COLUNA: Até os aliados rejeitaram – Sebastianismo político – A verdade incomoda – A direita embaralhada

Até os aliados rejeitaram

Como já comentado aqui na coluna, o governador Eduardo Leite, através de decreto, concedeu “licença compensatória” de um dia de folga a cada três dias trabalhados, para procuradores e auditores fiscais do Estado – uma verdadeira distorção inaceitável na administração pública. Em pleno cenário de reconstrução no Rio Grande do Sul, com demandas urgentes em áreas como segurança, educação e infraestrutura, a criação de benefícios que fogem ao princípio de austeridade esperado da gestão pública, é um privilégio desconectado da realidade vivida pela massa de servidores públicos estaduais. A repercussão foi tão negativa que até a base governista, tradicionalmente alinhada ao Executivo, manifestou desconforto e exige a revogação desse decreto que aprofunda a distância entre Estado e a sociedade que financia suas engrenagens. Esse ato de Eduardo Leite, por interesses dúbios, expõe e evidencia o seu vício de perpetuar “penduricalhos” aos servidores que já detêm altos salários, enquanto a ralé amarga mais de oito anos de defasagem de seus salários, achatados pela inflação.

Sebastianismo político

Estamos sempre esperando por um “déspota esclarecido” para nos governar. Começando pelo culto à personalidade de Getúlio Vargas, e mesmo o Lula um e dois, e agora o três (que chegou e chega a níveis absurdos). Por aí também passou o “messias”, o implacável egocêntrico, Jair Bolsonaro. Curiosamente, esperando que essas pessoas magicamente resolvam todos os problemas, nos apegamos de forma doentia a essas personalidades.

Está mais do que na hora de acabarmos com esse sebastianismo político, com esse “mesmo do mesmo”, com a polarização política, e tratarmos de escolher candidatos com ideias voltadas verdadeiramente ao bem do Brasil e dos brasileiros, ser democrático de verdade e não essa democracia relativa pregada por Lula, e que atuem de acordo com a Constituição da República e não com distorções interesseiras. O momento para isso se aproxima, é logo ali, em 2026.

Aliás

Para muitos – inclusive entre os esclarecidos – democracia é algo como “ditadura da minoria”, o que justificaria todo tipo de ação porque “o voto popular dá legitimidade”. Isso é falso. O voto popular dá a legitimidade para governar, não para fazer o que quiser. O Congresso também tem políticos eleitos, estados e municípios idem. Achar que, somente porque um partido foi eleito para governar, ele tem legitimidade para agir arbitrariamente é algo muito perigoso.

 A verdade incomoda

Em meio à engrenagem ruidosa da vida pública, onde cada palavra dita ecoa em corredores de interesses, é notório: políticos, de modo geral, têm uma aversão quase visceral à verdade nua e crua. A verdade, para muitos agentes do poder, é um espelho incômodo, que insiste em revelar rugas, fissuras e contradições que prefeririam manter sob camadas de retórica e promessas ocas.

O político que se perpetua no cargo aprendeu, cedo, a evitar o confronto com os fatos que o desagradam: prefere a lisonja dos que o cercam, o silêncio cúmplice de quem depende de favores, a qualquer voz que o desafie em seu conforto.

Talvez o maior desafio de uma sociedade madura seja cultivar a coragem coletiva de dizer – e ouvir – verdades desconfortáveis. A verdade não é um ataque, mas uma ponte: é através dela que se pode expor privilégios injustificáveis, rever práticas arcaicas, repensar políticas e, sobretudo, humanizar os dramas escondidos atrás de cada estatística fria. A quem serve o silêncio? Certamente, não ao povo.

A direita está embaralhada

Com a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro, as suas articulações políticas, com viagens pelo país, reuniões e telefonemas diários com lideranças e potenciais candidatos, se encerraram. Aliados esperavam que os meses até o trânsito em julgado do processo que o envolve ajudassem a amadurecer o entendimento em torno de uma candidatura viável apoiada por ele. Como cabe ao ex-presidente a última palavra para definir quem será ou não candidato, essas articulações ficaram embaralhadas e prejudicadas. Aí também paira o grande e comprometedor equívoco de Bolsonaro, proclamar-se pré-candidato, como que dependesse apenas de sua vontade, ignorando os impedimentos legais. Isso contribui para a confusão institucional e para um ambiente de instabilidade política. Alimenta a polarização e posterga o surgimento de novas lideranças, perpetuando o ciclo de dependência quase patológica de figuras centralizadoras. O desafio está em superar o sebastianismo político e consolidar uma democracia de fato, alicerçada em alternância de poder, pluralidade de ideias e respeito às leis.

Pontos turísticos

Os pontos turísticos exercem papéis fundamentais em diferentes aspectos da vida social, cultural e econômica de uma cidade, região ou país. Muito além de simples locais de visitação, eles se configuram como portais para o conhecimento, a preservação da identidade, o desenvolvimento econômico e a aproximação entre diferentes povos. Pontos turísticos são, frequentemente, lugares marcados pela história, pela arte e por tradições que ajudam a contar a trajetória de um povo. Monumentos, praças, museus, centros históricos e igrejas preservam memórias e ensinam sobre o passado, fortalecendo o sentimento de pertencimento e respeito às raízes culturais.

Apesar do potencial, o turismo aqui na Região Celeiro ainda enfrenta desafios como a necessidade de maior divulgação, qualificação dos serviços, infraestrutura e integração dos roteiros turísticos entre os municípios.

Origem do nome

Geralmente as pessoas não se atêm à origem do nome do seu município. Mas é importante saber. Por exemplo, Coronel Bicaco – logicamente, deverá ter um significado relevante, a escolha desse nome para o município. Pesquisando, soube que o nome “Coronel Bicaco” homenageia uma personalidade marcante da história local: o Coronel Bicaco. Figura conhecida por seu papel relevante na organização das primeiras expedições e no desenvolvimento das atividades econômicas e sociais da região, o coronel tornou-se referência entre moradores, comerciantes e autoridades locais.

O termo “coronel” era frequentemente utilizado no Brasil do século XIX e início do século XX para designar líderes políticos ou militares que exerciam influência sobre determinada área, especialmente em cidades do interior. A escolha do nome para o município reflete, portanto, o reconhecimento coletivo da importância histórica do coronel (João Bicaco) e a valorização da identidade local, transmitida através das gerações.

Parece piada

O político despachando em seu gabinete, é interrompido por seu assistente que diz: Senhor, tem uma comissão aí fora, o senhor pode receber? Resposta do político: “não – manda depositar”.

 

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