linha de crédito emergencial aos pequenos produtores, que poderá ser contratada no Banrisul, com juro zero.  Também, a possibilidade de ampliar de 28% para 100% o subsídio aos produtores que aderirem ao programa Troca-troca de sementes de milho. Quanto aos microaçudes, se o município teve a Situação de Emergência homologada, é certo que terá o benefício, “desde que tenha formalizado o pedido”, em tempo hábil. O negócio é agilizar, porque é só cessar a estiagem, a tendência é engavetar os auxílios.

 

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