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CRÔNICAS CURTAS 18.05.2018

PMDB agora é MDB

Em convenção nacional extraordinária realizada no mês de dezembro de 2017, os delegados do PMDB aprovaram a retirada da letra “P” da sigla da legenda, que volta a se chamar apenas Movimento Democrático Brasileiro, ou MDB. O objetivo, por certo era tentar melhorar a imagem do partido, desgastada pelo seu envolvimento nos escândalos de corrupção descobertos pela Lava Jato. Além disso, MDB é o nome original da legenda, que fazia oposição à ditadura militar. Embora sem sentido algum, o argumento para a troca, segundo o presidente da sigla, Romero Jucá (que é investigado pela Justiça), “não é voltar ao passado”, mas sim “dar um passo gigantesco para o futuro”. (?) A alteração na nomenclatura da sigla foi contestada pelos diretórios municipais de Curitiba/Pr, Florianópolis/SC e Porto Alegre/RS.

TSE autoriza a mudança

Nesta terça-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a troca de nome do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) para Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em seu voto, o relator do processo na Casa, ministro Admar Gonzaga, afirmou que os diretórios municipais que apresentaram contestação, não demonstraram “a clara identificação dos fatos e fundamentos jurídicos dos pedidos”. O ministro destacou que a mudança na denominação e na sigla do partido foi aprovada pela maioria em convenção do partido. Assim, oficialmente, existe “MDB” e não mais o desgastado “PMDB”. Mas, afinal, muda o quê, na prática?

Já trocaram de nome

Alguns partidos já tiveram atendidos seus pedidos de troca de nome. Em sessão no dia 26 de abril, o TSE aprovou a troca do nome e da sigla do Partido Ecológico Nacional (PEN) para Patriota (Patri). No ano passado, a Corte também deu aval para alteração no nome de Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB) para Avante, e do Partido Trabalhista Nacional (PIN) para Podemos (Pode).

PP e PSDC estão no aguardo

Ainda, tramitam no TSE outros dois pedidos de partidos que desejam mudar de nome e sigla. O Partido Progressista (PP) quer trocar o nome para Progressistas, mantendo a sigla PP, enquanto que o Partido Social Democrata Cristão (PSDC) quer se chamar Democracia Cristã (DC).

E a ideologia?

Essa onda de mudança de nome entre partidos políticos tem provocado reflexões sobre qual seria, efetivamente, o interesse dessas legendas por trás da medida. O mais lógico, se assim se pode dizer, é uma tentativa de “vender outra imagem” para a sociedade, esquivando-se dos escândalos de corrupção que desaguaram no discurso de criminalização da política. Também, pode ser tentativa de envernizar, de tentar colar em ideários que sejam entendíveis para a sociedade. Só que a simples troca do nome não guarda relação alguma com uma eventual mudança de orientação político-ideológico. É uma mudança só de fachada, mantendo inalterada a estrutura da casa. Isso é muito pouco. Beira mais a enganação, ao faz de conta. Mas isso é o reflexo da crise dos partidos tradicionais, da sua burocratização, do discurso manipulatório e da pouca transparência da vida partidária.

Contrabando de cigarros

São frequentes no Estado, inclusive e principalmente aqui nas regiões, noroeste e norte, ações da Brigada Militar e das Polícias Rodoviárias, que resultam em apreensões de grande quantidade de cigarros contrabandeados, geralmente originários do Paraguai. O crime de contrabando de cigarros, cada vez mais praticado no Brasil, traz uma série de prejuízos à população. Se o produto legalizado colabora para o surgimento de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de cânceres, o cigarro contrabandeado representa ameaça ainda maior, já que o processo de produção não passa pelo controle dos órgãos de vigilância da saúde do Brasil.

Males do contrabando

Estudos comprovam grande teor de substâncias tóxicas nos cigarros fabricados clandestinamente ou contrabandeados para o Brasil. No entanto, atraídos pelos preços mais baixos, boa parcela dos fumantes compram o produto, vendido por ambulantes e até por ousados donos de bares. Afora os males à saúde, o contrabando acarreta prejuízos de milhões de reais para os cofres públicos, que deixam de arrecadar impostos diante da ilegalidade no comércio. Assim, nocivo aos fumantes e à economia do país, o crime de contrabando representa também um grande desafio para a segurança pública, ao ponto de exigir até força-tarefa para combatê-lo. É como outras drogas, a sociedade se queixa e pede solução, mas é ela mesma, através de seus usuários que estimula o contrabando de cigarros e o tráfico de drogas. Pense nisso!

Combate ao bullying 

Na última segunda-feira (14), o presidente da República, Michel Temer, sancionou uma lei de combate ao bullying nas escolas. A atualização na Lei 9.394/96 inclui responsabilidade das escolas em promover medidas de combate ao bullying, além de pensar em ações de promoção da cultura de paz. A partir da vigência da lei, as escolas terão mais essa atribuição no conjunto de competências dos estabelecimentos de ensino, ou seja, serão responsáveis por promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente o bullying. Essa medida complementa a lei 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistêmica (bullying). Portanto, leis não faltam. A questão é colocá-las em prática.

Salve os Garis

Quarta-feira desta semana, dia 16 de maio, transcorreu o “Dia do Gari”. Esta data é comemorada em todo o Brasil e tem o objetivo de homenagear os profissionais responsáveis em manter a limpeza nas vias públicas. Com frequência, garis coletores que recolhem os sacos de lixo e colocam nos caminhões compactadores, bem como os varredores, se machucam durante o trabalho. Alguns são mordidos por cães, feridos por cacos de vidros e muitas vezes quase atropelados durante a coleta. É uma profissão que apresenta diversas dificuldades. É um trabalho essencial, que exige responsabilidade e dedicação, mas muitas vezes é visto com maus olhos pela população. Sem esse profissional para recolher os resíduos que crescem em curto espaço de tempo em todos os lugares, transitar pela cidade seria uma tarefa nada confortável. Salve os “garis”.

 

 

 

 

 

 

 

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