COLUNA: Os cenários para presidente – Juliana e Zucco lideram – CNH mais barata – Regime fechado

Os cenários para presidente

Levantamento divulgado segunda-feira (25) pelo Instituto Paraná Pesquisas, sugere que a disputa eleitoral para presidente da República em 2026 promete ser apertada. Foram monitorados três nomes como representantes da extrema-direita na disputa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível; a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na disputa de primeiro turno, Bolsonaro está com 35,2% e Lula com 34,8%. Quando o nome é da ex-primeira-dama, Lula aparece com 35,1% x Michele com 28,9%. E num terceiro cenário, Lula mantém os 35,1% contra Tarcísio de Freitas que soma 24,5% das intenções de votos.

Já no segundo turno, nos três cenários testados, há empate na margem de erro. Contra Jair e Michele Bolsonaro, Lula aparece em desvantagem numérica. No embate com Tarcísio, há um empate nos percentuais. Veja os resultados: Bolsonaro 44,4% x Lula 41,5%; Michele 43,4% x Lula 42,3%; Tarcísio 41,9% x Lula 41,9%.

O Paraná Pesquisas realizou entrevistas presenciais com 2.020 pessoas, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, entre os dias 17 e 21 de agosto.

Juliana e Zucco lideram

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada no último dia 22, com vistas às eleições de 2026 ao governo do Rio Grande do Sul, aponta que, no momento, Juliana Brizola (PDT) e o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (PL), lideram, empatados tecnicamente, com 21% e 20%, respectivamente, das intenções de votos. Edegar Pretto (PT), aparece em terceiro lugar com 11%; o atual vice-governador, Gabriel Souza, é o quarto colocado, com 5% das intenções de votos, seguido pelo deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) que soma 4%. Os eleitores indecisos totalizam 19%. Os votos em branco, nulos ou quem não vai votar somam 20%. O levantamento, contratado pela Genial Investimentos, ouviu 1.104 pessoas presencialmente entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Semana da Pátria

No passado, a Semana da Pátria traduzia-se em manifestações intensas de civismo, com desfiles, hinos entoados em uníssono, bandeiras hasteadas com solenidade e um sentimento coletivo de reverência aos símbolos nacionais. As escolas e espaços públicos eram palcos desse fervor, que permeava não apenas as celebrações em setembro, mas também o cotidiano social e escolar. O patriotismo era ensinado como uma obrigação, e a identificação com os valores nacionais parecia incontestável, inscrita nos gestos ritualizados que marcavam o início de cada Semana da Pátria. Hoje, contudo, observa-se uma transformação profunda nesse cenário. O fervor dos anos dourados da Semana da Pátria, deu lugar a formas mais sutis e diversificadas de sentir e praticar o patriotismo. Nas escolas, as cerimônias formais perderam protagonismo, e os jovens tendem a ressignificar o civismo com ações cotidianas. Contudo, me esforço a crer que a percepção de indiferença, frequentemente atribuída à juventude atual, revela mais uma mudança de paradigma do que uma ausência de valores.

Aliás

Mesmo assim, apesar da diminuição do fervor cívico e das mudanças no modo de celebrar a Semana da Pátria, há municípios que preservam a tradição dos desfiles e eventos comemorativos. Nessas cidades, ruas se enfeitam, bandas marciais se apresentam, e alunos de escolas desfilam, – e por vezes, também outros segmentos – mostrando orgulho nacional e valores cívicos e culturais, sob aplausos de famílias e comunidade que se aglutinam para assistir e celebrar a Independência do Brasil. São manifestações que mantêm viva, mesmo que de maneira mais discreta, uma conexão com o passado e os valores nacionais.

 CNH mais barata

Olha só, a carteira de motorista poderá ter custo reduzido em até 80%, ficando entre R$ 600 e 800. É o que prevê as alterações rascunhadas pelo governo federal. Hoje em dia, o processo para tirar a carteira de motorista custa em torno de R$ 4 mil ou mais, dependendo o estado. São milhões de pessoas interessadas a habilitar-se para dirigir veículo automotor, muitas até precisando para fins de emprego, mas não conseguem devido ao valor elevado cobrado pelas autoescolas. Segundo dados do Ministério dos Transportes, 45% dos motociclistas circulam sem CNH, e 39% dos motoristas de veículos de passeio dirigem sem habilitação. São números que preocupam, eis que afetam diretamente a segurança no trânsito.

Mudanças propostas

Entre as principais mudanças que devem facilitar a obtenção da CNH, está o fim da obrigatoriedade de frequentar autoescola. Com isso, cada candidato decidirá como se preparar para os exames teóricos e práticos. Aliás, essa era a regra vigente até 1997, quando entrou em vigor o atual Código de Trânsito Brasileiro. Os exames de legislação de trânsito e de prática de direção veicular sempre existiram, a única diferença é que o candidato não era obrigado a frequentar autoescola. Agora, se a proposta vingar, aquele sistema estará de volta. Contudo, o candidato deverá estar preparado para os exames teóricos e práticos junto ao Detran, que continuarão sendo exigidos para garantir que o candidato esteja apto a dirigir. A proposta não tem data para ser aprovada.

Valorizar os bons feitos

Em cada esquina da história, há sempre uma presença silenciosa, mas fundamental: a dos mais idosos, que contribuíram ao longo de décadas, para o tecido social que hoje nos abriga. Valorizar os feitos dessas pessoas é reconhecer que o presente se constrói sobre raízes profundas. É fundamental que a sociedade não relegue ao esquecimento os bons feitos dessas pessoas. Valorizar os mais idosos é permitir que suas histórias sejam contadas, reconhecidas e admiradas. É relembrar que a aposentadoria não apaga o brilho das conquistas, e que a inatividade formal não significa ausência de relevância ou de saber. Relembrar e valorizar os bons feitos dos mais idosos é, acima de tudo, afirmar que a dignidade não tem prazo de validade. É reconhecer que, graças a esses protagonistas, a sociedade é mais justa, mais humana e mais rica em exemplos a serem seguidos.

Regime fechado

Está em avaliação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados o projeto que proíbe o benefício da prisão domiciliar ou outra alternativa à prisão em regime fechado para idosos com mais de 70 anos e pessoas com doenças graves condenadas por crimes sexuais. Autor da proposta, o deputado Marcelo Álvaro (PL-MG) argumenta que a medida visa corrigir distorções na execução penal que permite o afrouxamento da pena de indivíduos condenados por crimes de extrema gravidade. Marcelo destaca que a atual legislação permite brechas que transformam estupradores e abusadores em “coitados” perante a Justiça, enquanto as vítimas de seus atos seguem abandonadas, sem respaldo institucional. “Se tem idade para cometer o crime, tem idade para cumprir a pena”, defende o parlamentar.

A propósito

Para se ter uma ideia, o Brasil registrou a média de “187 estupros” – por dia – no primeiro semestre deste ano de 2025, conforme mostra o levantamento do Mapa Nacional da Violência de Gênero, divulgado terça-feira (26). São números preocupantes. Equivale dizer que nesse período de seis meses, 33.999 mulheres foram vítimas de estupro no Brasil. O estupro é a violência mais recorrente contra mulheres e, curiosamente, não ocupa o topo da agenda política, sendo o mesmo que dizer, na prática, que a vida e a dignidade dessas vítimas não são prioridades. E pior, os números captados em levantamentos, não condizem com a realidade, eis que um grande número de vítimas, por medo, vergonha, receio de revitimização ou falta de confiança nas instituições, preferem o silêncio, não registram e não denunciam a violência sexual sofrida. Um pouco de empatia não faz mal a ninguém. “Cada caso de estupro tem repercussões que vão muito além do momento do crime”.

 

 

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