Estímulo ao tráfico
O consumo de drogas ilícitas é o estimulante nato do tráfico de drogas, pois a demanda pela substância é que alimenta a cadeia criminosa envolvida em sua produção, distribuição e comercialização. O consumidor, por ser o comprador da droga, “é a razão da existência dos traficantes”, pois sem usuário de drogas não existiria o tráfico. Assim, o usuário é responsável pela perpetuação dos problemas sociais e de segurança pública associados ao narcotráfico.
O aumento do consumo de drogas pode ser atribuído a diversos fatores. Entre eles, o contexto social, a falta de políticas públicas eficazes voltadas para a prevenção, e da influência do ambiente familiar e comunitário. A busca pela aceitação social, o desejo de status e melhores condições de vida, especialmente entre jovens, também contribui para o crescimento do consumo. Além disso, a facilidade de acesso às drogas e a percepção de impunidade devido à legislação benevolente para usuários favorecem a proliferação desse problema.
Perigo social
Os viciados em drogas e sua proliferação representam hoje sério perigo para a sociedade. A Lei sobre drogas trouxe uma amenização de pena a usuários que só os potencializou, porque ela está à frente da realidade social brasileira. O viciado, para suprir sua necessidade de usar drogas, muitas vezes pratica crimes, como extorquir, furtar, roubar, e até matar para conseguir dinheiro.
A Lei prevê tratamento diferenciado para usuários de drogas, o que não é compatível com a nossa realidade. Aqui, a preocupação fica em torno unicamente do tráfico, onde, na prática, não é o traficante/chefe que diretamente comete crimes contra a sociedade. Não é ele que pratica furtos, que empunha uma arma e comete assaltos, que atira em comerciantes, que rouba pedestres. Quem comete esses crimes são os usuários de drogas. Enfim, é óbvio que o tráfico tem que ser combatido, mas enquanto não se prevenir o consumo, é enxugar gelo.
A propósito
Muita gente alimenta a ideia de que apenas pessoas mais vulneráveis se envolvem com drogas, o que não corresponde com a realidade. O consumo de substâncias ilícitas atinge diferentes camadas sociais, incluindo indivíduos de classe média e alta, que também buscam nas drogas alternativas para lidar com suas frustrações, com pressões cotidianas, curiosidades. Isso revela que o problema das drogas é complexo e não pode ser atribuído exclusivamente à vulnerabilidade social.
Funções da prisão
A função principal da prisão é afastar o criminoso do convívio social, impedindo-o de continuar a cometer crimes. A segunda função é mostrar à sociedade que o crime não será tolerado. A terceira é punir o criminoso pelo crime que cometeu. Incrivelmente, essa última função, em especial, é repudiada pelo pensamento ideológico do “politicamente correto”, segundo o qual o criminoso não deve ser punido, pagar pelos crimes cometidos, “mas acolhido”. Para eles, punição é a confirmação da opressão do “sistema” que produziu o criminoso.
É no município que se vive
Mais do que um simples slogan, a frase: “É no município que se vive” repousa sobre os ombros dos prefeitos e das prefeitas. Os municípios são direto e diariamente desafiados a cumprir metas administrativas, na maioria das vezes sem o amparo dos governos estaduais e federal. Por isso, faz-se necessário uma gestão eficiente e, sobretudo, coordenada por uma equipe coesa, comprometida e tecnicamente preparada para enfrentar os desafios do cotidiano da cidade e município. Uma gestão de qualidade e de resultados exige organização, percepção e humildade. Também, é fundamental que os munícipes – cidadãos e cidadãs – participem ativamente e colaborem na busca de uma gestão eficiente.
Transformação religiosa
Aparecida (SP), conhecida por abrigar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e ser o maior destino de romarias católicas do país, vive uma transformação religiosa. Dados do Censo 2022 revelam que a cidade registrou queda de quase nove pontos percentuais na proporção de católicos, passando de 85,9% em 2010 para 77% da população. Enquanto isso, o número de evangélicos subiu de 11,4% para 18%, acompanhando a tendência nacional de crescimento das igrejas pentecostais. Em números absolutos, o município passou de 26,2 mil para 22,1 mil moradores que se declaram católicos. Já os evangélicos saltaram de 3.481 para 5.175.
Bolsa Família x Trabalho
Segundo reportagem publicada pelo jornal Diário do Comércio, levantamento do Ibre-FGV indica que o benefício Bolsa Família, hoje com valor médio de R$ 671,54, teria reduzido a oferta de trabalhadores e estimulado a informalidade, inclusive ao ócio. Nesse contexto, empresas relatam dificuldade crescente para preencher vagas operacionais em supermercados, padarias, agricultura e outras atividades intensivas em mão de obra. De acordo com a reportagem, parte dos candidatos recusa vínculos formais para não perder o auxílio. Aponta que em algumas regiões há mais pessoas recebendo Bolsa Família que empregados com carteira assinada. É a meta. O assistencialismo é isso, manter pobres na pobreza.
Pedra no caminho
Eduardo Bolsonaro, a ovelha desgarrada, mete medo nos políticos em geral, e especialmente nos que giram na órbita do seu pai. É o caso, por exemplo, de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que espera a bênção de Bolsonaro para decidir seu destino. A bênção não será suficiente para que Tarcísio se lance candidato a presidente. Ele quer ter certeza de que deixará de ser alvo dos ataques de Eduardo. E de que, mais adiante, Eduardo não insistirá com a história de se candidatar também ou de pregar o voto nulo. Mesmo sabendo que sua candidatura poderá ser impedida pela Justiça por ter conspirado contra os interesses do Brasil, é tentador para Eduardo ressurgir como o legítimo herdeiro dos votos da extrema-direita. Eduardo é uma pedra no caminho de Tarcísio, e da direita como um todo.
Aliás
O maior cabo eleitoral do Lula hoje é Eduardo Bolsonaro (PL), que, calado, é um poeta. Inclusive lideranças da direita reconhecem que a postura do, ainda, deputado federal Eduardo nos Estados Unidos prejudicou o cenário político para a direita, e ressuscitou a viabilidade de Lula se reeleger presidente em 2026.
O xadrez de 2026
A um ano das eleições presidenciais de 2026, Lula corre alegre em campo aberto, enquanto a direita se desintegra e atola em uma avalanche de candidaturas e vaidades. Porém, isso não significa que Lula está com a mão no quarto mandato. Longe disso. Há uma série de variáveis que ainda não se encaixaram para desenhar o mapa político do ano que vem. Um fato crítico é o nome a ser consagrado por Jair Bolsonaro para comandar a tropa da direita rumo a um provável segundo turno. Mesmo com a bola mais murcha, Bolsonaro é o grande eleitor do partido anti-Lula.
Errático
Em retiro forçado, o ex-presidente Jair Bolsonaro se mostra errático: ora dá sinais de que prefere como sucessor o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ora que poderá indicar Flávio Bolsonaro para carregar o bastão da família. O resultado é uma guerra literalmente fratricida nas fileiras da direita, com Eduardo Bolsonaro ameaçando se lançar por conta própria por outro partido que não o PL. Aliás, a serviço de quem Eduardo Bolsonaro está? Em sua desastrada movimentação pelas sanções contra o Brasil contribuiu para vitaminar Lula e uma esquerda que andava sem rumo. Perdido como uma mosca tonta, Eduardo já não tem mais o que perder e vira-se até contra os seus.
Radar
A Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA), da qual o santo-augustense Jerônimo Goergen é presidente, promoverá o 3º Congresso Cerealista Brasileiro, com início em 26/11, no Centro de Convenções Malai Manso Resort/Ballroom Cerrado, na cidade de Chapada dos Guimarães (MT). O evento, segundo Jerônimo, começa com grandes debates e uma programação imperdível, que reunirá as principais lideranças do agro, especialistas e autoridades para debater o futuro do setor e as novas oportunidades no Brasil e no exterior.