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Caso Odilaine, Leandro Boldrini fornece material genético para investigação da morte de ex-mulher

Leandro (na foto, em audiência em maio de 2015) prestou depoimento de oito horas à Polícia Civil (Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS)

 

Médico prestou depoimento de oito horas à Polícia Civil na quinta-feira, em Charqueadas

 

O médico Leandro Boldrini forneceu material genético para ser confrontado com o recolhido nas unhas da ex-mulher Odilaine Uglione, morta em 2010, em Três Passos. Ele foi interrogado, na condição de investigado pelo crime, por oito horas na quinta-feira, em Charqueadas — cidade onde está preso por suspeita de participação no homicídio do filho, Bernardo, em abril do ano passado.

Titular da 2ª Delegacia de Santa Rosa, o delegado Marcelo Mendes Lech disse que Boldrini concordou em conceder o material que, agora, será analisado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Não há prazo para apresentação dos resultados.

— Caso o material coletado embaixo das unhas de Odilaine tenha material genético de Boldrini, pode se denotar que houve um contato físico — aponta Lech.

Os restos mortais de Odilaine, enterrada em Santa Maria, foram exumados em agosto deste ano (os resultados ainda não foram entregues à Polícia Civil). O inquérito sobre a morte da enfermeira foi reaberto em maio pela Justiça, depois de a família sustentar que ela teria sido assassinada, embasada em uma série de perícias particulares. À época da morte, o caso havia sido encerrado como suicídio.

Essa foi a primeira vez que Boldrini depôs sobre a morte da ex-mulher desde a retomada da investigação. Há um mês, a esposa do médico, Graciele Ugulini,falou à polícia sobre o caso. Lech não informou o teor dos depoimentos do casal. A defesa de Boldrini confirmou o depoimento e disse que o médico se propôs a fornecer o material genético.

O delegado acrescentou que Edelvânia Wirganovicz, também ré no processo sobre o homicídio do menino Bernardo, será chamada para depor na investigação sobre a morte de Odilaine. Em entrevista a ZH na quarta-feira, Edelvânia afirmou que Graciele lhe confidenciou que a família pagou "uma grande quantia em dinheiro", apartamento, para que a delegada responsável pelo inquérito à época, Caroline Bamberg, arquivasse o caso. A delegada rechaça a acusação.

Edelvânia ainda afirmou que tem mais informações sobre a morte da mãe de Bernardo, mas que só irá revelá-las no dia do júri, por medo. Até então, a polícia não tinha intenção de convocar a acusada para depor.

— São informações importantes. Acredito que ela (Edelvânia) deva ser ouvida no inquérito que apura as circunstâncias da morte de Odilaine, o que deve implicar em novas oitivas, inclusive da Graciele, que deve ser inquirida novamente nesta contraposição ou, até mesmo, em acariação com a Edelvânia — avalia o advogado da mãe de Odilaine e avó de Bernardo, Marlon Taborda.

Edelvânia e Graciele estão presas na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana, acusadas de terem planejado e executado o assassinato de Bernardo. Irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, suspeito de ter aberto a cova onde a criança foi enterrada, também está preso. Edelvânia, Evandro, Graciele e Leandro vão a júri popular, ainda sem data definida, pelo homicídio do menino.

Fonte: Zero Hora

 

Comentando

Está dando e vai dar ainda muito mais “pano pra manga” esse caso da morte da Odilaine. Pode virar um efeito dominó. É uma tarefa árdua, complexa, ofuscada nas entranhas do tempo, da astúcia e da artimanha. Mas nem tudo está perdido. A sociedade esperançosa pela cabal e plena elucidação do fato, confia no profissionalismo, isenção e competência do delegado que cuida do caso e sua equipe. Aliás, tarefa dessa natureza, com inúmeros percalços, é oportunidade ímpar para os policiais exercitarem a competência, a isenção, o profissionalismo, a perspicácia, a superação. E depois, “dormir o sono dos justos, com o dever cumprido, e o orgulhos da profissão que exercem”.

 

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