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CRÔNICAS CURTAS 11.05.2018

Maio Amarelo

O Movimento Maio Amarelo nasceu com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, de modo a colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar a sociedade, envolvendo os diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas. Teoricamente é isso. Contudo, a tão necessária e esperada conscientização parece andar meio que emperrada, percebendo-se pouco engajamento de entidades e poder público, muito aquém do esperado. 

 Lançamento do Maio Amarelo

O Brasil lançou, no dia 28 de abril, com o tema “Nós Somos o Trânsito”, mais uma edição do Maio Amarelo, campanha internacional chamando a atenção para o grande número de mortos e feridos em acidentes de trânsito que, segundo dados do DataSUS, mais de 37 mil pessoas, em todo o país, morrem todos os anos no trânsito das cidades e rodovias. Já, no âmbito do estado, o lançamento da campanha Maio Amarelo 2018, aconteceu dia 04 de maio, oportunidade em que o Detran apresentou dados estatísticos sobre a acidentalidade no Rio Grande do Sul, como forma de instrumentalizar os diversos órgãos e entidades que atuam na área. O diretor institucional do Detran, tenente-coronel André Luiz Córdova, conclamou a todos, mesclando trechos dos hinos rio-grandense e brasileiro, “para que nossas façanhas sirvam de modelo a toda Terra, não podemos ficar deitados em berço esplêndido”. E acrescentou: “Cabe aos órgãos de trânsito de todas as instâncias realizarem um trabalho contínuo para sensibilizar as pessoas, gerando reflexão e mudança de comportamento”.

Enquanto isso…

Apesar de a campanha estar na quinta edição e outras ações serem realizadas no país, em níveis municipal, estadual e federal, para educação no trânsito, as estatísticas de mortos e feridos teimam em aumentar, mostrando que muito ainda precisa ser feito para que menos pessoas morram nas estradas. “Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que todas as vias registraram, neste ano, aumento dos óbitos na comparação com o ano passado”.

Quais as causas?

A Polícia Rodoviária Federal aponta o excesso de velocidade, as ultrapassagens indevidas, a combinação de álcool e direção, a falta de cinto de segurança e o uso de celular ao volante como principais causas de acidentes de trânsito no país. No entanto, outro fator merece atenção dos órgãos governamentais: a precariedade das nossas estradas, onde motoristas reclamam de sinalização, acostamentos e excesso de buracos.

A propósito

Que o Maio Amarelo sirva para conscientizar sobre a necessidade de se investir mais na melhoria das estradas. E que traga também mais consciência para os motoristas e pedestres.

 Joaquim Barbosa desiste

 O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou na terça-feira (08) que “não pretende ser candidato à presidência da República”. “Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Decisão estritamente pessoal”, afirmou Barbosa. Para a desistência, três fatores são apontados por gente ligada ao ex-ministro como centrais em sua decisão de desistir da candidatura à presidência da República. Primeiro, a oposição de seu único filho, Felipe. Ele nunca aceitou o plano do pai de entrar para a política. Segundo, o incômodo de Barbosa com a devassa que ocorreria em sua vida. O terceiro fator é a resistência de Barbosa em deixar a boa vida que leva para virar um homem público. Morando no Leblon, no Rio de Janeiro, com frequentes viagens ao exterior, Barbosa exerce trabalho autônomo relativamente tranquilo, em que faz pareceres jurídicos pelos quais não cobra menos que R$ 200 mil, partir agora para uma renhida disputa eleitoral significaria abdicar da rotina de conforto e privacidade. Mas Barbosa não deixará de ser assediado, não só pelo PSB, agora outras personagens do jogo vão tentar obter seu apoio pessoal.

Repercussão

O anúncio de Barbosa tem impacto direto na sucessão presidencial. A partir de agora, seu espólio político é disputado por todos os pré-candidatos à presidente, sem distinção do campo político que ocupam. Se de um lado seu perfil de homem negro e de origem pobre atrai eleitores identificados com a esquerda, a postura radical no combate à corrupção teria potencial de reverter votos para candidatos de direita. Quem mais comemorou a saída de Barbosa foram os presidenciáveis que tentam se apresentar como alternativa de centro. Até agora patinando nas pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (PMDB) e Rodrigo Maia (DEM) vinham manifestando desassossego com a grande aceitação do ex-ministro Barbosa. A desistência de Joaquim Barbosa empobrece o cenário. Ele representava verdadeira alternativa de renovação política, uma nova opção aos eleitores.

Amuceleiro com Cesar Schirmer

Preocupado com a segurança da população, o presidente da Associação dos Municípios da Região Celeiro (AMUCELEIRO), Eder Both, que é prefeito do município de Chiapetta, acompanhado por outros prefeitos da região, como Everaldo Bueno Rolim, de Inhacorá; Fernando Wegmann, de Humaitá; Rodrigo Locatelli Tissot, de Barra do Guarita; e Ivonir Botton, de Miraguaí, estiveram em audiência na semana passada com o Secretário da Segurança Pública, Cesar Schirmer, na capital do Estado, ao qual apresentaram a problemática que envolve o setor da segurança pública. Cesar Schirmer, falando aos prefeitos, prometeu aumentar o efetivo policial aqui da Região Celeiro, principalmente nas cidades onde há menos de cinco brigadianos lotados.

Promessa não cumprida

 Na pauta, a Amuceleiro levou ao secretário Schirmer a sensação de insegurança que perturba diuturnamente a população regional e também, lembrar e cobrar o cumprimento da promessa do governo estadual de colocar pelo menos cinco policiais militares em cada cidade do Rio Grande do Sul, o que não foi cumprido até agora, pois das vinte e uma cidades da Região Celeiro, sete contam com menos de cinco policiais lotados. O secretário disse reconhecer que a região é diferenciada e necessita de uma atenção especial, uma vez que é fronteiriça com a Argentina e com Santa Catarina, além de abrigar a maior e mais populosa área indígena do estado. Schirmer citou também que o Porto Soberbo está desativado, o que motiva mais ainda o reforço no policiamento. Afinal, reconheceu, mas não acenou com prazo para solução.

Aliás

O Schirmer fala bonito. Para a plateia. Ele reconhece, só teoricamente, que “Segurança tem a ver com a saúde. Se as pessoas têm medo, medo leva à depressão e é uma doença grave. Segurança tem a ver com desenvolvimento econômico. Ninguém investe em uma cidade que, sabidamente, tem elevados índices de insegurança”.

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