COLUNA: Crendice de “Olho Gordo” sobre a Rua Coberta – 159 dias de trabalho só para pagar impostos – Estímulo aos traficantes – Golpe duplo

“Olho gordo”

Era só o que faltava! Há quem já esteja sugerindo que tem “olho gordo” em cima da obra de construção da Rua Coberta, no centro de Santo Augusto, rondando e atrapalhando o andamento do projeto. Parece nada dar certo, como se o azar estivesse sempre presente, impedindo que as coisas avancem. Sempre surge um obstáculo inesperado – burocrático ou técnico. E a população já começa a desconfiar que a obra nem seja concluída, criando um clima de frustração e impaciência. Contudo, entre um tropeço e outro, agora, depois de cinco meses de mais uma paralização, a obra será reiniciada nos próximos dias, segundo informou o vice-prefeito Dilmar Mattioni. Uma empresa de Santo Ângelo, vencedora do certame licitatório, fará a parte elétrica, o piso e o paisagismo. Cumpridas essas etapas, o trânsito no local será liberado, disse Mattioni.

Mas, e a cobertura? Ah, sim, a cobertura foi mais uma trapalhada no andar do processo, e ficará para uma outra etapa, para o que deverá ser feita nova licitação. É até risível! As medidas das telhas estão em desacordo com as travessas na estrutura da obra. A empresa que participou da licitação não fez a vistoria in loco, embora tenha assinado ter conhecimento da obra em andamento.

150 dias só para pagar impostos

“O cidadão brasileiro trabalha cerca de 150 dias por ano apenas para pagar impostos”, afirmou o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União. Esse número impressionante de impostos pagos pelos cidadãos brasileiros resulta da soma de diversos tributos cobrados em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal -, incidindo sobre salários, consumo, patrimônio e serviços. Na prática, significa que, quase a metade do rendimento do trabalhador brasileiro é destinado apenas ao pagamento de impostos, taxas e contribuições, impactando diretamente no poder de compra e na qualidade de vida da população. Nardes, com muita precisão defende que “o recurso público precisa ser tratado com responsabilidade, pois, muitas vezes, o Estado utiliza essa estrutura para negócios político-partidários, esquecendo o verdadeiro dono desse dinheiro: o povo.

Comunidades Terapêuticas

A dependência química, em síntese, é uma doença crônica caracterizada pelo uso de substâncias (como álcool, drogas lícitas e ilícitas), que leva a uma compulsão incontrolável, mesmo diante de consequências negativas. Sobre essa questão, o deputado federal Osmar Terra (PL), que é médico e já foi secretário da Saúde no Rio Grande do Sul, defende a política pública sobre Comunidades Terapêuticas. Segundo ele, “as comunidades terapêuticas são, para milhares de pessoas em situação de pobreza, o único lugar onde encontram acolhimento e esperança para vencer a dependência química. É ali que encontram a abstinência assistida, fundamental para a recuperação”, afirma o deputado. Aliás, tem famílias pobres com usuários que recorrem aos padres e, principalmente, a pastores que encaminham essas pessoas a uma comunidade terapêutica, onde terão tratamento especializado.

Estímulo aos traficantes

A recente declaração do presidente Lula da Silva, afirmando que “traficantes são vítimas dos usuários de drogas”, causou grande repercussão e polêmica no cenário nacional. Essa fala gerou críticas tanto de opositores quanto de parte da sociedade lúcida, que enxergam na afirmação de Lula uma inversão de valores e uma tentativa de minimizar a responsabilidade dos traficantes. Afirmativas como essa, vindas do governante do País, certamente estimulam traficantes de drogas, eis que glamouriza o crime e heroiza o bandido e, por consequência, inspira e motiva para que cada vez mais os traficantes e narcotraficantes se organizem e sigam na senda do crime. O resultado é o que se viu esta semana no Rio de Janeiro, com mais de 120 bandidos mortos por revidarem contra a ação policial, onde, infelizmente, quatro policiais também foram mortos por traficantes.

Golpe duplo

A declaração do governador Eduardo Leite (PSD) – em reunião com lideranças dos partidos da base de seu governo – de que para a manutenção da unidade da atual aliança, pode não disputar as próximas eleições, permanecendo no cargo até o fim do mandato, assim como, que o nome do candidato da coalisão governista ao Piratini deve ser discutido, e definido para a frente, foi considerada dentro do MDB, partido do vice-governador Gabriel Souza, como um “golpe duplo”. Isso porque Gabriel é apontado desde 2022 como sucessor natural de Leite e, inclusive, já foi definido como o escolhido de seu partido, bem como por considerar fundamental que Leite saia do cargo para que o vice, que em diferentes sondagens aparece na quarta colocação para o Piratini, se fortaleça. Pois é, o excesso de confiança pode causar frustrações, o risco de ter as expectativas quebradas é alto. Mas é a ânsia pelo poder. Parece que nem conhecem Eduardo Leite.

Balde de água fria

A ex-deputada Juliana Brizola (PDT), pré-candidata ao governo do Estado, que vinha liderando as pesquisas de opinião, foi indiciada na Polícia Civil, por ter, em tese, se apropriado indevidamente de recursos financeiros de sua avó, vindo à tona em um contexto de desavenças e disputas familiares. Juliana nega ter cometido qualquer irregularidade, contudo, as informações sobre o indiciamento podem ter caído como “um balde de água fria” nas suas pretensões. Internamente, pedetistas passaram a desconfiar de movimentos de partidários de Gabriel. Por sua vez, emedebistas ironizaram as insinuações e avaliaram que Juliana vai desidratar. Pelo Jeito, nem Gabriel e nem Juliana. Leite deve estar articulando para lançar a sua conterrânea e ex-correligionária política, Paula Mascarenhas (PSDB) como candidata à sua sucessão, em coligação PSDB, PSD, MDB e, quem sabe, o PDT.

Falando nisso…

Paula Mascarenhas (PSDB) tem se posicionado firmemente como pré-candidata à sucessão de Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul. Paula é ex-prefeita de Pelotas, e atual secretária de Relações Institucionais do Rio Grande do Sul e presidente do diretório estadual do PSDB. Ela defende que os partidos que apoiam o atual governo escolham o sucessor de Eduardo Leite (PSD) através de pesquisas e critérios objetivos. Embora saiba que, nesse processo, alguns pré-candidatos terão que abrir mão da cabeça de chapa, ela afirma que não entra na disputa apenas para “figurar”.

PP debate segurança

Na sua participação na 5ª edição do Congresso de Operações Policiais – COP Internacional 2025, em São Paulo, o deputado federal Covatti Filho afirmou: “hoje, segurança pública não é um tema partidário, é uma missão de estado e nós precisamos cada vez mais ressaltar isso”. O evento, que terminou sábado (25/10) sediou também o Fórum de Segurança Pública Pelo Brasil, encontro realizado pelo Partido Progressistas e a Fundação Francisco Dornelles (FFD). Covatti Filho, que é pré-candidato ao governo gaúcho, preside a FFD, e reforçou que o debate sobre segurança “deve estar acima de qualquer interesse político. Precisa ser um compromisso de Estado, voltado ao bem comum”.

Michele Bolsonaro

Em visita ao Rio Grande do Sul, mais precisamente em Soledade, no final de semana, a ex-primeira-dama do Brasil, Michele Bolsonaro reuniu mais de 3,4 mil pessoas, 95% delas mulheres, deixando nos líderes do PL gaúcho a sensação de que ela está pronta para ser candidata a presidente ou a vice. Na percepção da direção estadual do PL Mulher, quem acompanhou de perto ficou com a mesma impressão. Um discurso muito forte, político, falando da economia, da saúde e da educação, tocando no coração das pessoas, mostrando dois projetos bem antagônicos, o do atual governo, e o nosso, disse Adriana Lara, deputada estadual e vice-presidente do PL Mulher do Rio Grande do Sul. É muito forte o discurso dela, não é só um discurso que toca no coração pela emoção, mas pelo conteúdo, disse.

 

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