ANTHONY GAROTINHO
Primeiro da dupla de ex-governadores fluminenses engaiolados em novembro, Anthony Garotinho abrilhantou o lançamento da candidatura com a invenção, em parceria com a filha Clarissa, da modalidade não-olímpica salto sobre maca de hospital. Acusado de chefiar um esquema de compra de votos nas eleições municipais em Campos dos Goytacazes, foi capturado pela Operação Chequinho e liberado pouco depois para recuperar a saúde que esbanjava até a chegada do camburão.
CLÁUDIA CRUZ
A jornalista Cláudia Cruz explicou durante o depoimento ao juiz Sergio Moro que só consegue exercer a profissão fora de casa. Da porta para dentro, é apenas mulher de Eduardo Cunha. Foi por isso que a experiente repórter que investigava bandidos jamais perguntou de onde vinha a dinheirama que bancava a vida de milionária casada com bilionário. Se faltar assunto, pode esclarecer o mistério nas visitas ao agora hóspede da República de Curitiba.
GEDDEL VIEIRA LIMA
Velho amigo de Michel Temer, que o promoveu a ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima devolveu o empregão por ter enxergado um excelente negócio na compra de um apartamento num espigão construído numa área tombada de Salvador. Com a obra embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não viu nada de errado na tentativa de obrigar o ministro da Cultura a atropelar a decisão do IPHAN e legalizar a ilegalidade. Conseguiu piorar um pouco mais a popularidade do governo.
RODRIGO MAIA
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia decidiu entrar na briga de foice do mês amparado em dois trunfos. Primeiro, não viu nenhum problema em incluir no projeto das 10 medidas contra a corrupção uma emenda que anistiava o caixa 2 até aquele momento. Em seguida, não enxergou nada de mais na batalha travada por Geddel Vieira Lima contra o patrimônio histórico. Na madrugada desta quarta-feira, resolveu rejeitar a anistia para aprovar sem ficar ruborizado medidas de apoio à corrupção.
ROMERO JUCÁ
Presidente do PMDB e fiel freguês das disputas pelo título de Homem Sem Visão, Romero Jucá voltou à briga de foice mensal quando se ouviu a voz inconfundível, numa conversa telefônica com o cúmplice Sérgio Machado, afirmando que era preciso “estancar a sangria” da Lava Jato. Perdeu o ministério que ganhara de Temer, mas continua o mesmo: neste novembro, ampliou a força eleitoral ao incluir parentes de políticos na lei de repatriação de dinheiro escondido em bancos estrangeiros.
SÉRGIO CABRAL
O mais animado integrante da Turma do Guardanapo foi preso pela Operação Lava Jato por comandar um esquema criminoso que tungou mais de R$ 220 milhões. Com a ajuda da mulher, Adriana Ancelmo, Cabral — ou Nelma, codinome que adotou quando governava o Rio de Janeiro — ficou famoso internacionalmente pela gastança em joalherias e lojas de grife localizadas em capitais europeias. Torrou sobretudo em Paris o dinheiro que falta ao sucessor Pezão.
São seis feras numa só jaula, leitores-eleitores! Não fiquem fora da única eleição que permite votar sem remorso em gente que ninguém merece! O campeão será anunciado no domingo, dia 4! Que vença o pior!
Por Augusto Nunes