É preciso reconhecer
Imagem/crédito: site AgroCeleiro
Celebrado em 25 de julho, hoje, portanto, o Dia do Colono e do Motorista representa muito mais que simples data comemorativa: é um reconhecimento ao esforço diário dessas duas categorias fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. O colono, herdeiro de uma tradição que remonta à chegada dos primeiros imigrantes ao país, mantém viva a ligação ancestral com a terra, enfrentando desafios climáticos, econômicos e tecnológicos para garantir o alimento que chega à mesa de milhões. Já o motorista, especialmente os caminhoneiros, atravessa longas distâncias, por vezes solitárias e cheias de imprevistos, para que a produção rural, industrial e comercial circule e abasteça cidades e comunidades das mais remotas às grandes capitais.
Essa data, portanto, simboliza a união entre campo e estradas, entre cultivo paciente e a entrega ágil, e lembra que, por trás de cada produto, existe uma cadeia de trabalho, dedicação e resistência. A valorização desses profissionais vai além de homenagens: é preciso reconhecer sua importância estratégica e garantir-lhes condições dignas para seguir impulsionando o país, seja no silêncio dos campos ou no barulho constante das rodovias.
Dia do Escritor
No mesmo compasso do reconhecimento ao trabalho no campo e nas estradas, é essencial homenagear aqueles que cultivam ideias e transportam emoções: os escritores. O Dia do Escritor, também celebrado hoje, 25 de julho, nos convida a refletir sobre o poder transformador das palavras, a coragem de quem se debruça sobre o papel – ou a tela em branco, cultivando pensamentos que, muitas vezes, provocam transformações silenciosas na vida de quem lê.
O escritor, seja de livros, revistas, jornais, blogs ou redes sociais, contribui para a formação do pensamento crítico e preservação de memórias. Cada texto escrito é como uma semente lançada ao solo fértil da imaginação coletiva, capaz de germinar novas perspectivas e sensibilidades.
Que cada escritor, anônimo ou consagrado, encontre inspiração para continuar expandindo os horizontes do possível, pois, tal como o colono e o motorista, a pessoa dedicada à escrita também move e sustenta o país de maneiras profundas e silenciosas.
Representação nos Parlamentos
Santo Augusto, desde os anos 70, contou com representação na Assembleia Legislativa, e desde 1990, nunca deixou de ter representante na Câmara dos Deputados. De 2015 a 2022, chegou a contar com dois deputados Federais – Jerônimo e Pompeo, e manter um na Assembleia Legislativa. Hoje, o município conta com um deputado federal e, na prática, nenhum deputado estadual, eis que Ernani Polo (PP), reeleito em 2022, abdicou do cargo para o qual o povo o elegeu, preferindo ser servil ao governo como secretário, ao invés de representar no legislativo o eleitor que lhe confiou o voto. Para tentar retomar a representatividade do município na Assembleia Legislativa, é cogitado o nome da prefeita Lilian (PL), apesar de ela ainda não ter batido o martelo, se concorrerá a deputada em 2026.
A propósito
A renovação nos cargos de deputado, apesar de ser uma necessidade, enfrenta imensos desafios. Para quem busca uma cadeira no Parlamento, diversos fatores criam barreiras significativas. Deputados que já possuem mandato acumulam experiência, visibilidade e redes de apoio que favorecem sua permanência no poder, desestimulando a renovação. O caso de Santo Augusto, por exemplo, ilustra como durante décadas sempre houve representantes locais no Legislativo, consolidando laços políticos duradouros entre eleitores e certas figuras ou famílias. Mas são barreiras que podem ser superadas.
Cabo eleitoral
As emendas parlamentares, instrumento legítimo para destinar recursos a municípios, são frequentemente utilizadas como mecanismo para ampliar o capital político dos detentores de mandato. Quando deputados alocam verbas para obras e serviços, promovem suas ações em eventos, redes sociais e discursos, ampliando sua popularidade e aproximando-se do eleitorado. Tal visibilidade funciona, na prática, como um descabido, porém, eficiente “cabo eleitoral”, dificultando que candidatos iniciantes, sem acesso a esse tipo de instrumento, possam competir de igual para igual. Embora a legislação proíba a promoção pessoal com recursos públicos, a divulgação de obras financiadas por emendas associa o nome do parlamentar à conquista, fortalecendo a imagem. Novos candidatos, desprovidos dessas oportunidades de projeção, precisam compensar com propostas inovadoras e campanhas mais criativas.
Aliás
Deputados em exercício costumam ter acesso facilitado a doações para campanha, apoio de setores organizados e até do próprio fundo eleitoral, enquanto novos candidatos enfrentam restrições orçamentárias complicadas. Além disso, a menor visibilidade e a ausência de redes de apoio consolidadas reduzem ainda mais as chances de sucesso de novatos. Superar essas dificuldades exige persistência, criatividade e, sobretudo, compromisso com práticas éticas e transparentes.
Absurda “licença compensatória”
Eduardo Leite não surpreende, está no DNA dele menosprezar servidores públicos estaduais do escalão de baixo, achatar e onerar seus já minguados salários. Enquanto isso, privilegia com aumento da remuneração e concede vantagens àqueles que já ganham mais, além de criar cargos e penduricalhos para acomodar o andar de cima e satisfazer seus interesses. Agora, estrategicamente, esperou a Assembleia Legislativa entrar em recesso, e publicou um inexplicável decreto, criando uma estranha “licença compensatória” – um dia de folga a cada três trabalhados – para procuradores e auditores fiscais da Secretaria da Fazenda, justamente os que já têm os salários mais altos no Poder Executivo. Por ora não prevê conversão em dinheiro, mas isso não demora a ser concedido. Para se ter uma ideia do tamanho do absurdo, essa vantagem representa 10 dias de folga por mês, ou seja, reduz em um terço a jornada de trabalho desses servidores. Qual a explicação convincente para isso? Sem exagero algum, esse governador se supera em incompetência ou em atos tendenciosos e inconsequentes.
RADAR
Paula Mascarenhas (PSDB), ex-prefeita de Pelotas e atual presidente estadual da sigla, anunciou no final da semana passada, com apoio da direção e lideranças tucana, que é pré-candidata ao governo do Estado. Era esperado que Paula acompanhasse Eduardo Leite rumo ao PSD, mas estrategicamente, ela permanece no ninho tucano e anuncia a pré-candidatura ao Piratini. Com isso, ficou tudo embaralhado e nem a candidatura de Gabriel Souza (MDB) está garantida. Esse imbróglio terá muitos desdobramentos, envolvendo PSDB, MDB, PSD e PP. Curioso é que todos eles se curvam às vontades e interesses de Eduardo Leite.