Pesquisar
Close this search box.

CRÔNICAS CURTAS 02.02.2018

Entulho

Com relação à problemática de, há muito, na cidade de Santo Augusto, o entulho estar sendo colocado nos espaços públicos (passeios públicos, pista de rolamento, estacionamentos de veículos) e ali, muitas vezes, permanecido por dias ou semanas até serem removidos pela Prefeitura, lembrei que logo ao assumir o cargo no ano passado, o prefeito Naldo disse que havia encaminhado algumas soluções e a tendência seria a terceirização do serviço. Passou o ano e nada feito. O titular da Secretaria Municipal de Obras também se manifestou a respeito.

Disse o secretário:

Com relação ao “entulho”, temos um projeto em andamento de um galpão como local de destino, onde uma empresa (já tem interessados de Três Passos, Santa Rosa e Ijuí) lá instalada receberá e tomará conta de todo o processamento até o destino final do produto. Após concretizado esse projeto, todo aquele que produzir entulho (pessoa física ou empresarial) deverá seguir as normas legais estabelecidas, sujeitando-se a colocar nos vasilhames apropriados e de forma separada por tipo. Portanto, vai acabar o argumento de que deixa acumulado na rua porque não tem onde colocar. A partir daí, quem produzir entulho terá o dever de recolher para o destino, onde vai ser aproveitado, para o que na cidade já existem três empresas habilitadas para prestar esse serviço. A prefeitura estará dando total apoio durante o período de transição, até que o projeto se consolide totalmente. Brilhante o projeto. Mas, até agora… (?)

 Entulho e lixo verde 

O entulho consiste em resíduos resultantes da construção ou demolição de uma obra qualquer (prédio, edifício, ou outras, podendo ser de alvenaria, concreto, argamassa, solo, madeira, plástico, papel, papelão, etc). Já o lixo verde, como se vê na foto, é aquele originário da poda ou corte (remoção) de árvores e plantas. Este tipo de lixo é composto de galhos e cascas de árvores, troncos, gramas, folhas verdes ou secas, flores e outros materiais orgânicos de origem vegetal. Porém, o curioso é que nem quem produz o entulho e o lixo verde e nem o Poder Público Municipal cumpre a legislação, começando pelo primeiro que ao invés de dar o destino correto, prefere colocar na rua, ou no passeio público ou no estacionamento, causando transtornos diversos; o segundo (a Prefeitura) deixa de cumprir a lei e peca por não disponibilizar local adequado para o descarte final do entulho/lixo verde, e talvez por isso, não cumpre a legislação, deixando de exigir e penalizar o infrator conforme preceitua a lei.

A propósito

Por acaso, não seria só concretizar, colocar em prática o projeto anunciado pelo secretário de obras e botar pra funcionar na plenitude?

 Ecoponto

Móveis, fogões, geladeiras, TVs em situação de descarte, devem ser entregues no Ecoponto. Aliás, aí existe verdadeiro descaso em grande parte dos municípios. Não há, simplesmente não há Ecoponto que teria como objetivo receber e dar o destino ambientalmente correto aos objetos usados como sofás, armários, cadeiras, camas, colchões, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, equipamentos de informática, som e telefonia usados que, muitas vezes, são abandonados nas ruas, calçadas e terrenos baldios da cidade. O sistema, onde existe, se baseia na entrega voluntária, ou seja, as pessoas “devem” levar os objetos até o Ecoponto. Se houver na cidade, a comunidade tem a oportunidade de descartar corretamente os objetos em desuso. Sem contar que muitos objetos para lá levados ainda têm recuperação e podem ser aproveitados por aqueles que tiverem a necessidade.

Pontos Turísticos

A Lei Municipal nº 1.921, de 08 de maio de 2007, oriunda de Projeto de Lei do vereador Valdez Krampe, “estabelece Pontos Turísticos” no Município de Santo Augusto. Sancionada pelo então prefeito Carlos Leodony Andrighetto, a lei fixa os Pontos Turísticos do município: Praça Pompilio Silva; Centro de Cultura Benedito de Castro, incluindo o Museu Municipal e a Sala de Som Arnaldo Macagnan; Centro Administrativo Municipal; Centro de Tradições Gaúchas Pomipilio Silva; Monumento a Santa Rita; Centro de Tradições Gaúchas Carreteiros dos Pampas; Fonte Nossa Senhora do Bom Parto (Santinha); Cascata do Rio Turvo; Sítio Lazer Stival; Sítio de Lazer Rotili; Cemitério dos Degolados; Estância de Rodeios Nerci Liberato da Conceição; Marco onde foi degolado o “Quinzote”; Sepultura do professor Benedito de Castro.

Sem incentivo

A justificativa sustentada desde o projeto até a homologação visa divulgar o município, de modo a incentivar as pessoas de um modo geral a visitarem nossos atrativos, uma vez que podem gerar resultado positivo interno e externamente, oportunizando desenvolver mais fonte de receita municipal. Pois bem, apesar de simples, nossos pontos turísticos oficiais poderiam oferecer resultados positivos sim, mas infelizmente não há nenhum incentivo, nem na divulgação e organização/manutenção, nem na acessibilidade e disponibilização de guias turísticos e de turismo aos visitantes. Do jeito que são tratados os nossos pontos turísticos oficiais evidencia que há desinteresse e falta de incentivo na origem, o que reflete diretamente lá fora, no eventual visitante.

  Barulho em vão

O PT e demais simpatizantes, empurrados pela grande mídia, supervalorizou o Lula, dando dimensão diferenciada ao julgamento pelo TRF4 no dia 24 de janeiro, em Porto Alegre. Tentaram enganar o Brasil. Não conseguiram. Foi em vão. Os desembargadores julgadores não se assustaram do barulho e cumpriram a missão com tranquilidade e, como não podia deixar de ser, trataram o caso igual aos demais da rotina da Corte. A falácia da vez dizia respeito à importância do julgamento para a saúde da República. Lula foi presidente, mas não é mais. É cidadão comum, e como tal deve ser tratado, com respeito, mas com igualdade, sem essa supervalorização ridícula.

O reflexo

Como reflexo dessa aberração e expectativas em torno do julgamento de Lula, o governo do estado fez convocação extra do aparato policial, foram fechados prédios públicos e todo um clima de apreensão se formou em Porto Alegre para fazer frente aos supostos distúrbios decorrentes das manifestações pró e contra o resultado do julgamento, bem como houve toda uma eletricidade no ar na expectativa de que a sessão desencadeasse fortes agressões à ordem pública e sérias consequências políticas. Que nada. Concluído o julgamento, a República e seus cidadãos (os normais, bem entendido) seguiram inabaláveis. Nada ocorreu de grave no Rio Grande do Sul nem em parte alguma do Brasil, mesmo com a confirmação por unanimidade e o aumento da pena do ex-presidente. O barulho foi maior que a bomba.

Voz isolada

Singular, o deputado Jerônimo Goergen embora seja uma “voz isolada” no parlamento federal, adota postura à altura da expectativa de seus eleitores e seus conterrâneos. Com determinação e altivez ele assegura que o governo e os parlamentares que defendem a reforma da Previdência estão escondendo uma informação importante: os nobres representantes do povo vão mexer na vida dos outros e preservar a deles, afirma Jerônimo. Em outras palavras, votarão mudanças para a plebe que não os atingirão. A parada é a seguinte, diz: deputados podem se aposentar com salário integral de R$ 33 mil depois de três mandatos somados com outros tempos de trabalho para completar o necessário. A reforma mudará essa barbada para quem for eleito pela primeira vez para a próxima legislatura. Quem já está dentro tem privilégio adquirido e não será afetado. E as regras do plano são ainda mais permissivas. Um deputado pode se aposentar a partir de apenas um ano de exercício do cargo. Jerônimo abriu mão da aposentadoria especial para ficar com a do INSS. Sem papas na língua, o parlamentar santoaugustense está entregando o jogo que a corporação esconde.

 

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos