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CRÔNICAS CURTAS 13.04.2018

Renovações à vista

 Na edição da semana passada a coluna deu publicidade à pré-candidatura do santoaugustense Edson Cezimbra (MDB) que deverá concorrer a deputado estadual pela região da Grande Sarandi. Agora, é a vez do também santoaugustense Paulo Opus Dei indicado na semana passada em reunião da Coordenadoria Regional do MDB como pré-candidato a representar a sigla pela Região Celeiro com vistas a uma vaga à Assembleia Legislativa na eleição deste ano.  Paulo Opus Dei, cujo nome é Paulo Roberto da Silva, é natural de Campo Novo e há 15 anos mora em Santo Augusto, é casado, tem dois filhos, é Evangelista da Assembliea de Deus, músico, sócio/proprietário da Banda Opus Dei e, na eleição de 2014 concorreu a deputado estadual, ocasião que obteve mais de 18 mil votos. São dois nomes, Edson e Paulo, que deveras sinalizam, sim, para a tão desejada renovação nos nossos parlamentos. Ambos têm potencial e suas indicações como únicos representantes do partido em suas respectivas regiões, fazem pensar que os dirigentes partidários estão se dando conta de que é melhor investir em qualidade do que em quantidade. Temos que parar de cobrar do eleitor as mudanças e melhores escolhas, porque o eleitor só poderá fazer uma boa escolha se os partidos lançarem bons candidatos. Fora disso, não há como fazer boa escolha. Assim, se os candidatos forem bons, automaticamente as escolhas serão boas; do contrário, não me venham com essa de que a culpa é do eleitor.

Omissão e comodismo

Se de um lado não podemos atribuir ao eleitor a culpa pelas más escolhas, por outro lado é por causa do comodismo desse mesmo eleitorado e da população em geral, que sofremos com os inúmeros descasos dos gestores públicos de todos os níveis. Se a população não fosse omissa e acomodada, fiscalizava, pressionava e cobrava ações e atitudes e assim, evitaria os descasos com a saúde, com o saneamento básico, com a infraestrutura pública, a limpeza urbana, a iluminação pública, a organização da cidade, enfim, não existiria as mazelas que hoje existe por aí. Os gestores públicos agem como se fossem donos da coisa pública e tratam como que estejam fazendo favor ao povo. Mas não é assim, eles não são mais donos que ninguém, são apenas os gestores eleitos pela população para representá-la na gestão da coisa pública e promover o bem-estar das pessoas. Bem ensina o juiz Sergio Moro: “Um dos sentidos básicos da democracia é que ela permite que os ‘governados’ controlem o comportamento dos ‘governantes’, inclusive com oportunidade de substituí-los em eleições periódicas”. Portanto, eles são passivos de fiscalização sim, e de cobrança por parte dos cidadãos que pagam impostos que garantem o andamento da máquina pública, inclusive, o pagamento do salário e boas condições de trabalho para os gestores e servidores públicos em geral. Pense nisso!

Aliás

Nos municípios é hilário, nem os vereadores que têm o dever de ofício, não fiscalizam os atos ou omissões do prefeito e órgãos do executivo. Por quê? Porque é mais fácil, mais cômodo, não criam incompatibilidade com o prefeito. É um faz de conta danado. E o povo que se dane.

Provocação saiu pela culatra

Quando Lula anunciou que faria um pronunciamento às 16 horas de sexta-feira (6), ainda no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde se “entrincheirou” desde que o juiz Sergio Moro ordenou sua prisão, na quinta-feira, já estava claro que ele não cumpriria o prazo determinado para se entregar à Polícia Federal. O chefão petista preferiu ignorar as orientações de seus advogados e ouvir os radicais irresponsáveis do partido, liderados pelos senadores Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, que defendiam a desobediência à determinação judicial e a resistência à prisão. No fim, não houve pronunciamento nenhum e continuaram as negociações com a Polícia Federal. A Polícia Federal, inteligentemente, preferiu não recorrer à força, evitando assim entregar de bandeja para os petistas a narrativa vitimista que o partido sabe manipular tão bem. Assim, a provocação de Lula acabou saindo pela culatra.

 Contudo, cauteloso

Lula, apesar de desrespeitar o prazo dado por Moro, também não partiu para o chamado ao confronto, até porque, astuto que é, sabe que isso seria motivo mais que suficiente para uma prisão preventiva (o que dispensaria qualquer discussão sobre a legalidade da prisão após condenação em segunda instância) e a perda de todas as prerrogativas que Moro havia lhe concedido.

 Lula e sua torpeza

Dentre as inúmeras artimanhas de Lula, houve espaço para um momento final de torpeza da parte dele. O ex-presidente já havia aviltado a memória da falecida esposa, Marisa Letícia, ao tentar jogar nas costas dela a responsabilidade por todas as decisões a respeito do tríplex. E, diante da prisão iminente, ele usou novamente o nome da ex-primeira-dama para alegar que só poderia se entregar após a realização de uma missa em homenagem ao aniversário natalício de Marisa Letícia na manhã de sábado. Missa esta que ninguém havia ouvido falar até o fim da tarde de sexta, e que acabou virando uma cerimônia religiosa simples e discurso recheado das mesmas mentiras e frases de efeito de sempre. Ao ponto de, Marisa Letícia, que supostamente era a razão do evento, quase nem ter sido lembrada na ocasião.

Reação adversa

Ora, a prisão de Lula, para aqueles que previam (ou desejavam) uma enorme convulsão social, deram com os burros n’água. Os petistas disseram o tempo todo que o “povo” protegeria Lula e tomaria as ruas por ele, mas quem deu as caras foi apenas a militância profissional, com direito a agressão a jornalistas e outras badernas. Enquanto isso, o povo de verdade estava e está seguindo em frente com sua vida, aguardando ansiosamente que a justiça e a lei prevaleçam.

Delírios do Lula

  O discurso que o ex-presidente Lula fez na manhã de sábado, após um ato religioso convenientemente convocado às pressas com o objetivo de criar um pretexto para adiar a sua rendição, esteve recheado das obviedades de sempre: a ideia de que Lula é perseguido por uma elite que não o perdoa por dar ao pobre a chance de andar de avião e comer carne de primeira, a crítica à imprensa, a exaltação dos próprios feitos e, claro, a alegação de que é inocente. Isso sem falar das mentiras explícitas, com a frase inventada “Eu não preciso de provas, eu tenho convicção”, atribuída (sem citar o nome) ao procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. Contudo, há algo que Lula não conseguiu, não consegue e não conseguirá explicar.

Por exemplo…

Enquanto Lula se diz inocente e que foi condenado sem haver prova alguma de crimes por ele praticados, a Justiça Federal de primeira instância, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, “todos” eles viram evidências suficientes ou para condenar Lula, ou para manter sua condenação e ordem de prisão. Seria mesmo possível que absolutamente todos eles – alguns dos julgadores até indicados pelo próprio Lula ou por sua sucessora, Dilma Rousseff – estivessem mancomunados para botar Lula na cadeia sem prova alguma? São todos perseguidores e incompetentes? Isso só é possível nos “delírios” mais megalomaníacos de Lula, se bem que megalomania é uma característica que ele já demonstrou inúmeras vezes, inclusive no sábado em que estava entrincheirado, quando disse que “não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia”. A verdade é que não existe nenhum “sonho de consumo” de Moro e do TRF-4 de vê-lo preso. Existem apenas as provas, um caminhão delas.

 

 

 

 

 

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