Obrigado pelo presente
Fui presenteado pelo colega Lúcio Steiner, com o livro “80 Anos de Literatura em Três Passos”, obra da qual ele é coautor, com o capítulo “O primeiro vacinador”, numa afetuosa dedicatória (in memoriam) ao seu sogro, Francisco de Paula Castro, guarda sanitário, que tinha como ofício e competência vacinar, prevenir a peste suína e a febre aftosa, cuidando da sanidade animal desde a segunda metade da década de 1940, contribuindo para que a região assumisse a posição de destaque na suinocultura. O livro, organizado por Clóvis Baraldi Machado e Juarez Paulo Braga Zamberlan, contando com a participação de mais de duas dezenas de colaboradores, traz histórias e contos diversos, depoimentos e fatos marcantes de Três Passos e região, no decorrer de mais de oito décadas. Vale a pena ler esse livro.
Receber um livro de presente já é, por si só, ato de consideração. Mas quando esse livro carrega, entre suas páginas, a marca de um colega, o gesto se engrandece. Folheando essas páginas, percebo que não estou apenas lendo histórias e contos, mas dialogando com escolhas, memórias e sonhos que ultrapassam o tempo. Obrigado pelo presente Lúcio, e que novas obras surjam.
Pior governo
Em nota, a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar e Bombeiros Militares (ASSTBM), levou a público o descaso do governador Eduardo Leite, para com a categoria, no tocante a reposição salarial, cuja perda acumulada já ultrapassa 60%. Esclarece que embora a Frente dos Servidores do RS, tenha deliberado solicitar 12%, o índice aprovado pelas entidades de nível médio da BM, em assembleia geral, foi de 32%, e sua luta continua. Infelizmente, temos um governo comandado por Eduardo Leite e Gabriel Souza, apoiado por deputados que votam de acordo com interesses pessoais e contra os servidores. “Enfrentamos um dos piores governos dos últimos anos para os integrantes da BM. Não por acaso 6.604 PMs da ativa afirmaram que vão embora da Corporação e mais de 16 mil afirmaram estar insatisfeitos com salário e carreira, diz a nota.
Aliás
Sobre o descaso do governo, o presidente da ASSTBM, Tenente Aparício Costa Santellano, faz o seguinte alerta: “Sabemos que o governador nos ignora, mas nossos gritos ecoarão, e muito forte, principalmente em 2026, quando ele tentar se utilizar do trabalho dos servidores públicos para suas intenções políticas, sejam quais forem”.
Sucateamento na Polícia Civil
O descaso do governador Eduardo Leite não é só com o achatamento salarial dos agentes da segurança pública, mas também com a falta de investimentos e condições adequadas de trabalho. A imprensa televisiva tem mostrado, e as entidades que representam a polícia civil, UGEIRM e ASDEP, têm denunciado a deterioração de prédios de delegacias, departamentos e outros órgãos da polícia civil, inclusive do próprio Palácio da Polícia, o que afeta a eficiência e qualidade dos serviços prestados pela instituição. Esse sucateamento negligenciado pelo governo Leite, inclui a falta de equipamentos, infraestrutura precária, baixo efetivo, enfim, e a falta de manutenção da estrutura física das delegacias.
Mas ah, “galo véio”
Tem uma expressão comum, um dito popular, que pode parecer pejorativa, mas não é, inclusive, o nosso vice-prefeito Mattioni tem o cacoete de usar, que é: “Mas ah, galo véio”. Galo véio, no cotidiano, pode ser uma maneira de saudar alguém, ou mesmo uma referência a alguém que se destaca por seu conhecimento e experiência. O “mas ah, galo véio” é muito mais do que uma expressão popular, é parte do imaginário coletivo, da identidade cultural e da memória afetiva brasileira. A expressão revela a riqueza de significados que o país atribui às figuras simbólicas. Enfim, seja como símbolo rural, expressão urbana ou metáfora de resistência, o “galo véio” permanece presente na cultura brasileira, inspirando pessoas a valorizar a experiência, a sabedoria e a tradição.
SOS Educação
Tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei “SOS Educação”, de autoria do deputado Luiz Marenco (PDT), que estabelece medidas para casos de violência contra professores e demais servidores, tanto na rede pública quanto na privada. A proposta prevê, entre outros pontos, a responsabilização solidária de pais ou responsáveis por atos praticados por menores, inclusive com obrigação de reparar danos materiais, morais e estéticos, e a responsabilização administrativa, civil e penal de gestores que se omitirem. O texto também inclui mediação de conflitos, atuação de equipes multidisciplinares e campanhas educativas permanentes. Pertinente a iniciativa do parlamentar. Merece aplausos.
Ultraje à escola e ao ensino
O governo do Estado criou o Programa de Reconhecimento da Educação Gaúcha, que prevê o pagamento de bônus para professores, diretores e alunos de escolas que atingirem as metas. É incrível! A incapacidade está escancarada. Ao invés de buscar soluções para melhoria do ensino, passa a pagar bônus aos professores na busca de melhores resultados. E pior: Premiar alunos com dinheiro – é um ultraje à escola e ao ensino. Quanto aos professores: Com o prêmio ofertado, trabalharão mais, se dedicarão mais e produzirão melhores resultados? É desalentador! O que deveria ser intrínseco, agora precisa ser estimulado por recompensas financeiras. O dever transformado em mercadoria.
Cadê a Biblioteca?
A Biblioteca Pública Municipal, na minha modesta opinião, é muito mais do que um simples espaço onde se armazenam livros – é patrimônio coletivo, símbolo de educação e cultura. A biblioteca pública nunca perde sua importância, ela desempenha papel decisivo na promoção da leitura, na valorização da memória e na formação de cidadãos críticos, autônomos e participativos. Pois bem, é que, em Santo Augusto, passou-se a ouvir conversas de que a Biblioteca Pública Municipal, já não existe mais, não tem mais gôndolas, não tem mais livros, apenas um espaço vazio. Estranho – pensei. Como assim, extinguir a biblioteca pública do município? Vou questionar a secretária de Cultura, e foi o que fiz.
O que disse a secretária
Ao questionamento da coluna, a Secretária de Cultura, Doroteia Schaeffer, respondeu: A biblioteca está, temporariamente, desativada, e estamos aguardando o melhor momento para reativá-la. Para a reativação, antes deverá ser feito uma readequação do espaço, e criar o cargo de bibliotecário – para cujo cargo terá de haver um processo seletivo ou um concurso público. A grande reforma e readequação necessárias, depende de projeto a ser elaborado, incluindo a parte onde está o museu, com a instalação de um elevador, cuja intenção é fazer com dinheiro da Lei de Incentivo à Cultura, e não com verba própria da prefeitura. Quanto ao prazo para reabertura, a secretária foi categórica em dizer que ficará para 2026, eis que, sem a concretização da reforma e readequação do espaço, e sem um bibliotecário, a biblioteca não será reativada e reaberta ao público.
RADAR
Faltando um ano para o início da campanha eleitoral para as eleições de 2026, as peças se movimentam. Até o momento, foram anunciadas cinco pré-candidaturas na corrida ao Palácio Piratini: Gabriel Souza (MDB), Paula Mascarenhas (PSDB), Luciano Zucco (PL), Covatti Filho (PP) e Juliana Brizola (PDT).
Enquanto isso, e o PT?
Pois é, enquanto cinco partidos já se colocam publicamente na disputa de governador, o candidato que concorrerá pelo PT segue indefinido. Com a maior bancada na Assembleia Legislativa, a sigla enfrenta uma série de desentendimentos internos. Até o momento, Edegar Pretto (PT), candidato a governador pela sigla em 2022, foi o único que se lançou publicamente ao pleito, ainda que sem respaldo oficial da legenda. O partido ainda discute a possibilidade de lançar o deputado Paulo Pimenta ou Pepe Vargas.