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CRÔNICAS CURTAS 16.02.2018

Violência que preocupa

O Brasil, hoje, encontra-se num caos, a violência vem dominando o país. Estamos vivendo um momento em que o ato de cometer qualquer violência torna-se mais visto, um desrespeito para com a sociedade. Não temos mais segurança, proteção em lugar algum. Está faltando tudo: educação, emprego, humanismo e, respeito acima de tudo. Os brasileiros estão cansados de tanta violência e rogando pela paz. Por isso o tema de grande importância trazido pela CNBB para a Campanha da Fraternidade 2018, uma vez que a violência aflige diuturnamente milhões de pessoas no nosso país.

 Superação da violência

A Campanha da Fraternidade/2018, lançada na quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro, pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem como tema “Fraternidade e superação da violência”. O tema escolhido vem em mais que boa hora, vem em hora urgente e necessária. Todos, em todos os cantos do Brasil, na cidade ou no campo, sofrem os efeitos cotidianos da violência em suas casas, famílias, comunidades, em todos os lugares há histórias pessoais ou coletivas de violência para contar. As pessoas têm medo de sair de casa ou, mesmo sem sair de casa, estão sujeitos a variadas formas de violência.

Cartaz da CF lançado pela CNBB

Este cartaz simboliza a Campanha da Fraternidade 2018. Ele foi escolhido pela CNBB e representa a multiplicidade da sociedade brasileira. No cartaz podemos ver várias pessoas de diversas idades e etnias com as mãos dadas. Em comentário, o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Padre Luís Fernando da Silva, opina que “a violência no nosso país só será superada com a união de todas as pessoas”. E acrescenta: “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, e o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, exatamente o que sugere o cartaz.

  A propósito

Apesar de possuir menos de 3% da população mundial, o Brasil responde por quase 13% dos assassinatos no planeta. Em 2014 chegamos ao topo do ranking, considerado o número absoluto de homicídios. Foram 59.627 mortes, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Uma tragédia social, rumo a uma tragédia econômica, considerando os impactos que causa no setor público, nas empresas e nas famílias.

  Confiar desconfiando

A desconfiança já faz parte da própria cultura brasileira. E não sem razão. Por causa dos mal-intencionados cada vez mais são inventados métodos que dificultem fraudes nos procedimentos públicos em geral. Mas o assunto hoje é com relação à urna eletrônica, da qual o Brasil é o pioneiro. A invenção da urna eletrônica ocorreu em 1989, na cidade de Brusque, Santa Catarina, por Carlos Prudêncio. Aos poucos foi sendo implantada e já há vários anos é utilizada nas eleições gerais e municipais em todo o Brasil. Infelizmente, o que era para ser seguro, teoricamente garantidor do sigilo e de fraudes, vem gerando desconfianças e inseguranças, a tal ponto que a reforma política trouxe de volta o “voto impresso” paralelo à urna eletrônica.

Apesar das críticas

A impressão do voto, apesar das críticas e da posição contrária do governo, será obrigatória a partir das eleições gerais deste ano, quando ocorrerá a escolha de presidente, governadores, senadores e deputados. Objetivando permitir a comprovação do voto, a medida foi aprovada duas vezes pelo Congresso Nacional, por ocasião da minirreforma política. No entanto, a votação “continuará a ser eletrônica”, mas o voto será impresso em boletim, para conferência do voto. Ou seja, esse boletim poderá ser verificado pelo votante, cuja votação só será finalizada quando o eleitor confirmar a correspondência entre o voto eletrônico e o registro impresso. Caso os dados não batam, o mesário deverá ser avisado.

O boletim impresso…

O eleitor não levará o comprovante (boletim impresso) do voto para casa, nem terá acesso ao papel impresso. O registro impresso será depositado em local previamente lacrado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, para garantir o total sigilo do voto. Se houver suspeita de fraude, a Justiça Eleitoral poderá auditar votos, comparando o que foi registrado na urna eletrônica e o que foi depositado na urna física. Segundo o TSE, a adoção desse modelo deve representar impacto financeiro de R$ 1,8 bilhão nas eleições deste ano. Haverá aquisição de equipamentos de impressão e despesas de custeio das eleições, além de possíveis problemas, como falhas, fraudes e atraso na apuração.

Falando em voto…

Aqui na Região Celeiro, mesmo faltando menos de oito meses para a eleição deste ano, os partidos políticos se mantêm em silêncio com relação a possíveis pré-candidatos a deputado. Portanto, diferente do ano de 2014 quando nessa época já eram intensas as articulações em torno de pré-candidatos, principalmente para deputado estadual, culminando com a efetivação de diversas candidaturas na região. Para deputado federal, só em Santo Augusto foram dois e ambos foram eleitos, e três a deputado estadual, dos quais um foi eleito. Teve também candidato por São Martinho (dois), Campo Novo, Humaitá, Três Passos, Tenente Portela, Miraguaí.

Reeleição

Provavelmente os atuais deputados federais Pompeo e Jerônimo concorrerão à reeleição, o mesmo devendo acontecer com os atuais deputados estaduais que representam a região: Classmann, Zilá e Ernani. O curioso é que mesmo diante do desgaste que afeta os atuais legisladores, e talvez e exatamente por isso, existe esse desinteresse, não surgem novos nomes, novas lideranças dispostos a pleitear vaga nos parlamentos, estadual e federal. Muito se clama por renovação na política, mas com esse desinteresse não há como esperar renovação. Na verdade, quem forma as bancadas nos parlamentos estadual e federal são os partidos, e não e eleitor. Por quê? Porque o eleitor só pode votar em candidatos devidamente registrados na Justiça Eleitoral, mas quem indica esses candidatos são os partidos, sem consulta prévia ao eleitor.  É o dito goela abaixo. Assim, se os partidos não apresentam novos nomes para concorrer, ao eleitor cabe apenas e tão somente votar em um ou em nenhum deles.

Comodismo

O descrédito para com a política e para com os políticos levou a população a um certo comodismo. É um belo argumento para cruzar os braços, para dizer “eu não gosto de política, eu não me meto em política”. Eu sempre lembro a frase do pensador Martin Luther: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”. Nossa sociedade é recheada de homens e mulheres “na ala dos bons”, dos competentes nos âmbitos político e administrativamente, mas, lamentavelmente, são raros os que se dispõem, por medo ou comodismo, a encarar uma eleição sequer para vereador ou prefeito. Assim não adianta a sociedade queixar-se dos maus políticos. Se alguém não quer, sempre tem quem quer. Mas, repito, é função dos partidos.

Poderia ser excelente, mas…

Olhando aqui, para o nosso umbigo, sobre os parlamentares que representam a nossa região, faço referência especial ao deputado (?), Secretário da Agricultura Ernani Polo. Ernani é dotado de um perfil próprio, político habilidoso e trabalhador, sem dúvida. Seria um excelente deputado. O eleitor confiou nele na esperança de tê-lo como seu representante junto ao legislativo gaúcho. Tão logo eleito, convidado para ser secretário da agricultura, antes de decidir, consultou suas bases eleitorais para ouvir a opinião dos que o elegeram. Foi quase unanimidade. Seus eleitores disseram que o elegeram para ser deputado. Contudo, e apesar do resultado da consulta, Ernani decidiu ser secretário. Aliás, lá ele também desempenha bom trabalho. Mas ele foi eleito para ser deputado. Contudo, preferiu ser secretário, “em nome do ego”.

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