COLUNA: Por que o proibido sempre atrai mais? O certo custa caro – IA para conter feminicídios – Quando os bons se calam

Por quê?

É curioso isso: Por que o proibido sempre atrai mais? Simples. É porque desperta curiosidade e sensação de desafio nas pessoas. Segundo especialistas, quando algo é colocado como fora dos limites, o cérebro tende a enxergar esse limite como uma barreira a ser explorada, tornando o comportamento proibido mais interessante. Além disso, a ideia de transgredir normas ou regras pode gerar uma sensação de liberdade e poder, alimentando o desejo de experimentar aquilo que não é permitido. Esse fenômeno é observado desde pequenas infrações até comportamentos mais graves. Porém, ressalte-se que essa atração pelo proibido pode trazer consequências negativas tanto ao indivíduo quanto à sociedade. Por isso, o desenvolvimento da consciência crítica e o fortalecimento de valores éticos são fundamentais para lidar com esse impulso de forma responsável.

IA para conter feminicídios

Entre janeiro e setembro de 2025, 57 mulheres foram assassinadas no estado por questão de gênero, 205 foram vítimas de tentativa de feminicídio; e 13 mil sofreram lesões corporais, uma média de 48 vítimas por dia. Para dar resposta a essa epidemia de violência doméstica contra a mulher, a Secretaria da Mulher-RS estuda criar um sistema, via inteligência artificial, capaz de integrar dados de diferentes órgãos públicos, como saúde, desenvolvimento social e conselhos tutelares, cruzar informações, identificar sinais de violência contra a mulher, emitir alertas e monitorar casos de forma contínua.

Ainda não existe…

Muito se discute a questão da violência doméstica contra a mulher, com destaque para o fortalecimento de redes de apoio e a detecção precoce de comportamentos de risco, mesmo na ausência de antecedentes. Porém, muitas vezes os casos de violência surgem em situações inesperadas e sem sinais claros, tornando o desafio da prevenção ainda maior. Pela complexibilidade desse tipo de crime que envolve fatores sociais, culturais e psicológicos, que ocorre geralmente no recinto do lar, na minha percepção, mesmo com todo o aparato da rede de apoio, e, apesar dos esforços para ampliar a capacidade das forças de segurança, “ainda não existe um meio eficaz para prevenir feminicídios e outras violências domésticas contra a mulher”. Quando o homem decide praticar feminicídio, ele encontra meios para executar seu intento, independentemente das medidas preventivas existentes. Por isso, é fundamental que a sociedade continue investindo em conscientização, educação e fortalecimento das redes de apoio.

Qual a diferença?

Qual a diferença entre os indivíduos – sindicalistas, políticos ou apadrinhados – que surrupiaram dinheiro das contas dos aposentados do INSS, que agora estão mostrando as caras na CPMI do Congresso, e os que cavam túneis para roubar bancos ou ainda que assaltam pessoas sob ameaças com armas de fogo? A diferença são os métodos que empregam. Já a semelhança é que todos são ladrões. Todos eles devem pagar por seus crimes e devolver tudo o que roubaram. Não faltará quem diga: Aí já é querer demais! Ah, sim. Esqueci que aqui é o Brasil.

Covatti pode abrir mão…

O deputado federal Covatti Filho (PP), é pré-candidato do partido ao governo do estado, com vistas às eleições do ano que vem. No entanto, alguns membros do Progressistas defendem o apoio ao pré-candidato ao Piratini, deputado federal Luciano Zucco (PL); outros, o pré-candidato da situação, o vice-governador Gabriel Souza (MDB); e outros ainda defendem uma candidatura própria liderada por Covatti. Já os prefeitos, vices e vereadores no interior do Rio Grande do Sul têm manifestado o desejo de uma candidatura própria do PP. Em meio a esse tabuleiro, o pré-candidato Covatti Filho prefere agir com diplomacia e postura conciliadora, afirmando que o mais importante neste momento é construir um projeto para o Rio Grande do Sul, de modo que não descarta abrir mão da cabeça de chapa em favor de um movimento liderado por outra liderança. Ou seja, quer unir centro e direita.

Esquerda tenta unidade

A esquerda gaúcha articula nomes conhecidos, como Manuela D’Ávila, Juliana Brizola, Edegar Pretto, Paulo Paim, Paulo Pimenta, entre outros. São nomes com certa densidade política e eleitoral, que podem ganhar mais força se atuarem em convergência. Os partidos que compõem esse grupo – PT, PSOL, PDT, PSB, PcdoB, PV e Rede – tentam construir um programa comum e uma estratégia conjunta que tenha como objetivo vencer, e não apenas marcar posição. Algumas lideranças da esquerda reconhecem que, se estiverem divididos, serão apenas mais uma voz isolada na disputa. Mas, se estiverem unidos, serão a possibilidade concreta de virar a página do Rio Grande do Sul e abrir um novo ciclo popular.

O certo custa caro

Muito se fala e se houve falar que os males da política estão nas escolhas dos representantes na hora de votar, e por isso bastaria escolher “pessoas boas” para tudo se resolver. Mas, pensando bem, o problema do Brasil não é apenas a falta de virtude individual, mas um sistema político-eleitoral cuja arquitetura premia o comportamento errado, desestimula a verdadeira representação e penaliza a honestidade. É um sistema em que fazer o certo custa caro demais, e no qual o errado se torna o caminho natural. Muitos entram na política com boas intenções, mas rapidamente descobrem a regra não escrita: quem quiser sobreviver precisa se adaptar. Isso, inevitavelmente, exige alianças com quem tem dinheiro, tempo de TV e influência partidária. O jogo obriga o político a dedicar mais energia à sua reeleição do que à sua missão. E o político que tentar dizer a verdade, fazer o certo, é massacrado. Enquanto o que mente descaradamente, é aplaudido. Depois de poucas eleições, a seleção natural faz o resto: os piores sobrevivem enquanto os melhores desistem.

A propósito

A política virou espetáculo. A emoção substitui a razão, o meme substitui o argumento e o escândalo substitui o debate. O eleitor, cansado e desiludido, mas sempre esperançoso, se deixa enganar – não por burrice, mas porque não tem qualquer alternativa. O político oportunista leva vantagem quase insuperável. A alternância de poder se torna uma farsa. Os nomes mudam, as siglas se revezam, mas o mecanismo permanece. O voto troca os atores, mas não o roteiro. O campo está minado, a máquina política engana. E pior: o eleitor financia o poder que o oprime.

 Os desafios em escutar

Apesar de sua importância, a escuta ativa nem sempre é fácil. Por razões diversas, muitas vezes ouvimos sem realmente escutar. Julgamentos precipitados e a tentação de responder imediatamente são alguns dos principais obstáculos que impedem uma escuta eficaz. Outro desafio é o ego. Às vezes, nos concentramos tanto em nossas próprias ideias e opiniões que esquecemos de verdadeiramente considerar o ponto de vista da outra pessoa. Para superar isso, é essencial praticar a humildade e estar disposto a colocar as necessidades e emoções dos outros à frente por um momento. Saber escutar não só beneficia os outros, mas também nos transforma como indivíduos. Escutar é uma forma de demonstrar empatia, e pode ajudar a aliviar o sofrimento alheio.

Aliás

Escutar não é apenas ouvir, vai além de apenas perceber os sons ao nosso redor, exige atenção plena, concentração e intenção. É a capacidade de absorver o que é dito, captar nuances e, eventualmente, interpretar as emoções e intenções por trás das palavras.

Quando os bons se calam

Vivemos em uma época em que os “bons”, aqueles que têm princípios, valores e discernimento, muitas vezes escolhem o silêncio diante de injustiças. Não porque concordam com o que veem, mas porque estão cansados, desanimados ou, simplesmente, descrentes de que suas vozes possam fazer alguma diferença na atual conjuntura. Enquanto isso, os maus não hesitam. Falam alto, agem rápido e ocupam os espaços deixados vagos. Transformam o absurdo em normalidade, o errado em aceitável, o silêncio dos justos em terreno fértil para o caos e a injustiça. No fundo, não é o mal que está vencendo, é o bem que se vê recuando. Pense nisso.

RADAR

Confirmado, o governador Tarcísio de Freitas estará presente no 3º Congresso Cerealista Brasileiro, no dia 26 de novembro, em Chapada dos Guimarães (MT).

Um grande nome para um grande evento que vai reunir as principais lideranças do agro nacional.

(Jerônimo Goergen, presidente da ACEBRA).

 

 

 

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